PLANEJAMENTO FINANCEIRO DE CURTO PRAZO
Por: ACCASAGRANDE2 • 3/9/2018 • Trabalho acadêmico • 2.229 Palavras (9 Páginas) • 521 Visualizações
Matriz de atividade individual*
Módulo: 4 | Atividade:FÓRUM |
Título: Planejamento financeiro de curto prazo e suas principais características. | |
Aluno: Antonio Carlos Casagrande | |
Disciplina: Administração Financeira de Curto Prazo | Turma: GRACEAD__T0057__1016 |
Introdução
Planejar financeiramente o curto prazo de uma empresa é necessário para que ela possa existir e caminhar sem sobressaltos e com conhecimento dos caminhos a trilhar, sendo de imprescindível necessidade para que se atinjam metas e objetivos dentro de um futuro próximo. Para que esse planejamento seja realizado é necessário em primeiro lugar que se avalie corretamente todas as demandas, as necessidades e os recursos que a empresa poderá contar para enfrentar o período planejado, estabelecendo estratégias para a implementação de ações e, no tempo necessário, realizar possíveis mudanças de direção, sempre monitorando os resultados das ações implementadas. O planejamento financeiro deve acontecer para que a empresa possa se prevenir contra eventos que possam influenciar no bom andamento da vida econômica e financeira da empresa, bem como auxiliar no planejamento estratégico para balizar investimentos. [pic 2][pic 3]
Segundo Ross, Westefield & Jaffe (2009), as finanças de curto prazo consistem em uma análise das decisões que afetam os ativos e passivos circulantes, com efeitos sobre a empresa dentro do prazo de um ano. Dentro dessas premissas, passivos de curto prazo são representados pelas contas a pagar como empréstimos, salários, impostos e fornecedores. Já os ativos de curto prazo podem ser basicamente representados pelos títulos negociáveis, as vendas à receber e depósitos à vista. | |
Justificativa Segundo Ivanán Ricardo Guevara-Graterón, professor de finanças e contabilidade da Universidad Centroccidental Lisandro Alvarado, na Venezuela: “além de um bom planejamento financeiro, para alcançar objetivos, sejam de curto prazo ou não, também é necessário planejar o cronograma de fornecimento, de vendas, de produção, etc.” E mais: ”O planejamento é um jeito de se antecipar os fatos. Planejando o curto, médio e longo prazo, fica mais fácil lidar com as dificuldades e desafios cotidianos das empresas”. diz. Ainda no mesmo artigo: “Nem sempre as previsões são cumpridas e, regra geral, os fatos acabam sendo diferentes das previsões”, diz o professor. “Mas, com o planejamento financeiro, as possibilidades de se enfrentar apertos financeiros são muito menores”, completa. Convém destacar que as decisões financeiras de curto prazo envolvem entradas e saídas de caixa no prazo máximo de um ano (Ross,2009). Por esta razão, a gestão financeira de curto prazo é também chamada de gestão do capital circulante ou do capital de giro. Segundo um artigo do Building Knowledge Accounting, no XVI Congresso de Controladoria e Contabilidade, da USP em Julho de 2016: ”Ao se discutir planejamento financeiro é importante observar o ciclo operacional e o ciclo financeiro da empresa. Conforme Ross (2009), o ciclo operacional é o prazo entre a chegada de matéria-prima para estoque e a data na qual as contas a receber são pagas pelos clientes e o ciclo financeiro inicia-se quando as compras de matérias-primas são pagas e termina quando se recebe o pagamento das contas a receber. A análise desses ciclos contribui para que a empresa mantenha uma boa gestão financeira, sem que haja déficit ou excesso de recursos no curto prazo. Em outras palavras, contribui para que, havendo previsão de déficit de recursos, a empresa busque alternativas de financiamento, ou havendo sobra de recursos, busque alternativas de investimentos no curto prazo”. | |
