As tranformações da Intel na época da Convergência
Por: Lucianafe • 27/3/2022 • Trabalho acadêmico • 984 Palavras (4 Páginas) • 73 Visualizações
Hoje estamos vivenciando em todas as áreas o que antes parecia ser somente um anúncio de como ficaria o ramo das comunicações. Em 1979, o professor Nicholas Negroponte, difundiu a palavra convergência, em uma série de palestras para mostrar que a intercessão entre os três principais meios de comunicação e informação se tornaria, conforme vemos abaixo:
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A convergência segundo Nicholas Negroponte (FIDLER, 1997, p.25)
Em 1995, Negroponte escreve o livro “A vida digital”, onde descreve sua visão sobre o futuro em um cenário do desenvolvimento da tecnologia digital, de acordo com Melissa Malheiro: “[...] não apenas a tecnologia em si, mas também prevendo modificações nos hábitos pessoais e sociais decorrentes da apropriação desses recursos pela humanidade.” (MALHEIRO, 2016).
Diversas empresas estão se adaptando a essa nova era, mas falaremos aqui de uma que “talvez tenha começado” com essa toda convergência. Iremos falar da Intel. Fundada em 1968 por Gordon E. Moore e Robert Noyce, com o nome NM Eletronics, que logo depois rebatizaram com a abreviação da junção das palavras integrated eletronics. Com sede em Santa Clara, California, foi a pioneira no mercado de microchips e criou a Lei Moore, de onde vem a estratégia da Intel.
Em 1965, o co-fundador da Intel Gordon Moore previu que o número de transistores em um chip dobraria aproximadamente a cada dois anos, com um aumento mínimo no custo, ou seja, quanto mais transistores ou componentes em um dispositivo, o custo por unidade é reduzido, enquanto o desempenho por unidade é aumentado, conforme explica Dr. Ann Kelleher - Vice-Presidente Executivo e Gerente Geral de Desenvolvimento Tecnológico da Intel. Isso fez não só a Intel, mas como outras empresas de semicondutores em geral a definirem suas metas de produção e avançar em pesquisa a fim de manter o ritmo acelerado em inovação.
O que vemos na história da Intel, é que tudo começou quando a fabricante japonesa Nippon Calculating Machine Corp. solicitou a fabricação de um microprocessador para a sua calculadora Busicom, pois até então a Intel fabricava memórias. O engenheiro Federico Faggin e sua equipe projetaram um conjunto de 4 processadores, dentre eles a CPU 4004, para responder ao solicitado. Em 1971, foi divulgado ao mundo o microprocessador que revolucionaria o mercado.
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O Chip Intel 4004. (Crédito: Intel Coorporation)
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O primeiro anúncio de microprocessadores do mundo na revista Eletronic News, em novembro de 1971.
Após 50 anos da Lei Moore, os engenheiros e executivos da Intel continuam na busca do seu plano de negócio que é levar inovação e mudar a vida das pessoas pela tecnologia. Mesmo sendo a pioneira no mercado, e o liderando por três décadas, a Intel teve sua liderança perdida para alguns concorrentes. Com os smartphones roubando lugar dos computadores, ela entrou tarde e o mercado já era dominado pela Qualcomm. Sendo assim, na busca do seu objetivo, continua criando novas estratégias para não perder mercado e continuar sendo uma gigante, pois no começo quase não tinha concorrência e hoje em dia briga com outras grandes empresas como AMD, Samsung e Aple. Já inerte na convergência, segue buscando inovações e redefinindo modelos de produtos para a era da computação, como disse o executivo Bob Swan, CEO da Intel, no encontro de investidores em 2019: “Estamos muito focados em liderar as inflexões tecnológicas que irão acelerar e criar demanda por dados, como IA, 5G e direção autônoma”. Outra grande estratégia, anunciada em janeiro de 2022 foi o investimento de U$$ 20 bilhões para a criação de duas fábricas de processadores em Ohio. Assim diminui a dependência dela por componentes fabricados por outros países e assim pode atender também os concorrentes. “Essas fábricas criarão um novo epicentro para a fabricação de chips nos EUA, que reforçará a ligação doméstica entre os laboratórios de desenvolvimento e as fábricas da Intel”, disse Pat Gelsinger, CEO da Intel.
Em um mundo tão conectado vemos que “A informática não tem mais nada a ver com computadores. Tem a ver com a vida das pessoas.” (Negroponte, 2002, p. 12), de acordo com essa fala, vemos que a partir de uma solução para o desenvolvimento de uma calculadora de bolso, hoje o microprocessador é peça fundamental para os aspectos de nosso dia a dia da grande maioria das pessoas. Com ele transpomos barreiras geográficas, ficamos conectados durante a pandemia, temos a possibilidade de levar o trabalho para qualquer lugar e até descobrimos opções de lazer.
Nesse mundo convergente, a Intel faz parte da história, ela foi a propulsora da inovação e tecnologia. Sempre buscando novas estratégias e conquistando cada vez mais mercado com parcerias e investimentos. A Intel está além de criar somente processadores, está engajada a continuar fazendo história, com a missão de continuar fornecendo base tecnológica para essa evolução.
“Avançamos em um ritmo tórrido com nosso propósito no coração de tudo o que fazemos - criando tecnologia que muda o mundo que melhora a vida de cada pessoa no planeta.” Pat Gelsinger, CEO da Intel.[pic 4]
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