Departamentalização
Por: italorubini • 21/9/2015 • Trabalho acadêmico • 1.445 Palavras (6 Páginas) • 542 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JARAGUÁ DO SUL – CATÓLICA DE SANTA CATARINA
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
Acadêmicos:
Guilherme Mendonça
Ítalo Rubini
Rafael Tecilla
DEPARTAMENTALIZAÇÃO
Professor (a): Edesio Jair Wittkowski
Jaraguá do Sul
Junho/2015
1 INTRODUÇÃO
A departamentalização, seja de uma empresa privada, de um órgão público, ou de uma empresa prestadora de serviços,é um processo dos mais conhecidos por executivos, funcionários, servidores e também pelo povo em geral.
Todas as pessoas que trabalham, estão ligadas diretamente a um tipo de departamentalização, seja funcional, de processos, etc., como veremos suas características no desenvolvimento deste trabalho.
A demonstração de determinada departamentalização está configurada, ou estampada, no organograma de uma organização, de um órgão publico, ou de uma empresa prestadora de serviços.
Com relação aos organogramas os mesmos devem ser organizados de forma a facilitar a leitura organizacional da empresa, portanto, é necessário que sejam de fácil leitura, fácil interpretação, ser flexível e demonstrar com propriedade a divisão do trabalho e destacar as relações hierárquicas existentes, além de facilitar a análise organizacional.
Existem, de acordo com todas as literaturas consultadas, diversas maneiras de configurar-se uma departamentalização, porém, as mesas o são de acordo com as necessidades essenciais e básicas estruturadas em torno das ações e abrangência de uma empresa. No entanto, conforme observamos nas literaturas pesquisadas, é a departamentalização funcional, a mais utilizada pelas organizações. A funcional, como estampado neste trabalho, agrupa funções comuns ou atividades parecidas para compor uma unidade na organização.
Naturalmente, uma departamentalização configurada de forma errada ou mal formatada pode trazer problemas sérios à empresa, por isso, entendemos que haja coerência e planejamento quanto ao uso, interesses, controle, visualizar a concorrência, etc.
2 CONCEITOS DE DEPARTAMENTALIZAÇÃO
No entendimento de Chiavenato (2004,p.170) “ a departamentalização é um meio para se obter homogeneidade de tarefas em cada órgão de uma organização.”
Já para DuBrin (2006,p.334) “é o processo de subdividir o trabalho em departamentos.”
Tenório (2005, p.81) entende que departamentalização acontece quando a organização procura encontrar a melhor forma de dividir o trabalho a ser realizado, agrupando atividades e pessoas que passam a constituir unidades.
Novamente Chiavenato na companhia de Sapiro (2003, p.118) pregam que a departamentalização é uma especialização horizontal decorrente da divisão do trabalho organizacional, ao contrário da hierarquia que é uma especialização vertical.
Durante a pesquisa realizada localizou-se o entendimento de Matus (1996) citado em trabalho desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário do Brasil, com o seguinte teor:
Departamentalização refere-se às possíveis formas organizacionais, necessárias para a obtenção de determinados produtos, traduzidos em estruturas organizacionais diferenciadas e concretas que incorporam as regras de direcionalidade emanadas da alta direção da organização e a fazem operar.
De acordo com Motta (2006, p.100) “ a departamentalização é o meio fundamental de integração organizacional. Seu modelo pode estimular dois importantes mecanismos de coordenação: por supervisão e por ajustamento.
3 TIPOS DE DEPARTAMENTALIZAÇÃO
Após os conceitos oferecidos na seção anterior deste trabalho, necessário entender que departamento, donde surge o termo departamentalização, provém de departir (separar, dividir). Sendo assim, conforme visto a departamentalização nada mais é do que dividir em seções ou em partes as áreas administrativa e produtiva de uma organização privada, pública ou de serviços.
