Situação atual da Petrobras S/A

Sob meu ponto de vista a péssima situação econômica da Petrobrás tem uma série de motivos, alguns desses motivos são correlacionados e outros não. A dívida da Petrobrás explodiu quando a empresa perdeu valor de mercado o que também tem uma série de fatores como a queda do valor do barril do petróleo. Podemos somar a todo esse emaranhado de problemas, as ações em tramitação nas cortes americanas, cujas ações se perdidas (como deve acontecer), podem trazer prejuízos significativos aos futuros resultados da companhia.

Todos esses acontecimentos e escândalos, envolvendo a administração da empresa, mostram toda fragilidade e ineficácia nos processos de controles administrativos e financeiros da empresa. Independente destes erros, serem premeditados ou não, eles deixam às claras o equívoco de usar uma empresa listada na CVM, como empresa de capital aberto, ser usada como instrumento de política, financiamento de ideologias e aspirações pessoais de políticos. Tudo isso reflete no valor de mercado da Petrobrás como empresa como objeto de investimento.

Não existe uma saída fácil ou em curto prazo para a Petrobrás, seja como organismo ou para sua imagem de governança corporativa, essa pilhagem dirigida por políticos afetará a imagem da empresa por anos. No curto prazo a empresa vende ativos para saldar dívidas e melhorar o equilíbrio contábil, mas também enfrenta a valorização do dólar americano frente ao real, o que aumenta a dívida em dólar da empresa e ajuda no desequilíbrio. Para fazer caixa a empresa já afirmou que não vai pagar dividendos em 2015.

Além das dúvidas sobre a capacidade de investimento da Petrobrás em relação à exploração do pré-sal existe também dúvidas das agências de rating e organismos financeiros internacionais sobre a capacidade da empresa de honrará compromissos de longo prazo.

A exposição dos grandes bancos nacionais, (como Bradesco, Itaú, BB e Caixa somam quase R$ 50bi) ao risco Petrobrás é grande e eles resolveram não abrir mais crédito para a empresa dessa razão foi necessária à contratação de empréstimo junto a bancos chineses, cerca de 10 bilhões de dólares.

Enfim, a situação financeira e econômica é delicada, e administrar a Petrobrás não será uma tarefa fácil nos próximos anos.