A ARQUITETURA SUTENTAVEL
Por: CLARISSA BRUNO • 24/10/2022 • Trabalho acadêmico • 1.800 Palavras (8 Páginas) • 104 Visualizações
Introdução
A construção civil nada mais e que o conjunto de atividades ligadas ao setores da engenharia e arquitetura com intuito de transformas o espaço de acordo com a necessidade do ser humano. Ainda nos primórdios da humanidade as pessoas já procuravam meios de modificar os materiais com intuito de ser protegerem e delimitarem seu espaço, por exemplo os pré-históricos com as cavernas. Ao longo dos séculos com a evolução da humanidade as técnicas e matérias usados para construções foram se aprimorando, passando a não ser somente como forma de proteção mas também empregando a concepção estéticas que mais tardar determinou períodos históricos. No brasil o boom foi de fato na era Jk com plano de metas 50 em 5 que investiu na construção com o maior feito a construção de Brasília. Isso tudo é uma grande evolução de fato porem o crescimento do setor da construção civil é proporcional ao aumento da exploração de recursos da natureza, gerando um preocupação com as quantidades de resíduos gerados todos os dias da indústria da construção pois gera muitos impactos, por tanto vamos ver como isso tudo contribui para geração de entulhos.
Os RDCs são definidos como resíduos da construção civil aqueles provenientes de reformas , construções , demolições de obras e reparos de acordo CONAMA .Esses detritos provenientes das obras, na maioria das vezes são descartados de maneira indevida proveniente de falta de cultura de reutilização e reciclagem dos resíduos de demolição e construção (RDCs) ,o que ocasiona um impacto para todo o meio ambiente e a qualidade de vida da população.
- Perdas segundo seu controle:
- Perdas inevitáveis: são aquelas onde o capital para sua redução ultrapassa a economia gerada por ela, sendo uma perda aceitável;
- Perdas evitáveis: frutos de um processo de baixa qualidade, onde os recursos são empregados de forma imprópria.
- Perdas segundo sua natureza:
- Perdas por superprodução: ocorrem quando é produzida uma quantidade maior que a necessária; por exemplo: produzir gesso em quantidade acima da consumida em um dia de trabalho;
- Perdas por substituição: quando é usado um material de desempenho superior ao necessário, como um concreto com resistência maior que a específica no projeto;
- Perdas no transporte: trata-se da perda de tempo, por exemplo: grande distância entre o estoque de material e a obra; ou então perdas de materiais por manuseio incorreto ou pelo uso de equipamentos de transporte inadequados;
- Perdas no procedimento: proveniência dos erros de procedimentos ou no não cumprimento destes. Ademais, estão relacionadas à falta de treinamento da mão- de-obra;
- Perdas de estoque: quando existe estoque elevado, ocasionado pela programação errada da entrega dos materiais ou erros no quantitativo físico da obra.
- Perdas pela elaboração de produtos defeituosos: estão ligadas a falta de treinamento, utilização de materiais impróprios e problemas de planejamento. Acarretam redução do desempenho final ou retrabalho, como as falhas em impermeabilizações de construções.
Essa soma de tipo de perdas na construção são os causadores dos entulhos no processo final pois toneladas de lixo que na maioria das vezes não tem destino adequado e acabam tornando-se um dos grandes problemas enfrentados pela sociedade nos dias correntes. O material que tem maior taxa de desperdício vide tabela 1 é o gesso, isso se deve ao fato de ser barato e manipulado manualmente.
Tabela 1 – Taxa de Desperdícios de Materiais
[pic 1]
Fonte: SANTANA, Izira Cunha. (2016,p17)
Descarte de entulhos
De acordo com uma reportagem feita no Jornal Nacional, o descarte de entulhos e feito de forma incorreta em 80% dos municípios brasileiros e ainda ressaltou que na cidade de São Paulo, os pontos de descarte irregular se multiplicam, com mais que 3.500. Locais como ruas, terrenos baldios, beira de córregos e o lixão municipal, são utilizados como pontos de descarte desses materiais dando destaque para bairro periféricos, ocupados por população de menor renda, vide figura 1.
Figura 1 – Resíduos de construções
[pic 2]
Fonte: https://itapira.sp.gov.br/<acesso em 03/04/2022)
Processo de reciclagem
Por tanto para melhorar o gerenciamento dos RCDs, a resolução CONAMA nº 307 (BRASIL, 2002) traz em seu artigo 9º, cinco etapas do plano de gerenciamento, vide figura 2 : caracterizar ,triagem , acondicionamento , transporte e destinação.
Tabela 2 – Etapas do projeto de gerenciamento de resíduos
[pic 3]
Fonte: SOARES, Natália Dos Reis. (2013 p 50)
A etapa da caracterização dos RCDs é importante para identificar e contar os resíduos para planejar a redução, reutilização, reciclagem e a destinação final. É importante que se faça a caracterização dos RCDs gerados por etapa da obra vide tabela 3, pois no momento da reutilização ficará mais fácil dar destino a esses resíduos
Tabela 3 – Geração de resíduos por etapa de uma obra
Fases da obra | Tipos de resíduos possivelmente gerados |
Limpeza do terreno | Solos |
Rochas, vegetação, galhos. | |
Montagem do canteiro | Blocos cerâmicos, concreto (areio; brita) |
Madeiras | |
Fundações | Solos |
Rochas | |
Superes estrutura | Concreto (areia; brita) |
Madeira | |
Sucata de ferro, formas plásticas. | |
Alvenaria | Blocos cerâmicos, blocos de concreto, argamassa. |
Papel, plástico | |
Instalações hidrossanitários | Blocos cerâmicos |
PVC | |
Instalações elétricas | Blocos cerâmicos |
Mangueira, fio de cobre. | |
Reboco interno/externo | Argamassa |
Revestimentos | Pisos e azulejos cerâmicos |
Piso laminado de madeira, papel, papelão, plástico. | |
Forro de gesso | Placas de gesso acartonadas |
Pinturas | Tintas, seladoras, vernizes, texturas |
Coberturas | Madeiras |
Cacos de telhas de fibrocimento. |
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