Vale mais quem tem QI
Artigo: Vale mais quem tem QI. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Allysonjames • 23/9/2014 • Artigo • 538 Palavras (3 Páginas) • 268 Visualizações
Vale mais quem tem QI
A dificuldade de encontrar profissionais bem capacitados vem estimulando a velha política de contratar amigos de funcionários e bonificá-los pelas boas indicações
José Eduardo Costa, Michele Aisenberg, Da Você RH (redacao.vocesa@abril.com.br) 10/11/2011
Fernanda Sampaio trabalha no Google Brasil como gerente de contas há dois anos. Nos últimos meses, recebeu um bônus, muito bem-vindo, na hora de dar entrada em seu novo apartamento. Isso sem fazer hora extra. Bastou indicar Kristiane Corrêa, sua melhor amiga, para uma vaga disponível na empresa. Histórias como a de Fernanda são cada vez mais comuns no ambiente corporativo.
Diante da escassez de profissionais especializados no mercado, a área de recursos humanos está precisando usar a criatividade para preencher novas posições e tem apostado na simples e eficiente política do "indique um amigo para trabalhar conosco", ou Qi, abreviação para "quem indica". Segundo pesquisa divulgada pela consultoria delloite, 68% das companhias brasileiras já utilizam a indicação de outros funcionários como um dos métodos oficiais para a contratação de profissionais de nível superior para cargos não executivos.
O mecanismo perde somente para a prática do recrutamento interno, realizada por 72% das empresas. Fábio Mandarano, gerente da área de capital humano da Delloite, explica que essa forma de seleção sempre foi utilizada no Brasil, mas, diante da atual conjuntura econômica e do apagão de mão de obra qualificada, ela tem ganhado novos adeptos. "Essa mesma pesquisa, em 2009, indicava que apenas 44% das organizações utilizavam esse método", diz o gerente.
Mandarano afirma que, atualmente, encontrar perfis de nível superior com habilidades bem específicas é uma missão árdua, principalmente se a busca for de profissionais de áreas técnicas. Nessas ocasiões, o método da indicação é uma ótima solução. "É mais fácil usar as redes sociais dos próprios empregados, que já fazem parte de uma comunidade, e assim a informação vai ser divulgada de forma mais rápida e eficiente. Um profissional de RH levaria muito mais tempo para localizar esses nichos e se inserir nele", diz Mandarano.
Que o diga Ana Carolina Azevedo, gerente de recrutamento do Google América Latina. Ela lidera o Employee Referral Program, utilizado pela matriz nos Estados Unidos e implantado no Brasil em 2005. "O funcionamento é simples. Se um de nossos funcionários conhece alguém que deseja indicar para uma vaga em aberto, basta inscrever essa pessoa para a posição por meio de nosso site."
Se, depois de passar por um processo de triagem e seleção, o candidato receber uma proposta e começar a trabalhar, a pessoa que o indicou fica elegível ao bônus de 5000 reais, que estará no contracheque do mês seguinte. Há uma área especial na intranet com todas as regras e explicações sobre o processo, que virou uma prática comum entre os googlers, como os funcionários do Google se autodenominam.
Embora a companhia não abra o número de vagas que já fechou por esse método, Ana Carolina afirma que, de tanto indicar gente, alguns funcionários já acumularam um bônus bem gordinho, gerando uma boa renda
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