Resumo do Filme a Classe operária vai ao paraíso

No filme A Classe operária vai ao paraíso, de Élio Petri (Itália, 1971), Lulu Massa é um operário consumido pelo capital e cujo trabalho consome sua vida, que apresenta também uma série de conflitos na vida familiar. A fábrica aonde trabalha adota sistema de quotas que intensifica a produção, mas que não é acompanhado do acréscimo salarial. Lulu é o operário-padrão da fábrica, sendo hostilizado pelo outros companheiros de trabalho e gasta o dinheiro que ganha na fábrica em supérfluos, na verdade trabalha demais, e o resultado de seu trabalho é utilizado para satisfazer os desejos consumistas de sua mulher. Após sofrer um acidente no trabalho e perder um dedo na máquina, Lulu adota uma atitude crítica ao modelo de exploração e é envolvido em movimento de protesto. O acidente é atribuído ao ritmo de trabalho fora do normal em que os trabalhadores eram submetidos. Descobre assim a vida sindical. Ele divide-se entre as tentações da sociedade de consumo, alienado em meio aos movimentos de protesto de sua classe. O processo de conscientização do operário Lulu é o eixo do filme. Suas referências no processo de politização são três: o discurso extremista dos estudantes, a postura dos sindicalistas e do seu velho companheiro de trabalho, Militina, que devido trabalho da fábrica acabou enlouquecendo, indo para em um manicômio.

No meio dos conflitos da classe, Lulu assume o lado mais esquerdista dos estudantes, a assembleia decide que sejam diminuídas em duas horas por dia a jornada, Lulu propõe greve e é demitido da fábrica. Logo após a causa é abandonada pelos estudantes, mas os sindicalistas o informam que o sindicato conseguiu negociar sua readmissão e finalmente regulamentar o sistema de metas de produção. Depois de todo o conflito Lulu é outra pessoa, finalmente acordou para a realidade do mundo que o cerca, passa a analisar as mercadorias inúteis que comprou por muitos anos de trabalho e quantas horas de trabalho lhe custaram, ele não é mais um homem máquina, se humanizou, canta, conversa, brinca, trabalha, dorme e sonha. No filme A Classe operária vai ao paraíso, para onde está indo a classe trabalhadora?  Petri busca responder a essa pergunta: vai depender da própria classe do despertar ou não de sua consciência de classe. O drama vivido por Lulu Massa nos faz rever valores da relação patrão x empregado vividos a décadas e ainda hoje extremamente atuais e pertinentes.

Quais interações sociais são existentes no cotidiano da sociedade atual?

Desde criança, cada indivíduo da atual sociedade é direcionado e influenciado em seu desenvolvimento com base na sociedade aonde vive, família, cultura, costumes, a escolha da formação escolar, estruturas do consumo próprias da sociedade, a valorização e a carga simbólica a determinadas atividades, instituições, profissões e marcas de produtos e serviços, tudo isso está inserido em uma enorme engrenagem que mantem em funcionamento o sistema político-econômico capitalista que nos envolve.

O homem é um ser social, o indivíduo faz parte de um sistema complexo de interações com toda humanidade, e mais particularmente da sociedade em que vive. Ao se relacionar com outras pessoas vai adquirindo hábitos e costumes que vão fazendo parte de sua personalidade individual. As possibilidades de interações são praticamente infinitas durante um período de existência, assim cada indivíduo contribui para criação de várias estruturas sociais durante sua vida, ampliando suas possibilidades e intervindo na realidade social, pois o individualismo diminui as possibilidade de criar novas estruturas. Quando duas ou mais pessoais estão se comunicando, trocando idéias, sentimentos ou atitudes provocam reações e sofrem influência um dos outros fazendo existir uma interação social entre elas, implicando na modificação do comportamento das pessoas, sendo ela responsável pela socialização e também pela formação da personalidade dos indivíduos, o simples contato físico não basta o mais importante é a comunicação.

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