Crossrail
Por: danilo.1989 • 3/5/2015 • Dissertação • 903 Palavras (4 Páginas) • 286 Visualizações
Projeto Crossrail – Trem Londrino
Ao contrário do projeto ferroviário brasileiro, temos como um bom exemplo ferroviário, o projeto inglês da Crossrail em Londres, que conta com 118km de extensão e 38 estações, que está orçada em 14, 8 bilhões de libras, em torno de R$54 bilhões, ela é a maior obra de infraestrutura da Europa e o maior projeto de transporte urbano do mundo. O termino da construção está prevista para 2018, e o governo inglês espera reduzir o congestionamento no transito e nas linhas de metrôs da capital inglesa, além de mobilidade o projeto busca o crescimento econômico dos bairros lestes da cidade como Hackney e Stratford, quais são menos desenvolvidos.
A Crossrail será conectada ao metrô de Londres, com isso irá aumentar a capacidade do transporte em 10%, com isso o tempo das viagens serão reduzidas em até 50%. Um exemplo dessa redução de tempo é a nova rota Leste-Oeste, entre o distrito empresarial de Canary Wharf e o aeroporto internacional de Heathrow, hoje essa rota demora uma hora, e após a inauguração irá levar 39 minutos, no distrito de Canary Wharf irá ter uma das maiores estações de toda a linha.
O projeto irá ligar Maindenhead e Heathrow, oeste de Londres, a Shenfield e Abbey Wood, a leste, ele também irá passar pelo centro, o qual será subterrâneo. Para isso será necessário perfuração e execução de dois túneis de 21 km de extensão, os túneis terão de ser gêmeos, e passarão próximos ao rio Tâmisa, com isso o projeto teve cuidado para que pudesse garantir a preservação de toda a estrutura subterrânea para que não prejudicar os sítios arqueológicos e as redes de luz, esgoto e água.
Serão 24 trens de alta velocidade por hora, terá trem passando em cada estação a cada dois minutos e meio, a sua velocidade máxima será superior a 100 km/h fora da cidade, e 70 km/h dentro dos tuneis
Como Londres é uma das capitais mais caras e valorizadas do mundo o projeto se preocupou em gerar pouca perturbação no entorno e na superfície para seu moradores, para isso está sendo utilizado o método Tunnel Boring Machines (TBMs). Esse método não utiliza explosivos para fazer a perfuração, são utilizadas Tuneladoras que são responsáveis pela perfuração e Fixação dos segmentos pré fabricados. As TBMs foram fabricadas exclusivamente para a obra do Crossrail, pela empresa alemã Herrenknecht, sete delas estão em funcionamento desde 2009, as perfurações avançam cerca de 100 metros por semana, e até o momento foram perfurados 9 dos 21 km.
Elas são equipadas com cozinha, banheiros, 150 metros de comprimento e 7,1 metro de diâmetro, as 8 TBMs pesam cerca de uma tonelada, e cada uma tem de ser operada por 20 trabalhadores, existem dois tipos de TBMs, a EPBMs (Earth Pressure Balance Machines) que nada mais são maquinas de equilíbrio e pressão de terra, essa é a principal maquina na obra, ela trabalha em solos com bastante areia, pedregulhos e calcários, e é mais utilizados para os trechos entre Royal Oak, Victoria Dock Portal e Pudding Mill Lane. Já para trabalhar a escavação próxima ao rio Tâmisa onde existe um alto teor de argila, é utilizado o outro tipo de TBMs, a Slurry Shields, que trabalha com lama bentonítica.
Cada maquina custa R$29 milhões, e pode perfurar até 100 metros por semana, os sensores determinam com precisão as trajetórias retas e curvas, evitando assim que atinjam algum tipo de obstáculos subterrâneos como metrô, sítios arqueológicos e redes de esgoto, água e gás.
Devido a alta complexidade no projeto, foi realizado uma parceria com uma escola de Ilford, para que fosse implementado um programa de treinamento de mão de obra especializado para esse serviço, ele é chamado de Tuca, que significa Tunnelling and Underground Construction Academy.
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