Na pesquisa, deparamo-nos com várias literaturas que classificavam ou nomeavam diversos tipos de departamentalização. Entendemos que a departamentalização pode ser:
- Funcional - que de acordo com Chiavenato (2004, p. 171)[1] “consiste no agrupamento das atividades de acordo com as funções principais desenvolvidas na empresa. [...] é o critério mais utilizado para organizar atividades empresariais. Vasconcelos e Hemsley (2003,p.9) entendem que este tipo de departamentalização tem como critério básico a área do conhecimento necessário para a realização da atividade. Assim, segundo eles, todas as pessoas que se utilizam dos conhecimentos de uma mesma área ficariam juntas na mesma unidade.
- Por Produto ou Serviços – criada de acordo com as atividades referentes a cada um dos serviços ou produtos produzidos ou realizados por uma empresa. Vasconcelos e Hemsley (2003,p.12)[2] explicam que neste tipo agrupam-se na mesma unidade as pessoas que lidam com um mesmo produto ou linha de produto. Podemos assim entender que o mesmo entendimento atribua-se aos serviços realizados por uma organização.
- Territorial ou Geográfica – este tipo de departamentalização é usado quando uma organização opera em áreas geográficas diferentes e tem a necessidade de tratá-las de forma diferenciada. Permite com isso conhecer melhor os problemas de cada área e, portanto, atender melhor suas necessidades. (CESCA, 2006, p.54)
- Por Cliente – para Chiavenato (2004, p.176) a departamentalização por clientes ou por fregueses reflete o interesse pelo cliente do produto ou serviço oferecido pela organização. Considera Chiavenato, um critério importante, quando a organização lida com diversas classes de clientes, com diferentes características e necessidades. DuBrin (2006, p.335)[3] entende que este tipo cria uma estrutura baseada nas necessidades dos clientes, quando as exigências de um grupo de clientes são diferentes das exigências de outro grupo.
- Por Processo – explica Faria (2002, p.91) que neste tipo de departamentalização são agrupadas pessoas que utilizam um mesmo tipo de equipamento ou nela se concentram os profissionais de determinada especialidade ou profissão. Chiavenato (2004,p.177) ensina que este tipo de departamentalização busca extrair vantagens econômicas oferecidas pela natureza do equipamento ou da tecnologia.
- Por Projeto - nesta, o agrupamento envolve a diferenciação e o agrupamento das atividade de acordo com as saídas e resultados relativos a um ou a vários projetos da empresa. Para Chiavenato (2004, p.178,179) é uma estratégia utilizada pelas grandes corporações, como os estaleiros navais,por exemplo, que produzem produtos que envolvem grandes concentrações de recursos e prolongado tempo para a sua produção. O autor aprofunda sua explanação determinando que esta departamentalização é temporária, uma vez que cada projeto tem seu ciclo de vida específico.
- Matricial – pelo entendimento de Vasconcelos e Hemsley (2003,p.24) é a utilização simultânea de dois ou mais tipos de departamentalização sobre o mesmo grupo de pessoas. Geralmente é a combinação entre os tipos funcional, por projetos ou por produtos. Tenório (2005,p.66)[4] expressa que a estrutura matricial conjuga a estrutura por projetos com a funcional. Normalmente, segundo ele, esse tipo de estrutura ocorre a partir de uma estrutura funcional, isto é, quando voltadas para as atividades de suporte e que se adaptam às necessidades dos projetos.
- Mistas – significa dizer que é a mais freqüente, ou seja, que cada parte da organização tenha a estrutura que mais se adapte à sua realidade organizacional, ou seja, o modelo de departamentalização incide sobre as conjeturas reais da empresa, moldando a departamentalização de acordo com suas prioridades.
4 CONSIDERAÇÕES SOBRE O TEMA
No contexto organizacional, as empresas moldam suas prioridades, funcionalidades e ações, a partir de sua organização para atender de forma mais dinâmica e completa as atribuições (produtos ou serviços) que lhe competem. Para isso, utilizou-se e utiliza-se da departamentalização, que invariavelmente possui suas vantagens e desvantagens.
Por exemplo: a departamentalização por processo é interessante, segundo Chiavenato (2004,p.178) quando os produtos e a tecnologia utilizada são estáveis e duradouros. Já a desvantagem da mesma, de acordo com o mesmo autor, está nas mudanças e desenvolvimento que alteram o processo produtivo, pecando aí,pela falta de flexibilidade e de adaptação.
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