A importância da contabilidade na tomada de decisões
Por: Daniela Araujo • 6/3/2016 • Monografia • 1.896 Palavras (8 Páginas) • 581 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA LEME
Daniela Leite Araujo
RDR CONTABILIDADE GERENCIAL A importância da contabilidade na tomada de decisões
Leme
2016
Daniela Leite Araujo – RA 4252065094
RDR CONTABILIDADE GERENCIAL A importância da contabilidade na tomada de decisões
Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Contabilidade Gerencial do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Anhanguera Leme sob orientação do professor – tutor Alessandro Vasconcelos Araujo.
Leme
2016
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE
CONTABILIDADE GERENCIAL: CARACTERIZAÇÃO E CONCEITOS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
A busca das empresas pelo crescimento no mercado e garantia de competitividade perante a concorrência, tem exigido dos administradores exatidão nas tomadas de decisões, através da utilização de informações corretas e dentro do prazo. No entanto, além das informações externas, as quais estão relacionadas à concorrência, mercado consumidor, tendência, é de grande importância o conhecimento das informações internas, que incluem números sobre vendas, custos, impostos, despesas, receitas, englobando as informações contábeis da empresa.
A contabilidade, desde o seu surgimento, consegue fornecer informações importantes para a empresa, no entanto, atualmente, vem se tornando fundamental na medida em que garante que informações úteis estejam à disposição dos gestores nas decisões sobre investimentos, patrimônio, abertura de mercado, dentre outras. Conforme Paulo e Martins (2007), o aumento da complexidade das atividades industriais aumenta a necessidade dos diversos stakeholders por informações de qualidade, para um melhor julgamento do desempenho dos administradores e da empresa, bem como um maior monitoramento e execução de contratos.
Como resultado, a contabilidade evolui desde os tempos antigos para a contabilidade gerencial, a qual engloba todos os instrumentos da contabilidade para tornar efetiva a informação contábil dentro das empresas em todo o processo de gestão.
Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo compreender a evolução da contabilidade e seus principais objetivos ao longo dos tempos, e entender como a Contabilidade Gerencial pode influenciar o processo de tomada de decisões dentro das organizações.
A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE
Considerada uma das profissões mais antigas do mundo, a Contabilidade se faz presente na sociedade muito antes de Cristo. De acordo com Iudícibus (1998), a preocupação do homem em controlar a sua riqueza e seu patrimônio é constante desde a antiguidade, e a evolução da avaliação do patrimônio evolui de acordo com o desenvolvimento das atividades. Martins (2001) segue o mesmo pensamento e afirma que a Contabilidade era utilizada mesmo antes do surgimento da escrita, sendo o controle dos bens e riquezas controlados através de pedras e fichas de barros manufaturadas em vários formatos.
O homem passa a se desenvolver a partir da pesca, da domesticação dos animais e cultivo da terra, aprimorando suas condições de trabalho e aumentando seu domínio sobre a natureza. Passam a acumular riquezas e surgem as propriedades provadas (MARTINS, 2001).
Dessa forma, pode-se considerar que a Contabilidade surgiu no início da existência humana na medida em que o homem sente a necessidade de conhecer seu patrimônio, e obter informações a respeito de suas riquezas. A partir de 2.200 a.C, no Egito, surgem os números e a escrita, e a escrituração do patrimônio passa a ser realizada em livros e documentos, os quais passam a ser obrigatórios (MARTINS, 2001). Sá (2008) considera que os registros das transações contábeis somente são sintetizados na Idade Média, ou seja, há cerca de pouco mais de um milênio depois.
As atividades comerciais surgem por volta dos anos 4.500 a.C. onde as civilizações que anteriormente se dedicava à agricultura, fazem as cidades e começam a desenvolver atividades comerciais. A Contabilidade, de acordo com Palhares e Rodrigues (1990), se dava através do registro de transações que, neste período, eram feitos em placas de argila, as quais continham os resultados obtidos numa colheita, os objetos trocados, bem como os impostos e taxas coletados pelas seitas religiosas que ali pertenciam.
De acordo com Martins (2001) os séculos XII e XIII foram marcados pela expansão dos grandes centros comerciais europeus, exigindo das empresas um maior controle dos negócios. Nesta fase, a Contabilidade entra na fase moderna, e o Métodos das Partidas Dobradas, introduzido pelo Frei Lucca Paccioli, passa a ser estudado e utilizado pelas empresas. De acordo com as Partidas Dobradas, todo lançamento a débito deve ser compensado com um lançamento a crédito, ou seja, registro de causa e efeito.
Desse período até o começo do século XX, a Europa foi considerada como o núcleo dos estudos contábeis, e a Contabilidade era estudada por estudiosos que buscavam aperfeiçoar as técnicas e o formato de demonstrar a conjuntura das instituições, já que até então somente existia a Contabilidade atendia somente às necessidades dos empregadores (SÁ, 2008).
No século XX em decorrência do crescimento econômico do país a Contabilidade chega aos Estados Unidos. Os empresários passam a se preocupar mais com o seu patrimônio e começam a utilizar a Contabilidade na tomada de decisões (FAHL, MANHAMI e SILVA, 2008).
A evolução da Contabilidade pode ser conhecida através da Tabela 1.
Tabela 1. Evolução da Contabilidade
Fases | Época | Ênfase |
Intuitivo Primitivo | Primórdios da Civilização | Necessidade básica de controla riqueza. |
Racional Mnemônico | Aprox. 4.000 a.C. | Surge a sistematização e a organização dos métodos. |
Lógico Racional | Séc. XI | Início do Método das Partidas Dobradas. |
Literatura | Séc. XV | Difusão dos métodos de escrituração e registros, através de livros. |
Pré-científico | Final do século XVI | Surgimento das primeiras teorias. |
Científico | Séc. XIX | Surgimento das primeiras doutrinas científicas contábeis. |
Filósofo-Normativo | Década de 50 | Padronização das informações e conceitos. |
Fonte: Sá (1997).
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