Quem Mexeu no Meu Queijo

 “Quem mexeu no meu queijo?” – de Spencer Johnson, M.D. e tradução de Maria Clara de Biase – 73º edição – Editora Record (Rio de Janeiro – São Paulo) – 2011

        O livro “Quem mexeu no meu Queijo?” conta através de uma fábula a história que acontece em um labirinto que é habitado por quatro personagens, dois ratos, Sniff e Scurry, e dois homenzinhos do tamanho de ratos, Hem e Haw, sendo que o objetivo tanto dos ratos quanto dos homenzinhos é procurar o seu queijo, para alimentá-los e deixá-los felizes.  O autor apresenta o queijo como uma metáfora que significa aquilo que queremos na vida, ou seja, os objetivos que pretendemos alcançar, tanto no aspecto familiar, pessoal ou profissional e o labirinto representa o lugar onde ocorre a busca daquilo que desejamos.

O livro é divido em três partes: Uma Reunião; A História; O Debate.

Na Reunião, ocorrida em um domingo ensolarado de Chicago, um grupo de antigos colegas de turma se reúne após um encontro na noite anterior e conversam sobre suas dificuldades em seus empregos e na vida pessoal, então um deles decidi contar a história desses quatro personagens para conseguir ajudar seus amigos e mostrar como essa história o ajudou.

Sniff, Scurry, Hem e Haw, procuravam queijo em um labirinto, todos os dias pela manhã eles acordavam e vestiam suas roupas e os tênis de corrida e saiam em busca do queijo. Sniff sentia o cheiro, apontava a direção e então Scurry ia à frente à procura, e Sniff o seguia. Hems e Haws também procuravam queijo no mesmo labirinto dos ratinhos, sempre correndo.

Um dia eles acharam um local, o Posto C, onde havia bastante queijo, Hem e Haw acharam que era o suficiente para não precisarem procurar mais, começaram a acordar mais tarde, caminhar e se acomodaram. Os ratinhos também acharam esse mesmo local, mas eles continuaram sempre acordando cedo e correndo para o mesmo local.

A rotina foi estabelecida e assim os dias foram passando e com o tempo o queijo daquele local foi se acabando. E assim no dia que acabou e Hem e Haw chegaram ao Posto C, ficaram assustados e confusos, eles queriam que o queijo continuasse lá, que alguém colocasse o queijo lá novamente, e que ficasse daquela maneira para sempre. Porém, quando Sniff e Scurry viram o local vazio, eles simplesmente colocaram seus tênis e foram procurar um novo lugar onde tivesse mais queijo.

Enquanto Hem e Haw ficaram sofrendo pela perda do queijo durante alguns dias, Sniff e Scurry já haviam encontrado outro local com muito queijo, o Posto N.

Então depois de algum tempo, Haw decide que deve sair e procurar em outro local um novo queijo. Ao longo do caminho, ele percebe que muitos dos motivos para ele não ter ido antes procurar o seu novo queijo eram os seus medos em relação às mudanças, que não sabia o que podia encontrar no labirinto. E durante essa procura pelo queijo, ele deixava várias mensagens escritas nas paredes, assim ele percebia que tinha vários motivos para aceitar as mudanças e ir à procura do queijo com mais vontade. Depois que Haw também encontrou o novo Posto N de queijo, ele percebeu que tinha demorado bastante para vencer os seus medos e sair à procura do queijo.

        No Debate do grupo de amigos, cada um se compara a um personagem da história, tiram suas próprias reflexões sejam elas para os seus trabalhos ou para as suas vidas pessoais e ainda se lembram de momentos difíceis que tiveram que caso tivesse ouvido essa histórias antes, poderiam ter mudado o rumo de suas vidas.

        O livro nos revela que demoramos a perceber as mudanças em nossas vidas, e que quando essas mudanças ocorrem, demoramos sair da nossa zona de conforto e correr atrás de nosso novo queijo. Podemos fazer como os ratinhos, que sem se preocuparem tanto com o motivo do desaparecimento do queijo vão em busca de outro melhor. Podemos tomar a atitude de uma das personagens que, apesar da hesitação inicial, busca outro queijo, enquanto seu companheiro não pára de lamentar-se e não faz nada para mudar a situação, apenas espera que seu queijo reapareça.

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