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Mídia - Vilão ou Mocinho?

Por:   •  29/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  698 Palavras (3 Páginas)  •  96 Visualizações

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Mídia

São os canais ou ferramentas usadas para armazenamento e transmissão de informação ou dados. Mídia, muitas vezes, é usada como sinônimo de meios de comunicação de massa ou agências de notícias, mas pode se referir a um único meio utilizado para comunicar os dados para qualquer finalidade. Mas, percebe-se, que esta ferramenta midiática é constantemente e erroneamente acusada de ser parcial e tendenciosa. Não se pode mover a sujeira para debaixo do tapete ou capacho e esquecer-se de todos os problemas, sejam eles verdadeiros ou oriundos do senso comum, que estão relacionados a estes processos de informação. A questão é: a Mídia é mesmo este “Monstro sem rosto e coração”, frase esta do Rapper paulista Mano Brown. Ou, estamos agregando a este processo um ônus negativo que não é somente seu.

Meu avô, que era filho de um imigrante de origem alemã, oriundo do êxodo causado pelo pós 1° guerra mundial; era um homem de pouco estudo e grandes estórias. Dentre essas grandes narrativas, lembro-me de uma grande história, mencionada e ilustrada pelo Sr. Victor, que durante a 2° guerra mundial (1939-1945), meu bisavô, Hanz, reunia em sua residência, várias pessoas, como amigos e vizinhos, para juntos ouvirem as informações da guerra via programa de rádio. Já que neste tempo histórico, infelizmente, poucos tinham acesso a aparelhos de rádio. Este programa se chamava repórter Esso, e foi um dos mais famosos e importantes programas informativos em uma época em que notícias eram escassas. Este encontro era diário. Então, as informações de guerra, via rádio, aproximavam essas pessoas.

Até mesmo em novelas que em muitas afirmações e citações de várias camadas da sociedade, é o maior alienante midiático, encontram-se casos onde este conceito de manipulação torna-se um tanto quanto exagerado. Nestas peças ficcionais, já foram abordados temas diversos como: tráfico internacional de mulheres, abuso e exploração de menores, doação e transplante de órgãos e, para mim, o mais importante; pessoas desaparecidas.  Este último foi ratificado estatisticamente, pois, após a veiculação de fotos destes supostos “desaparecidos” em alguns casos, os mesmos foram encontrados devido à veiculação de suas imagens por esta tida “máquina de fabricar mentes quadradas”. Será isso uma afirmação correta?

O ministério da saúde já se utilizou, por várias vezes, de processos informativos e com bastante assertividade. Quem tem um pouco mais de 25 anos, com certeza, lembra-se do “Zé gotinha”, que era uma forma do governo incentivar os pais de crianças menores a levarem os mesmos aos postos de saúde para que fossem imunizados de diversas doenças. Esta propaganda, também, obteve grande êxito, a ponto de algumas doenças que eram endêmicas, quase serem extintas. Televisão e propaganda devem ser bem ruins mesmo.

No carnaval, sempre há aquele slogan de: “Sexo seguro, só com preservativo” então, esse se torna outro belo e correto exemplo de alusão do bem. E há outros inúmeros como: Se beber, não dirija; Drogas, Tô fora. Cito, também, até mesmo outdoors, que pedem e imploram para que ditos “cidadãos” se é que assim possam ser chamados; limpem seus quintais e não joguem lixo em lotes baldios para que assim não possam ser criados focos de disseminação do mosquito Aedes Aegypti.

Somos bombardeados ha todos os instantes com meios e formas distintas de manipulação; família, religião e trabalho são as mais domesticadoras humanas. Não se vê críticas a estas instituições com a mesma proporção de que com a pobre e sofrida mídia. Até mesmo, nossos indefesos e carentes animaizinhos de estimação nos manipulam a seu bel-prazer, então, o que dizer de outros meios e fins?

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