Desenvolvimento As necessidades e premissas para o Planejamento Financeiro de Curto Prazo passam pelo cumprimento das metas estabelecidas, que, segundo Gitman (1997,p.588)”. As principais metas do planejamento a curto prazo é a previsão de vendas juntamente com os dados operacionais e financeiros. Como resultado da análise do planejamento de curto prazo têm-se como mais importantes os orçamentos operacionais, orçamento de caixa e demonstrações financeiras projetadas. Conforme a atividade exige, vamos analisar as principais características no Planejamento financeiro de Curto Prazo, iniciando pelo Orçamento de caixa, que é uma ferramenta básica para realizar o planejamento financeiro tanto no curto, quanto para o médio e longo prazo. Ele serve como referencia para a comparação entre o planejado e o realizado dentro do período de apuração. Segundo Gitman (1997, p.590), ”Orçamento de caixa permite a empresa prever as necessidades de caixa da empresa à curto prazo, geralmente no período de uma um ano, subdividido em intervalos mensais. Discrepâncias significativas podem mostrar o não cumprimento de ações de planejamento e que medidas mitigadoras deverão ser tomadas e ações corretivas implementadas. Segundo Assaf Neto, (2005, p.502): “a elaboração de um plano de projeção de caixa deve permitir, em última análise, que a empresa possa antecipar-se a eventuais necessidades futuras de recursos (...) como também melhor programar suas aplicações com os excedentes de caixa que vierem a ser projetados”. Através da confecção e da implementação do orçamento de caixa, muitas das situações correntes em uma empresa, no que diz respeito ao controle financeiro, podem ser identificadas e avaliadas através da análise de seu acompanhamento. A tomada de ações de acordo com essas análises pode representar um diferencial competitivo entre as empresas e direcionar novos objetivos, que segundo Teixeira e Pereira (2001, p.43) também podem ser considerados: - Dimensionar o nível de caixa da empresa para manter sua liquidez; - Estabelecer adequado fluxo financeiro entre ingressos e desembolso de caixa da empresa; - Otimizar de forma rentável e segura, as futuras inversões de capitais próprios e de terceiros; - Aplicar os futuros excedentes de caixa no mercado financeiro; - Captar os recursos financeiros para suprir as necessidades de caixa; - Realizar a captação de capitais financeiros necessários para o plano geral de operações. Seguindo nossa avaliação das principais características do Planejamento Financeiro de Curto prazo, podemos destacar a Previsão de Vendas, que pode ser entendida como uma consequência do processo da empresa, que através de indicadores e análises de mercado, procura ajustar os níveis de produção e a consequente necessidade de provisão de numerário para a quitação dessas obrigações. Vendas são o objetivo principal de uma empresa, são as vendas que através de seus recebimentos pagam as despesas operacionais, salários, matéria prima e dão um sinal positivo ou negativo para investidores. Ela serve como uma ferramenta de avaliação que através de comparações com períodos anteriores e deve ajudar a mensurar futuros desempenhos de maneira racional e tecnicamente embasadas. Dave Roos,no Artigo: A importância da previsão de vendas diz: “Com uma previsão de vendas em mãos, você pode fazer planos para o futuro. Se as previsões dizem que no mês de Dezembro você realiza 30% das suas vendas anuais, então é preciso aumentar a produção em Setembro para se preparar par o mês de maior procura. Também pode ser inteligente investir em vendedores sazonais. Uma simples previsão de vendas pode dar informações sobre todos os outros aspectos do seu negócios”. Por fim falaremos sobre a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), que deve ser elaborado, segundo Teixeira & Pereira com base nos orçamentos auxiliares, ou seja, no orçamento de vendas, orçamento de custos e orçamento de despesas. Essa demonstração dá aos planejadores uma visão sintética dos resultados que deverão ser utilizados nas projeções e direcionamentos das ações financeiras da empresa. Segundo Assef (1999, p. 107), “é a DRE que vai ditar os rumos de seu negócio num horizonte de tempo maior, desde a política de precificação e de custos fixos, até as linhas de negócios que deverão ser incentivadas, eliminadas, etc”.
