O Administrador e as Organizações no Terceiro Milênio - Anielson Silva

O Administrador e as Organizações no Terceiro Milênio - Anielson Silva

Ter, 14 de Setembro de 2010 09:28

A sociedade da informação chegou para mudar a forma como as organizações encaram clientes, fornecedores e concorrentes. A globalização provocou a quebra de barreiras econômicas, financeiras e comerciais e o mundo se tornou “uno”. As organizações tiveram que acompanhar essa evolução. Mudaram suas estruturas, que se tornaram mais flexíveis; investiram em tecnologia, reduzindo custos e aumentando a qualidade de produtos e/ou serviços; tornaram a gestão empresarial mais dinâmica, proporcionando a todos os atores organizacionais a oportunidade de expressarem sentimentos, vontades e anseios.

No próximo milênio, as empresas devem se tornar organizações de aprendizagem, capazes de gerar e compartilhar o conhecimento necessário para ajudá-las a se transformarem continuamente e sobreviverem às mudanças no ambiente empresarial. Nesse sentido, o capital intelectual é o principal elemento capaz de conduzi-la ao sucesso, e o administrador é o responsável por seu gerenciamento.

O capital intelectual é formado pelo conhecimento, pela informação, pela experiência e pelas habilidades dos trabalhadores, que atuam em uma organização que possui uma cultura renovadora e transformadora. Esse capital humano, por si só, não garantirá o sucesso de uma empresa. Ele depende da relação que a organização mantém com seus clientes, detentores de um conhecimento importante para mantê-la revitalizada e que é denominado de capital de clientes. O capital estrutural completa a tríade que forma o capital intelectual. São os equipamentos, a tecnologia de informação utilizada pela empresa, as marcas e as patentes, que aliadas ao conhecimento dos trabalhadores compõem o capital intangível da organização.

As organizações no terceiro milênio viverão em um ambiente em que a única certeza é a incerteza, a única fonte segura de vantagem competitiva duradoura é o conhecimento. Nesse contexto, o administrador assume o papel de gerenciador desse conhecimento dentro das organizações. Não é uma tarefa fácil, pois depende diretamente de uma gestão empresarial que priorize a pesquisa, o desenvolvimento dos recursos humanos, a capacidade de inovação e aprendizagem de todos os níveis da empresa. Isso requer muita flexibilidade, investimento em tecnologia de informação e desenvolvimento gerencial. Os administradores devem adquirir a capacidade de gerenciar o fluxo de informações que comanda todas as ações da organização e serem capazes de criar condições para que a organização se transforme em uma empresa criadora e transformadora de conhecimento.

O administrador será um agente de transformação organizacional e necessita de um novo perfil, caracterizado pela necessidade emergente de mudar a sua maneira de vislumbrar o processo de aprendizagem como uma forma de qualificação e requalificação profissional, passando a concebê-la como um instrumento de renovação dos seus conhecimentos que acontece no dia-a-dia das organizações. Toda organização aprende como implementar estratégias, atingir objetivos, mas essa aprendizagem pode ser dificultada pela falta de visão dos administradores que, ao utilizarem as ferramentas da educação, podem ajudar as organizações a alcançarem a excelência empresarial.

Nesse novo discurso