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A CONDIÇÃO CONTEMPORÂNEA DA ARQUITETURA ARQUITETURA E FENOMENOLOGIA - STEVEN HOLL

Por:   •  16/3/2021  •  Trabalho acadêmico  •  2.279 Palavras (10 Páginas)  •  340 Visualizações

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“A Condição Contemporânea da Arquitetura” de Josep Montaner

Catalão Josep Maria Montaner é o escritor do livro “A Condição Contemporânea da Arquitetura”, em sua obra é apresentado a evolução da arquitetura, que se mostra desde o século passado até os dias atuais. Para apresentar e discutir com seus leitores os aspectos que foram ultrapassados e quais foram renovados no campo arquitetônico, Montaner dividiu seu livro em 8 capítulos, com o objetivo de discutir seu ponto de vista envolvendo arquitetos e temas que se relacionam, são eles:

• A continuidade do racionalismo e dos princípios mordenistas;

• A aceitação do organicismo;

• Cultura, tipologia e memória urbana: monumentalidade e domesticidade;

• Arquitetura e Fenomenologia;

• Fragmentação, caos e iconicidade;

• Diagrama de energia;

• Da crítica radical aos grupos: arquiteturas da informalidade;

• Arquiteturas do meio ambiente.

É importante ressaltar que com toda a tecnologia que temos hoje, conseguimos aprofundar no estilo arquitetônico dos antepassados, estudando cada pensamento e ideia. Foi dessa maneira que Montaner optou por escrever cada um desses capítulos apresentando sua opinião.

O autor também diz que a arquitetura está presente em todos os âmbitos que o ser humano habita. “Hoje vivemos uma total dualização da arquitetura: uma parte, muito publicada, para a pequena porcentagem de ricos, com grande poder aquisitivo, a maior parte da arquitetura, em algumas ocasiões realmente interessante e com valores sociais, para a maioria. Dita diversidade se expressa nos últimos capítulos do livro, dedicados às arquiteturas da informalidade e as 'arquiteturas sustentáveis'.”No século atual, se tornou muito mais fácil aumentar seu repertório a partir de pesquisas na internet, ao invés de ler diversos livros, como no século passado. Além de que muitas das obras já estão digitalizadas no meio digital.

Arquitetura e Fenomenologia

Dentre os oito capítulos escritos do livro de Montaner, neste trabalho o foco vai ser no que se refere à Arquitetura e Fenomenologia, capítulo 4.

Primeiramente, é importante compreender o que significa a fenomenologia dentro da arquitetura: pesquisar a experiência do espaço construído como um aspecto da filosofia, considerando um movimento arquitetônico histórico.

A fenomenologia arquitetural é um movimento dentro da arquitetura que se iniciou no ano de 1950, se destacou no final dos anos 70 e 80, prolongando-se até os dias de hoje. Se trata tanto da estética como do intelectual. No livro, é fortemente destacado um desafio para a arquitetura moderna do pós-guerra , que levou a arquitetura pós-moderna. A fenomenologia constata fortemente com o antihistoricismo do modernismo pós-guerra.

O autor inicia o capítulo relatando que uma das maiores contribuições dos últimos 25 anos para a arquitetura foi a crescente importância atribuída aos sentidos, à percepção e à experiência humana. Diz rapidamente sobre a tradição do realismo que evoluiu, citando os filósofos Edmunt Husserl, Maurice Merleau-Ponty, Edith Stein e Gaston Bachelard. Cita também os principais artistas que aplicaram a fenomenologia em suas obras, como Steven Holl, Glenn Murcutt, Peter Zumthor, Elizabeth Diller e Ricardo Scofidio.

É uma linha de pensamento filosófico que busca fazer reflexão sobre à experiência por si só. Com o objetivo de intensificar a experiência sensorial, são utilizadas diversas estratégias de projeto para que o visitante tenha impressões visuais sobre a obra. Algumas dessas estratégias são:

• Manipulação da entrada de luz, seja natural ou artificial;

• Exposição de materiais translúcidos, transparentes, opacos;

• Uso da tecnologia digital.

Ao aplicar essas estratégias os projetos criam singularidades com efeitos que convidam a reflexão e o acolhimento.

Realismo e Brutalismo

O realismo na arquitetura surgiu na segunda metade do século XIX, enquanto técnica artística, encontramos desde a Grécia Antiga. No entanto, os artistas realistas do século 19 pretendiam uma arte realista mais sincera em que a realidade é pintada sem as rígidas regras clássicas. Os temas também passam a ser buscados dentro da sociedade contemporânea, não mais os temas históricos, mitológicos e muito menos religiosos. Conhecido também como Realismo Social, o estilo pretende uma arte que busca a verdade e a atualidade. Os artistas realistas estavam produzindo arte num momento histórico muito interessante. A Revolução Industrial entrava em sua segunda fase e vemos o surgimento das teorias evolucionistas de Darwin, do positivismo, da dialética hegeliana e do socialismo marxista.

Na arquitetura, o Realismo responde a uma necessidade do momento histórico. Palácios, castelos e igrejas já não são tão importantes quantos fábricas, pontes, casas, hospitais e estações ferroviárias, por exemplo. O processo de industrialização provoca também um processo de urbanização.

A arquitetura brutalista é uma das mais marcantes tendências do panorama arquitetônico moderno, brasileiro e internacional, do período pós 2ª Guerra Mundial até pelo menos fins da década de 1970. As obras com ela identificadas caracterizam-se principalmente pela a utilização do concreto armado deixado aparente, ressaltando o desenho impresso pelas formas de madeira natural, técnica que passou a ser empregada com mais frequência na arquitetura civil naquele momento, tanto como recurso tecnológico como em busca de maior expressividade plástica.

O neobrutalismo, primeiramente, foi desenvolvido por um grupo de arquitetos ingleses no início da década de 1950, que tem o casal Smithson como representantes mais relevantes, contrapondo-se à trajetória na qual a arquitetura moderna se dirigia, e decepcionados com a aplicabilidade das questões defendidas pelas vanguardas modernas do entreguerras. os Smithson pontuam os propósitos iniciais do novo brutalismo: “É nossa intenção que este edifício tenha a estrutura inteiramente exposta, sem acabamentos internos sempre que possível”.

Para que um edifício se encaixe nessa categorização, os três pontos que seriam necessários são: capacidade de ser lembrado como uma imagem única, exibição

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