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ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE PARA O COOPERATIVISMO

Por:   •  3/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.040 Palavras (5 Páginas)  •  127 Visualizações

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ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE PARA O COOPERATIVISMO NA

FRONTEIRA NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

O cooperativismo pode ser definido como uma doutrina cultural e socioeconômica que

consagra os princípios fundamentais da liberdade humana, apoiada por um sistema de

educação e participação permanente. Surgiu como forma de organização social para a solução

de problemas econômicos, no mesmo contexto e na mesma época do Comunismo e do

Sindicalismo, que tinham objetivos semelhantes, mas propostas distintas. O Comunismo

propunha a estatização dos meios de produção para aniquilar o sistema capitalista. O

Sindicalismo incentivava a organização dos trabalhadores em defesa de seus interesses diante

das empresas capitalistas. Já o cooperativismo, optou pela organização autogestionada de

pessoas para a solução de problemas específicos. Depois de um século de experiências,

constata-se o fracasso do comunismo, o enfraquecimento do sindicalismo e o crescimento do

cooperativismo, movimento já implantado em todos os países e em todos os setores da

economia.

BUTTEMBENDER afirma que:

As organizações cooperativas têm desenvolvido e adotado novas estratégias e

incorporado novas competências para atuar em ambientes de competitividade

crescente. O foco direciona-se para as capacidades internas e externas abrangendo

amplitude das empresas e de seus entornos. As novas práticas estão gerando

estratégias, arquiteturas e alianças inovadoras, integração horizontal e vertical,

alinhando objetivos e negócios, formatando redes de cooperação, abrangendo

variáveis intra-organizacionais, bem como entre as organizações. As cooperativas

diferenciam-se das organizações tradicionais porque são criadas com o propósito de

satisfazer as necessidades de seus associados. As pessoas que optam pelo

cooperativismo o fazem pela solidariedade, transparência, democracia, equidade e

pela promoção da justiça social. (2010, p. 04).

O cooperativismo, enquanto organização socioeconômica, não se sustenta sobre uma

noção ou teoria social específica, mas sobre um conjunto de ideias e noções tais como:

mutualidade, união de esforços, solidariedade, associação de pessoas em função de objetivos

comuns, e não exploração do homem pelo homem, democracia e autogestão.

No decorrer desse estudo encontramos algumas limitações quanto ao acesso a

informações históricas de cooperativas na região Noroeste. Uma delas é a escassez de

registros documentais das primeiras organizações cooperativas, que em muitos casos foram

perdidos, destruídos por pessoas que não tinham a consciência de seu valor histórico, e pela

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própria despreocupação em fazer registros escritos. Desta forma, depende-se muito da

memória de pessoas, as quais contribuíram com relatos durante visitas.

Percebe-se que as cooperativas enfrentam grandes dificuldades em relação a falta de

confiança entre os membros, devido ao grande numero de associados, que não possuem

qualificação adequada para se autogestionar. Levando em consideração este cenário necessitase

de uma equipe terceirizada para este tipo de serviço.

O incentivo à prática do cooperativismo já foi alvo de estudos e preocupações na

Região há muitos anos atrás, na época já se percebia a cooperativa como forma de

sustentabilidade para a agricultura familiar, como podemos perceber na citação de

ANDRIOLI (2007),

A Região Fronteira Noroeste do Rio Grande do Sul possui uma história de trabalho

cooperativo e comunitário. No decorrer dos anos 80, com a crise do cooperativismo

empresarial e do modelo de agricultura baseado no binômio trigo- soja, vários foram

os momentos de discussão sobre novas alternativas de produção e organização nesta

região. Como resultado destes debates, em 1992, surgiu a idéia de inserir um

trabalho de educação cooperativa nas escolas, com o objetivo de contribuir na

construção da consciência associativa dos alunos e na sua participação ativa na

sociedade.

O programa ao qual Andrioli se refere é o PCE (Programa de Cooperativismo nas

Escolas), que foi implantado pela Cooperluz em 1992, e se mantém até hoje. Após ter se

viabilizado economicamente a cooperativa de eletrificação rural, buscou uma forma de

contribuir no processo de constituição e fortalecimento das cooperativas de agricultores

familiares na região de sua atuação. A base do programa é a atuação de um profissional,

funcionário da cooperativa nas escolas, trabalhando diretamente com alunos e professores,

incentivando a prática da cooperação.

Segundo BUTTENBENDER,

No contexto do cooperativismo e do associativismo, contrapondo-se a lógica

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