Explorando o Tema Inovação e Sustentabilidade

Autora: Helena Pereira Fialho de Góes

RESENHA

Explorando o tema inovação e sustentabilidade

Com o objetivo de explorar melhor o tema sobre inovação sustentável, as poucas linhas que seguem tratam-se da elaboração de uma resenha crítica sobre o artigo “inovação e sustentabilidade: novos modelos e proposições” de (Barbieri et al, 2010).

O texto sobre o qual trabalharemos a partir de agora tem como principal objetivo analisar a relação entre sustentabilidade e inovação, para fornecer uma melhor compreensão ao leitor, apresentarei um breve resumo descrevendo as ideias centrais do texto e seus pontos relevantes.

O artigo está dividido em cinco tópicos e o primeiro a ser analisado é o desenvolvimento sustentável que de acordo com o autor Barbieri et al (2010), a partir da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), realizada no Rio de Janeiro em 1992, é que a expressão “desenvolvimento sustentável”, começou a se tornar popular. Sendo assim, o autor, trás a respeito do tema uma análise da dimensão histórica abordando a evolução do movimento. Haja vista que segundo Barbieri et al (2010), mesmo sofrendo criticas e ataques por diversas correntes ambientalistas, não levou muito tempo para o conceito desenvolvimento sustentável se tornar um sucesso mundial.

O segundo ponto a ser explorado pelo autor acima é o da institucionalização do desenvolvimento sustentável, um dos objetivos do desenvolvimento sustentável constante no relatório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD, 1991, p. 53), é o crescimento econômico como condição necessária para erradicar a pobreza, e por esse motivo segundo os autores Barbieri et al (2010), surgiram muitas criticas e objeções, pois há quem entenda que a origem dos graves problemas ambientais e sociais observados no mundo contemporâneo é o crescimento econômico.

Tendo em vista que o crescimento econômico é algo sempre desejado e perseguido por empresários e políticos, é o que na visão dos autores acima explicaria a grande adesão que eles deram ao movimento da sustentabilidade. Devido não ser poucas a quantidade de críticas relacionada ao tema desenvolvimento sustentável, surgem novos modelos organizacionais como resposta a essas pressões institucionais, como é o

caso das organizações inovadoras sustentáveis, vistos como os mais adequados para o novo ciclo que se inicia (Barbieri et al, 2010).

E o terceiro tópico a ser analisado é o de o conceito de organizações inovadoras sustentáveis, de acordo com Barbieri (2007), para que uma organização seja inovadora e sustentável é preciso introduzir novidades que atendem as diversas dimensões da sustentabilidade, não ir introduzindo novidades de qualquer tipo ou forma, mas sim com bases sistemáticas, para que possa colher resultados positivos para organização em si e para a sociedade em geral e ao meio ambiente.

Desta forma os autores Barbieri et al (2010), afirma que, as empresas precisam inovar considerando as três dimensões da sustentabilidade (social, ambiental e econômica), não basta apenas, as empresas inovar constantemente. Ainda na visão do autor quando a organização atende essas três dimensões, o processo de inovação torna-se mais sofisticada e exigente, o que requer da mesma um esforço maior para tecnicamente atender esses requisitos, conduzindo a gestão de inovação a novas perspectivas.

O próximo tópico a ser analisado agora é o da Inovação e sustentabilidade, o qual Barbieri et al (2010), afirmam ser de suma importância para empresa inovar considerando as três dimensões da sustentabilidade: social, ambiental e econômica.

Dadas às incertezas que as inovações trazem, ao mesmo tempo, o que não é fácil de fazer, principalmente quando são radicais ou com elevado grau de novidade em relação ao estado da arte, as inovações devem gerar resultados econômicos, sociais e ambientais positivos. Segundo o autor os efeitos econômicos são fáceis de prever, devido à diversidade de instrumento criado para este fim, e as empresas que buscam inovar sabem bem como usar esses instrumentos. Já os efeitos sociais e ambientais, por envolver muito mais variáveis, incertezas e interações são mais difíceis de serem avaliados previamente.

Para Barbieri et al (2010), ainda não é regra Inovar seguindo as três dimensões da sustentabilidade, até porque só recentemente começaram a ser desenvolvidos com mais intensidade, pois, a inclusão das dimensões sociais e ambientais requer novos instrumentos e modelos de gestão. Essa tarefa não é só da empresa que pretende inovar, mas de instituições de ensino e pesquisa, das instituições de normalização, de órgãos governamentais, das organizações da sociedade civil, ou seja, o sistema nacional de inovação, também tem um papel relevante nessa questão.

E por fim, as considerações finais, Barbieri et al (2010) afirma que, organização inovadora sustentável surgiu em resposta às pressões institucionais por uma organização que seja capaz de inovar, mas com responsabilidade social e ambiental e com eficiência em termos econômicos. Esse tipo de organização busca vantagem competitiva com base nas dimensões social, ambiental e econômica, desenvolvendo produtos, serviços, processos e negócios, novos ou modificados. Além de possuir duas características essenciais: é inovadora e orientada para a sustentabilidade.

Foi muito gratificante ter lido esse artigo de Barbieri et al (2010), e entender um pouco mais sobre os temas, organizações inovadoras sustentáveis e a relação entre inovação sustentabilidade, tendo em vista que uma empresa precisa inovar considerando as três dimensões da sustentabilidade: social, ambiental e econômica.

O artigo também contribui para o setor empresarial, devido os recursos naturais serem escassos surgem as seguintes repercussões: como inovar com sustentabilidade? Neste contexto o artigo apresenta estratégias e alternativas analíticas, para as empresas dentro do novo cenário social, ambiental e inovador. Apresentando de forma simples que uma Gestão diferenciada e inovadora com preocupação sustentável pode colocar