Epistêmê e a Phrónesis: Lições para a Administração
Por: mandalimasl • 19/2/2018 • Trabalho acadêmico • 796 Palavras (4 Páginas) • 248 Visualizações
Entre a Epistêmê e a Phrónesis: Lições para a Administração
KOIKE, K; MATTOS, P. L. C. L. Entre a epistêmê e a phrónesis: antigas lições para a moderna aprendizagem em administração. Perspectiva. Filosófica, v. 7, n. 13, 2001.
Resenha por: GRUPO SOFIA.
Pontos analisados do texto: 1 – 2.7
O artigo " Entre a epistêmê e a phrónesis: antigas lições para a moderna aprendizagem em administração.", foi escrito por dois professores de filosofia que desenvolveram uma perspectiva histórico-semântica sobre a temática, evidenciando sua origem pré-socrática na sophia e sua evolução, considerando Aristóteles como ponto de referência.
O trabalho aborda ainda, a teoria administrativa que utiliza a epistêmê como sendo um paradigma do conhecimento válido, comumente identificado como o conhecimento científico.
O pensamento racional, ou a racionalidade, foi uma das principais contribuições e heranças da cultura grega para a cultura ocidental. O texto destaca a abordagem e o estudo dessa racionalidade lógica como instrumento essencial para o pensamento analítico e da representação genérica da realidade.
O desenvolvimento e análise da aprendizagem paira sobre a seguinte dicotomia: Apreensão do conhecimento teórico e apreensão do conhecimento prático. Tais fatores são essenciais para uma análise mais profunda relativa ao tema, visto que, a aprendizagem meramente prática, traz consigo a economia de esforços e a redução de erros, ao passo que, o conhecimento teórico concretiza a eficiência de tais mecanismos.
Antigas questões discutidas pelos gregos mostram-se válidas dentro de uma perspectiva histórica, a tradição as transformou em um ponto de referência para outras indagações filosóficas. Desse modo, faz-se necessário ressaltar que diversos conceitos criados pelos helenos são vorazmente discutidos nos tempos atuais em meio aos debates filosóficos ou científicos, a exemplo de cosmos, physis, arché, dynamis, dentre inúmeros outros.
A fim de desenvolver-se uma melhor compreensão da aprendizagem, faz-se necessário, o desenvolvimento de um senso crítico e cauteloso, buscando a retomada da crítica e especulação grega como característica norteadora. De acordo com o antigo pensamento grego, a prática, a teoria, a ciência e o trabalho são elementos que viabilizam o estudo e a compreensão da aprendizagem nas organizações.
Os gregos problematizaram a dicotomia entre o que é puramente intelectual e o que é mero resultado de uma ação empírica. Tal polarização conduz o estudo semântico dos conceitos de phrónesis e epistêmê.
Epistêmê pode ser compreendido como sendo um conhecimento em determinado assunto, uma habilidade; conhecimento científico ou ciência, sendo associada ao uso competente da razão.
Conforme Aristóteles e Platão, a arte de raciocinar constitui a grande aquisição do pensamento humano, a razão grega. Tal pensamento se desenvolveu a partir da análise da sophia, sendo esse, um dos mais importantes conceitos criados pelos gregos. Sophia pode ser caracterizada como sendo um saber-fazer e poder-fazer, um valor em diversos sentidos que confluem e se fundamentam para além do conceito de mera sabedoria. A sophia permite refletir historicamente sobre a condição do “saber” dentro da humanidade em diversos contextos, sejam eles, atuais ou antigos.
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