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A Arquitetura Vernacular de Curitiba

Por:   •  14/11/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.249 Palavras (9 Páginas)  •  1.005 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Arquitetura vernacular, seria toda forma de arquitetura em que são empregados recursos, técnicas e materiais do local, do próprio ambiente onde a edificação é construída, sendo assim, um caráter regional.

Também são denominadas formas de arquitetura vernacular, construções onde os conhecimentos de edificações ou utilização de materiais são transmitidos de geração para geração. Alguns exemplos desse tipo de construção:

- Casas de madeira;

- Casas de bambu;

- Utilização da palha para telhados (Coberturas);

- Edificações de pedra, adobe entre outros;

Uma arquitetura sustentável e antiga, sendo a base para princípios arquitetônicos de hoje, como a Construção Sustentável, Arquitetura Bioclimática.

O estudo dessa arquitetura é essencial dentro dos meios acadêmicos, tanto pelo seu valor patrimonial como igualmente pelos conceitos e definições.

CONTEXTO DE CURITIBA

Alguns aspectos:

- Clima;

- Recursos naturais;

- Povos Imigrantes;

- Desenvolvimento da cidade;

CLIMA

Curitiba é a capital mais fria do Brasil, com um clima temperado e com as quatro estações bem definidas. A temperatura média do mês mais quente é inferior a 22 °C e a mais fria abaixo de 18 °C. O clima de Curitiba também é influenciado pelas massas de ar seco que dominam o centro-sul do Brasil, trazendo tempo frio e seco em especial no inverno.

Clima temperado significa que há estações quentes e frias bem caracterizadas. Em Curitiba, é um clima temperado com verões moderadamente quentes e uma alta umidade relativa o ano todo.

É difícil projetar uma casa adequada para um calor amazônico, ou a um frio patagônico. A arquitetura curitibana raramente se mostra pronta para este desafio, é uma arquitetura de condições médias. Ela serve para a meia-estação, mas não para os extremos.

Metodologia adotada para conforto térmico de Curitiba

Como as pessoas se adaptam termicamente ao local onde estão (conforto adaptativo), ao serem feitas experiências em laboratórios para estudar e mensurar a sensação térmica, esses resultados podem ser tendenciosos, uma vez que a pessoa está condicionada à situação adaptativa de sua cidade e época (mês ou estação do ano).

É feito o cálculo das temperaturas de conforto para a cidade de Curitiba ao longo do ano. Para realizar essa tarefa, as temperaturas do ar mensais foram obtidas das Normais Climatológicas (1961-1990), as quais compreendem dados de períodos de trinta anos e são utilizados para fins de pesquisas e estatísticas (BRASIL, 1992).

A temperatura externa - Te é calculada, com o auxílio de uma planilha eletrônica, a partir da média entre a média mensal da temperatura externa diária máxima e a média mensal da temperatura externa diária mínima. A partir da temperatura externa, as temperaturas de conforto – TC, para cada mês, são calculadas pela fórmula e a faixa de conforto é estabelecida através da margem de tolerância de 2ºC para baixo ou para cima, resultando em uma faixa de conforto térmico que oscila ao longo do ano.

Tc = 13,5 + 0,54Te

POVOS IMIGRANTES

Alemães, franceses, suíços, poloneses, italianos, ucranianos, nos centros urbanos ou nos núcleos coloniais, conferiram um novo ritmo de crescimento à cidade e influenciaram de forma marcante os hábitos e costumes locais.

Os poloneses chegaram em 1871 e criaram diversas colônias, uma delas é a de Tomás Coelho (Araucária). Os italianos vieram para Curitiba em 1872 e, em 1878, criaram a colônia Santa Felicidade. Os oriundos do norte da Itália eram, em sua maioria, operários, artesãos, profissionais especializados e comerciantes. Os do sul dedicavam-se à lavoura e introduziram novos implementos agrícolas. Os ucranianos vieram em 1895. Estabeleceram-se no Campo da Galícia e foram expandindo suas propriedades ao longo da atual Avenida Cândido Hartmann e por todo o bairro Bigorrilho.

Os japoneses marcaram presença em Curitiba a partir de 1915, com a chegada de Mizumo Ryu. Em 1924, deslocaram-se para cá em maior número e se fixaram na cidade e redondezas - os bairros Uberaba, Campo Comprido, Santa Felicidade e o município de Araucária.

Os sírios e libaneses, no início do século XX, estabeleceram-se no comércio de roupas, sapatos, tecidos e armarinhos.

O exemplar mais significativo da arquitetura vernácula são as casas em madeira feitas pelos imigrantes poloneses. Nestas, o principal material empregado foi a madeira do pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifólia). Nesse tipo de construção, a estabilidade da edificação é garantida por uma estrutura portante de madeira que geralmente está apoiada em uma fundação realizada em pedra.

Na Itália a paisagem urbana é tombada. As casas estão preservadas, dando um retrato de como era a vida quando os imigrantes vieram. As casas italianas daqui têm a mesma simetria, distribuição de janelas e simplicidade de formas que as “irmãs” européias. Outra similaridade é o telhado, com inclinação acentuada para aproveitar o espaço para sótão. As janelas têm folhas externas “cegas” e internas de vidro, com moldura de madeira em forma de guilhotina (ou de abrir para dentro), e costumam ser de tamanhos iguais. A exceção são as janelas mais próximas do telhado, que podem ser menores.

Arquitetura polonesa em Curitiba, uma das etnias que compõe, historicamente, a constituição do povo paranaense. Os poloneses empregavam troncos de árvores sobrepostos horizontalmente, com encaixes nos cantos das paredes.

Arquitetura Italiana em Curitiba

Arquitetura Polonesa em Curitiba

Arquitetura Alemã em Curitiba (Bosque do Alemão)

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