ADMIRÁVEL MUNDO NOVO
Por: jailsoncbtu • 23/4/2017 • Resenha • 1.330 Palavras (6 Páginas) • 403 Visualizações
[pic 1] [pic 2] | REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Sociais Aplicadas Departamento de Tecnologia em Gestão Disciplina: Teoria das Organizações - TO (2014.1) Docente: César Emanoel Barbosa de Lima, Prof. Dr. | [pic 3] |
Nome: Jailson Marques Pereira Matricula: 11409508
Data: 01 de Agosto de 2014
RESENHA CRÍTICA
ADMIRÁVEL MUNDO NOVO
Huxley, Aldous Leonard, (1894-1963) Admirável Mundo Novo / Aldous Huxley; Tradução de Vidal de Oliveira e Lino Vallandro 19 Ed. São Paulo: Globo, 1993.
Aldous Leonard Huxley (Godalming, 26 de Julho de 1894 – Los Angeles, 22 de Novembro de 1963) foi um escritor inglês e um dos mais proeminentes membros da família Huxley. Passou parte de sua vida nos Estados Unidos, e viveu em Los Angeles de 1937 até a sua morte, em 1963. Mais conhecido pelos seus romances, como Admirável Mundo Novo e diversos ensaios. Huxley também editoy a revista Oxford Poetry e publicou contos, poesias, literatura de viagem e guiões de filmes.
Admirável Mundo Novo é uma parábola fantástica sobre a desumanização dos seres humanos. Neste livro, o Homem é subjugado pelas suas invenções. A ciência, a tecnologia e a organização social deixaram de estar ao serviço do Homem; o homem torna-se escravo e passa a ser manipulado. Esta obra constitui-se numa análise reflexiva em relação à ciência e à tecnologia.
O livro conta-nos sobre um futuro próximo, onde o conceito de família, pai, mãe, irmãos são vistos como vulgares e inomináveis. Neste mundo, sugerir a existência de pais e mães, chega a ser uma das piores ofensas que se pode dizer a alguém. Todos os seres humanos são criados em laboratório. Eles são selecionados, manipulados biologicamente, condicionados de forma a pertencer a uma determinada casta e estarem felizes com isso. Afinal, todos são felizes. Ao menos é o que todos são condicionados a acreditar.
A produção de seres humanos agora é em série, criados em laboratório, na maioria das vezes através do Processo Bokanovsky, onde geneticamente apenas um óvulo poderia gerar 96 gêmeos. Desde a ‘criação’ desse ser “humano”, ele era manipulado biologicamente e condicionado a fazer os trabalhos de sua casta além de, através do sono, serem condicionados através do Sistema Hipnopédico, que consistia em falar centenas de vezes uma mesma frase, para ficar gravado no subconsciente e acabar por tornar-se uma verdade (usada constantemente para afirmar quão bonito era o Estado e suas leis)
Cada casta usava uma cor de roupa e eram separadas da seguinte maneira: Alfa (Classe mais alta (TOPO) – Cor: Cinza), Beta (Cor: Amora), Gama (Cor: Verde), Delta(Cor: Cáqui) e Ípsilon (Classe mais baixa (BASE) – Cor: Preto)
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(professorreider.weebly.com)
Como exemplo de condicionamento, logo no início, vemos bebês de uma casta baixa, a Delta, serem submetidos a choques quando aproximam-se de livros e plantas. O intuito era criar um ódio por eles que duraria toda a vida, dessa forma os Deltas jamais perderiam tempo lendo livros (correndo o risco de começarem a ficar insatisfeitos com o seu papel pré-estabelecido) ou gostar de coisas naturais, como passeios no campo, que não custam nada além de transporte e jamais dariam lucro a alguém.
Tudo o que é longo e duradouro é duramente criticado. A felicidade e o prazer devem ser instantâneos. Por isso que os conceitos de famílias são tidos como vulgares. Todos são de todos e se prender a uma única pessoa é algo quase obsceno e não é bem visto pela sociedade. Se você deseja alguém você sai com ela e pronto. Não há compromissos, nem vínculos emocionais.
Nesta sociedade futurista, tudo é resolvido com o uso da droga SOMA, distribuída também pelo governo a todos os indivíduos que estejam com depressão, dúvidas e frustrações em relação à vida. As pessoas são sempre felizes, têm tudo que desejam, não tem medo da morte e nunca adoecem. E se por algum motivo você começar a se sentir incomodado com essa sociedade, ou mesmo com qualquer outra coisa, basta tomar uma dose de soma, uma espécie de droga distribuída pelo próprio governo que faz com que a pessoa fuja da realidade dos seus problemas.
É neste contexto que somos apresentados a Bernard Marx, da casta Alfa Mais (a mais alta), um indivíduo que começa a questionar determinados padrões de sua sociedade. Ele sente-se incomodado com o fato de ser diferente fisicamente dos indivíduos de sua casta e por nutrir uma certa paixão por Lenina, da casta Beta Mais, um sentimento que o faz querer algo mais profundo com ela do que o tipo de relacionamento superficial que é considerado como ético pela sociedade. As pessoas não o consideram normal.
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