A ARQUITETURA CONTEXTUALISTA
Por: Gabriel Figueiredo Essig • 25/8/2018 • Trabalho acadêmico • 1.621 Palavras (7 Páginas) • 2.298 Visualizações
ARQUITETURA CONTEXTUALISTA
É uma tendência arquitetônica associada ao pós-modernismo, surgida primeiramente na Itália na década de 80. Na época houve a necessidade de inserir novas construções nas cidades históricas através de edifícios que não agredissem os padrões antigos, originando-se assim a expressão do contextualismo, ou seja, uma produção arquitetônica que considera desde o início do processo de projeto os elementos do entorno da área de intervenção.
Segundo os próprios autores, consiste em trabalhar lugares e não apenas espaços. Os profissionais atentam-se ao “espírito do lugar”, também chamado de Genius Loci, que simplificadamente são as contribuição informativas específicas de cada lugar.
Muitos consideram uma crítica ao anterior movimento Modernista, que ignorava o passado e os valores históricos trabalhando com estruturas limpas e isoladas, uma vez que o contextualismo possui “(...) gratidão pelo passado e respeito pela genealogia”, disse Renzo Piano em 2005.
Alguns exemplos de arquitetura contextualista e principais representantes são:
- Centro cultural de Jean-Marie Tijabaou (Renzo Piano)
- Museu de Stuttgart – James Stirling
- Cemitério San Cataldo – Aldo Rossi
No geral, algumas características são o respeito aos recuos, a manutenção do gabaritos, materiais e tradições locais. Podem ser prolongadas linhas dos prédios anexos ou extraída a repetição da modulação de janelas das edificações vizinhas, entre outras informações. Trabalham muito com releituras de movimentos históricos e formas.
Os artistas usam como referência de seu projeto as cores, formatos, ordenamentos, matizes e os aspectos culturais da rua, do bairro, da cidade da edificação.
Eventos espaciais memoráveis e lugares habitáveis. Trava um diálogo com o lugar e os usuários. Faz uso do regionalismo crítico, que valoriza a identidade do lugar. Buscam a tradição do lugar e na cultura os valores que orientam sua produção.
[pic 1]
Centro cultural de Jean-Marie Tijabaou (Renzo Piano)
ARQUITETURA CONCEITUAL
É um movimento Pós-moderno, surgido após dos anos 80, onde o conceito é extraído do aprofundamento do próprio tema. A arquitetura conceitual consiste no significado / tema extraído como forma... A essência transformada em forma! Os artistas procuram por definições, conceitos e histórias locais que geram informações aos arquitetos, que em seguida produzem um croqui conceitual básico. Segundo essa tendência, a forma está na subjetividade do arquiteto, tanto pessoal como profissional, de seguir as informações do local e criar um conceito de projeto único e justificado (visão contrária à da arquitetura internacional ou da globalização). Primeiro a escrever foi Peter Eisenman, em 1970.
Para os autores, o espaço cria comportamentos e estes interferem na sociedade em que ele está inserido.
Alguns representantes são Cristian Muller, o Escritório Geinsler. Steve Holl (Washington, 1947). Este último, arquiteto norte-americano. , criou a corrente fenomenológica.
Justamente por ser resultado do lugar de implantação, não há padrões pré-estabelecidos de características para esse tipo de arquitetura, pois formas, materiais e vários outros elementos são definidos com base no conceito. Talvez por isso que, em minha opinião, trata-se de um dos mais interessantes e libertadores movimentos arquitetônicos.
Porém de forma geral, se preocupa mais com as sensações que o projeto passa ao usuário do que com a técnica em si. No projeto, o arquiteto trabalha com o significado de local para cada indivíduo, compreendendo as diferentes pessoas, os chamados “ambientes particulares”.
Algumas obras trabalham com a mimetização da paisagem, ou seja, com a edificação praticamente invisível, bastante integrada ao seu entorno. Em outras edificações predomina-se a monumentalidade, que varia com a localização da edificação.
[pic 2]
MODERNIDADE SUPERADA
[pic 3]
A modernidade superada seria uma reflexão sobre os conceitos que alicerçaram tanto a evolução quanto a crise da arquitetura moderna. Alguns pontos-chave do movimento moderno são analisados, como o racionalismo, a atitude de ruptura e a vontade de expressividade para destacar como foram superadas as insuficiências da modernidade. A evolução do espaço moderno até a sua relação com o lugar, distinguindo-se os conceitos de espaço e de anti-espaço, de lugar e de não lugar; a evolução e a crise do conceito de racionalismo, mantido e superado ao mesmo tempo; a vontade de expressão na arquitetura moderna a e busca de uma nova monumentalidade; os conceitos de tipo e estrutura como ferramentas de análise e projeto; a crise do conceito de vanguarda e a insistência na busca da novidade e da ruptura.
As críticas feitas a modernindade referem-se ao lugar metropolitano da arte contemporânea, a fragilidade da arquitetura moderna ante a necessidade de uma mudança de uso e readequação e aos enfoques da arquitetura moderna frente aos problemas ambientais.
A diferença entre espaço e lugar, espaço seria a condição racional, teórica, genérica e definitiva e o lugar possui um caráter concreto, existencial, articulado, definido. Então, o espaço pode ser entendido como relato metafísico da arquitetura, pode-se “projetar” desde a arquitetura, porém o lugar só pode construir-se desde o “fluir da vida”, o espaço da arquitetura é o suporte que projeta o arquiteto, o lugar é o que a arquitetura pode construir, criar características de pertencimento, identidade.
ARQUITETURA DA GLOBALIZAÇÃO (ALTA TECNOLOGIA) (1970 -1980)
É um estilo arquitetônico que incorpora elementos de indústria de alta tecnologia e tecnologia em design de construção. Apareceu como uma renovada do modernismo, uma extensão dessas ideias anteriores ajudaram até por mais avanços tecnológicos. Uma ponte entre o modernismo e pós-modernismo em direção ao Supermodernismo,
Os representantes da alta incluem os britânicos arquitetos Norman Foster, Richard Rogers, Sir Michael Hopkins, Renzo Piano, Richard Rodgers, Jean Nouvel e Zaha Hadid e Santiago Calatrava, conhecido por seus orgânicos esqueletos como desenhos.
Características: Edifícios da alta tecnologia são muitas vezes chamados de máquinas. Aço, alumínio, vidro combinado com suspensórios coloridos e vigas. Muitas das peças são pré-fabricadas na fábrica e montados mais tarde. As vigas de suporte, o trabalho conduta e outros elementos funcionais são colocados no exterior do edifício, onde se tornam o foco de atenção. Os espaços interiores são abertos e adaptáveis para muitos usos.
[pic 4]
30 St Mary Axe, Norman Foster
É notável a presença de materiais como aço e vidro, e formas extraordinariamente diferentes, e até a poucos anos atrás inimagináveis na arquitetura. Com o uso destes materiais, é possível alcançar formas notáveis, grandiosas, como o 30 St Mary Axe, de Norman Foster, onde a estrutura e sua forma são bem características do movimento Hightech.
...