A DRE deve retratar a real situação da empresa, possibilitando que administração desenvolva ações voltadas ao aumento do desempenho e deve ser ofertar a todos os usuários, informações que ajudem a desenvolver as várias competências da empresa. Por ser um relatório com riqueza de detalhes e de muito fácil compreensão aos usuários a DRE entrega aos planejadores financeiros e aos gestores das empresas, informações necessárias para tomadas de decisão e ações corretivas e mudanças de rumo em investimentos,por exemplo. Sem a DRE, dificilmente os gestores das empresas conseguirão agir com assertividade e definir as estratégias da empresa em função e sua situação econômica financeira. | |
Conclusão Administrar financeiramente uma empresa, em linhas gerais quer dizer: - Não gastar mais que a receita; - Trabalhar sempre com informações corretas para embasar decisões igualmente corretas; - Sempre ter em mente que é necessário investir, mas investir corretamente. Mesmo tendo essas diretrizes, muitas empresas não se atentam a esses preceitos e descuidam das análises e coleta de informações financeiras, informações que, se relacionam nem só com o presente da empresa, mas também com o futuro da mesma.
Cabe aos Planejadores Financeiros, ter o controle sobre todas as movimentações financeiras da organização e saber como lidar com essas informações, tomando as decisões corretas e ao mesmo tempo disponibilizar aos outros interessados, as informações necessárias para que cada área da empresa tome suas próprias decisões baseadas em dados corretos e confiáveis, mesmo tendo a consciência de que os indicadores financeiros não são os únicos que colaboram para as tomadas de decisões e aplicação do planejamento estratégico da empresa,mas certamente, são a base para essas análises. Podemos também que a Administração Financeira pode corroborar o sucesso de uma empresa, ou, se mal conduzida, condená-la ao fracasso. Pode ser um diferencial competitivo em relação ao mercado, mostrando eficiência e estabilidade, atraindo investidores e garantindo que sobressaltos do mercado serão assimilados com mais tranquilidade e com a garantia de continuidade no fluxo de pagamentos e capacidade de produção.
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Referências bibliográficas Guevara-Graterón, Ivanán Ricardo. Artigo: Planejamento de curto prazo é essencial para evitar apertos financeiros. Disponível em: http://destinonegocio.com/br/financas/planejamento-de-curto-prazo-e-essencial-para-evitar-apertos-financeiros. Acesso em 21 Novembro 2016. Building Knowledge Accounting, 2016. Artigo: Planejamento Financeiro de Curto Prazo nas Pequenas e Médias Empresas de Sergipe. Disponível em: http://congressousp.fipecafi.org/arquivos/TrabalhosAprovados-2016-pdfs/246.pdf . Acesso em 21 Novembro 2016 Ross, Westerfield, & Jaffe, 2009, Acesso em: http://congressousp.fipecafi.org/arquivos/TrabalhosAprovados-2016-pdfs/246.pdf . Acesso em 21 Novembro 2016. Figura 1: Disponível em: http://revistas.face.ufmg.br/index.php/contabilidadevistaerevista/article/view/182. Acesso em 21 Novembro 2016. Lucion, Carlos Eduardo Rosa. “Planejamento financeiro” – Revista Eletrônica de Contabilidade. V.1,n.3,mar/maio 2005.Disponível em Moodle FGV. Acesso em 17 Novembro 2016. Teixeira e Pereira (2001, p.43). Planejamento financeiro de curto prazo como ferramenta de gestão na PME. Disponível em http://moodle.fgv.br .Acesso em 16 Novembro 2016. ROOS, Dave. Artigo: A importância da Previsão de Vendas. Disponível em http://empresasefinancas.hsw.uol.com.br/previsao-de-vendas1.htm . Acesso em 21 Novembro 2016. ASSEF, R. Artigo: Planejamento financeiro de curto prazo como ferramenta de gestão na PME. Disponível em http://moodle.fgv.br .Acesso em 16 Novembro 2016. |
*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.
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