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Planejamento de Projetos

Relatório de pesquisa: Planejamento de Projetos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  4/12/2014  •  Relatório de pesquisa  •  9.488 Palavras (38 Páginas)  •  187 Visualizações

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Planejamento de Projeto

Os principais passos envolvidos no projeto de um sistema computacional estão esquematizados na figura e serão descritos nos parágrafos que seguem.

Particionamento dos Requisitos. Uma vez estabelecidos os requisitos do sistema na etapa anterior, o objetivo deste primeiro passo de projeto é particioná-los segundo algum critério lógico. A escolha do critério de particionamento é importante pois deste vai depender as diferentes categorias de requisitos que serão criadas.

Figura - Passos a serem conduzidos no projeto de um sistema computacional.

Identificação dos Subsistemas. Este passo busca definir os diferentes subsistemas que irão compor o sistema computacional. O particionamento realizado no passo anterior será determinante para a obtenção dos subsistemas, uma vez que, dependendo do critério utilizado, cada grupo de requisitos poderá definir um subsistema. Por outro lado, outros aspectos podem ser considerados para a definição dos subsistemas, particularmente aqueles relacionados a questões do ambiente onde o sistema será instalado.

Alocação dos Requisitos. O próximo passo a ser conduzido é a alocação dos requisitos aos subsistemas estabelecidos no passo anterior. Pode parecer estranho considerar tal etapa, quando se utiliza o resultado obtido no Particionamento dos Requisitos para realizar a Identificação dos Subsistemas, mas, na verdade, isto não ocorre de forma tão imediata. Por exemplo, no caso da adoção de sistemas de prateleira para implementar algum subsistema, as limitações do sistema adotado podem impor a realocação de requisitos.

Especificação das Funcionalidades. Neste passo, serão definidas as funções que serão implementadas por cada subsistema. No caso de um subsistema de software, esta atividade pode ser encaminhada como parte da análise de requisitos do mesmo.

Definição das Interfaces dos Subsistemas. Este é um passo de extrema importância na condução do projeto do sistema. A definição, de forma precisa das interfaces entre os subsistemas é fundamental para as etapas posteriores de integração dos diferentes componentes. Não se deve negligenciar o fato de que muitos subsistemas podem ser adquiridos em lugar de serem desenvolvidos e mesmo aqueles que são especialmente construídos no contexto de um projeto, usualmente são desenvolvidos por diferentes equipes ou por diferentes empresas. Qualquer má definição neste item pode comprometer o sucesso do projeto ou implicar num aumento de custo ou de prazo de desenvolvimento.

As linhas contendo setas nas duas direções entre cada par de passos sugere a necessidade de revisões e realimentações em cada passo. Na maioria dos projetos, o número de soluções possíveis é bastante grande, podendo-se chegar a diferentes visões de como as funções são alocadas a subsistemas de hardware, de software ou aos elementos humanos que vão interagir com o sistema.

A escolha da solução a ser encaminhada vai ser feita em função de critérios técnicos, mas também terá influência de critérios políticos e organizacionais da instituição. No caso de projetos desenvolvidos para instituições militares, por exemplo, fornecedores nacionais serão escolhidos em lugar de fornecedores estrangeiros, mesmo que em termos técnicos, a solução oferecida não seja a ideal.

Desenvolvimento dos Subsistemas

Esta etapa agrupa as atividades relacionadas ao desenvolvimento de cada subsistema definido no projeto. Cada subsistema terá suas funções bem definidas e suas especificidades quanto às competências necessárias ao seu desenvolvimento. No caso de um subsistema de software, um processo de desenvolvimento caracterizado pelas etapas clássicas de desenvolvimento será iniciado.

Em raras situações, o desenvolvimento de um sistema impõe a construção, a partir do zero, de todos os subsistemas que o compõem. O mais comum é que alguns subsistemas sejam adquiridos e incorporados ao sistema. Embora seja o caso mais comum, nem sempre é fácil integrar subsistemas "de prateleira" a um sistema; em muitos casos, são necessárias modificações no sentido de adaptar o subsistema adquirido às necessidades do sistema a ser desenvolvido. Além disso, nem sempre é possível prever a disponibilidade de um subsistema de prateleira no momento em que ele é necessário.

A Engenharia de Hardware, para efeito de definição de um dado sistema, consiste no trabalho de seleção dos componentes que vão compor o hardware do sistema e que serão capazes de assumir as funções atribuídas a este elemento. Atualmente, o trabalho de seleção dos componentes de hardware é mais simples do que o de software, sendo facilitado pelos seguintes fatores:

• os componentes são montados como blocos de construção individuais;

• as interfaces entre os componentes são padronizadas;

• existem numerosas alternativas "de prateleira" à disposição;

• aspectos como o desempenho, custo e disponibilidade são de fácil obtenção.

A Engenharia de Hardware é baseada na execução de três principais fases:

• o Planejamento e a Especificação, cujo objetivo é estabelecer a dimensão do esforço necessário ao desenvolvimento, assim como o estabelecimento de um roteiro para o projeto e implementação do hardware; ainda nesta fase, é conduzida a análise de requisitos, cujo resultado deve ser uma especificação a mais completa possível das funções e outros requisitos para o hardware e das suas restrições;

• o Projeto e Prototipação, a qual consiste na fase que, com base nos requisitos e restrições especificadas na fase anterior, define uma configuração preliminar do hardware; atualmente, as tarefas relativas a esta fase são semi ou completamente automatizadas com o auxílio de ferramentas de software CAE/CAD; o resultado final desta fase é um protótipo montado que será testado para garantir a satisfação de todos os requisitos;

• a Produção, Distribuição e Instalação, onde o protótipo obtido na fase anterior vai sofrer as evoluções para tornar-se verdadeiramente um produto de hardware; alterações na embalagem, interfaces, componentes, etc..., são então realizadas; definição de métodos de controle de qualidade é um ponto fundamental nesta fase;

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