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Resenha Simone Weil, filme Metrópolis, Taylor e Marson

Por:   •  16/11/2022  •  Resenha  •  872 Palavras (4 Páginas)  •  101 Visualizações

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No livro de Simone Weil, a autora relata, em primeira pessoa, o cotidiano como operária em uma fábrica. Ao longo do texto, percebe-se que a condição vida dos funcionários era muito precária, uma vez que ela fala diversas vezes o quanto era um trabalho exaustivo e extremamente mal remunerado, fazendo com que os trabalhadores tivessem que produzir o máximo possível (uma vez que a remuneração era por peça), de forma não saudável, para que conseguissem uma remuneração que lhes permitissem ao menos comprar alimentos. Ela fala também sobre uma greve dos operários, contando sobre como apesar da incerteza dos resultados da greve, aquele momento, onde os trabalhadores se sentiram responsáveis por sua própria vida gerou uma certa felicidade coletiva, por finalmente sentirem que não estavam de cabeça baixa sendo controlados por seus chefes.

A autora segue o texto falando sobre a racionalização do trabalho, dizendo que essa surge como um aperfeiçoamento da produção. Ela traz também algumas questões, como o regime das empresas, onde diz que uma fábrica é feita para produzir e os homens estão lá somente para auxiliar as máquinas nessa produção, visando a melhor qualidade pelo menor preço possível, porém, pessoas possuem necessidades a serem satisfeitas e essas por sua vez, na maioria das vezes, não coincidem com as exigências da produção, ela então, conclui dizendo que não podemos admitir que as vidas dos homens sejam sacrificadas em nome da fabricação de produtos.

O filme “Metrópolis”, aborda o tema da diferença entre a vida da aristocracia e dos operários, representando isso através de uma indústria dividida em níveis, no superior encontrava-se a aristocracia e no inferior os operários da fábrica. Assim como o livro anteriormente citado, ele trata a insatisfação dos operários, através de uma briga entre os grupos que leva a cidade a parar de funcionar, fazendo com que os líderes percebam que precisam um dos outros e passem a viver em maior harmonia.

O texto de Taylor, busca trazer uma introdução do que seria a Administração Científica. Para ele, o empregado e o empregador necessitam alcançar um equilíbrio entre seus interesses, visando uma melhor prosperidade para ambos, caso isso não ocorra por falta de compreensão do patrão, poderá ocorrer um questionamento de sua fortuna por parte dos trabalhadores, uma vez que esses trabalharão ao máximo por uma remuneração mínima. Já da parte do trabalhador, esse equilíbrio pode deixar de existir através do que o autor denomina “vadiagem no trabalho”, que é quando o funcionário, por algum motivo (seja falta de incentivo pessoal para uma maior produção, seja má administração da empresa) não doa tudo de si para a produção. Visando solucionar esses problemas, o autor sugere a divisão do trabalho entre gerência e trabalhadores, pois assim o conhecimento não será concentrado totalmente na mão do trabalhador, e a gerência, por sua vez, ficará encarregada de treinar e aperfeiçoar o trabalhador e cooperar com os mesmos para poder colocar em prática o que for aprendido. Ele completa dizendo que é fundamental que o trabalhador possua perspectiva de gratificações e de aumento salarial e que não respeitar esses princípios da Administração Científica leva a greves e insucesso da mudança.

Para Marson, o Taylorismo (ou racionalização, como também é chamado) é um sistema de controle social, apesar de exagerar na exploração do trabalho. Relacionando a racionalização com o controle social nota-se uma tradição histórica na qual as abordagens ressaltam o início da matriz taylorista. Tais abordagens são caracterizadas por três conceitos, sendo eles a construção de modelos supostamente comprovados por fatos e declarações de testemunhas, a ideia de um processo pautada em uma sucessão cumulativa de formas e demarcação de lugares e ponto de origem. Sobre o último conceito, os investigadores da forma burguesa de controle procuram frisar o momento do sistema de fábrica, início remoto e fundador de um sistema abrangente e depois o processo da fábrica racionalizada ou taylorizada, que seria a fase de intensificação das práticas anteriores e acrescimento de práticas novas e universalização de tendências.

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