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A Arquitetura Medieval e Arquitetura Românica

Por:   •  22/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.623 Palavras (7 Páginas)  •  628 Visualizações

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Arquitetura Medieval e Arquitetura Românica

1.0 INTRODUÇÃO

Período que se caracterizou pela forte presença clerical, ou seja, o domínio da Igreja, que era o maior senhor feudal de toda a Idade Média, em todas as atividades sócio, econômicas, políticas e culturais. E a arquitetura não ficou fora disso. Como a população em geral no Feudalismo não tinha acesso aos livros, e o conhecimento era resguardado apenas aos nobres. A Igreja era a principal responsável pela contratação de construtores, arquitetos, marceneiros, carpinteiros, escultores, pintores, decoradores, etc.

Muitas das atividades intelectuais e culturais se desenvolveram à partir dos pequenos mosteiros. Um bom exemplo disso foi a ilustração dos manuscritos e a pintura dos afrescos. Os motivos usados pelos pintores eram sempre de natureza religiosa - a criação do homem e do mundo, o pecado de Adão e Eva, a arca de Noé, Jesus Cristo e a Bíblia.

O estilo românico foi o mais marcante na arte e na arquitetura medieval. Na arquitetura, destaca-se a Abadia de Cluny no ano de 910 d.C, em Borgonha, França.

2.0 CONTEXTO HISTÓRICO

Enquanto as culturas bizantina e islâmica floresciam no leste europeu e na orla sul do Mediterrâneo, as regiões da Europa Ocidental que constituíram o Império Romano entraram em declínio. Os postos avançados do Império vinham sendo repetidamente atacados pelos povos nômades vindos da Ásia Central. Estas tribos, finalmente cruzaram as fronteiras estabelecidas por Roma e ocuparam a Cidade em 476.

Já o Império Bizantino tem seu auge no governo de Justiniano, entre 527 e 565, que estabelece a paz com os persas e dedica-se a reconquistar a região ocidental do Império Romano. São retomados o norte da África, a Itália e o sul da Espanha. Mas após a morte de Justiniano os nômades gradualmente se assentaram, se converteram ao cristianismo e tentaram dar continuidade às tradições de governo romanas. A cultura romana se baseava na vida urbana e dependia de um governo centralizado e forte.

Os camponeses cultivavam o solo em troca de subsistência proteção. Com o passar dos séculos, este arranjo de serviços e proteção mútua formou o sistema feudal. Uma vez que o feudalismo significou a fragmentação geopolítica da Europa, os estilos de arquitetura tinham caráter obrigatoriamente regional ou mesmo local: Arquitetura Carolíngia, Arquitetura dos Vikings, Arquitetura Pré-Românica, Arquitetura Românica, etc.

3.0 ARQUITETURA CAROLÍNGIA

Vigente na área do antigo reino franco durante o governo da dinastia carolíngia nos séculos VIII e IX com seu apogeu na Europa Ocidental durante o reino de Carlos Magno (768-814).

Carlos Magno unificou grande parte dos territórios que hoje chamamos França, Países Baixos, Alemanha e sonhava com o renascimento da civilização romana. Encorajou a arquitetura doando terras e dinheiro para a construção de igrejas e monastérios. A produção arquitetônica incentivada por ele denominou-se arquitetura carolíngia.

3.1 Características:

• Baseia-se nos antigos prédios paleocristãos e bizantinos “Como primeira edificação ao norte dos Alpes a ser coberta por uma cúpula após a queda do Império Romano, a Capela Palatina reflete o grande desejo do imperador de fazer renascer os ideais clássicos da arquitetura.”

• Campanários e torres incorporados à arquitetura

3.2 Palácio de Carlos Magno, Catedral de Aachen (792-814)

Composto por: capela palatina, átrio, galeria, basílica ou salão de audiências ou ainda sala das assembleias. Planta do conjunto baseia no Palácio de Latrão Roma na atual Alemanha e foi inspirada na Capela de San Vitale, em Ravena. O salão de audiências segue o esquema de uma basílica romana, mas as construções carolíngias têm aspecto mais grosseiro.

3.3 Abadia de Lorsch

Em Lorsch, Carlos Magno doou uma abadia da qual resta apenas o portal. Suas características principais eram: arcos de triunfo romanos, arco tríplice que marcava a entrada do átrio da antiga Basílica de São Pedro, padrões decorativos geométricos, sarcófagos do período Romano Tardio, colunas e pilaretes de influência romana, telhado com duas águas muito íngremes e azulejos decorativos vermelho e brancos.

3.4 Monastérios

A obra unificadora de Carlos Magno não durou muito após a sua morte. Em 843, com a morte do seu filho, o Império Carolíngio foi dividido e o poder estatal na Europa Ocidental gradualmente retornou às mãos dos lordes locais e regionais. A única instituição socialmente coesa que transcendia os grupos regionais era a Igreja, que organizou a Europa medieval em dioceses eclesiásticas, cada qual administrada por um bispo. Além dessa divisão de dioceses baseada nas cidades, havia os monastérios, na maioria rurais, que cresceram e prosperaram durante o período medieval. Carlos Magno havia encorajado a fundação dessas entidades como meio prático de controlar os territórios conquistados, além, é claro, de suas contribuições espirituais e educacionais. Poucas instituições tiveram impacto tão amplo na arquitetura do período medieval como o monasticismo. Durante a Idade Média, os monastérios chegaram a ser construídos aos milhares.

Características da arquitetura dos Monastérios: o leiaute básico das abadias beneditinas é conhecido pela planta baixa da Abadia de Saint Gall. Desenho de arquitetura mais antigo do período medieval. A planta determina quais os principais elementos de um monastério beneditino que se tornou um modelo que seria usado como base dos projetos monásticos nos 400 anos seguintes.

3.4.1 Abadia de Saint Gall (817)

Continha os componentes necessários para uma comunidade religiosa autossuficiente. Foi projetada para 110 monges, além de 130 a 150 trabalhadores e criados.

A maior edificação do monastério era a igreja: uma basílica com duas extremidades com um semicírculo oeste, torres cilíndricas gêmeas, telhado com tesouras de madeira, espaço de culto reservado para os monges, altares distribuídos ao longo de todo o comprimento da nave central, nos transeptos e na ábside.

4.0 Arquitetura Viking

Os Vikings, ou dinamarqueses, foram exploradores e comerciantes, mantendo contato com locais tão remotos como Constantinopla. O legado artístico dos vikings fica mais claro nos seus ornamentos entrelaçados que foram adotados

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