A HISTÓRIA ARQUITETURA

O PLANO DE ALFRED AGACHE PARA O RIO DE JANEIRO

O BRASIL EM 1920: REPÚBLICA VELHA – PRESIDENTE EPITÁCIO PESSOA – BARÃO DO CAFÉ – POLÍTICA DO CAFÉ COM LEITE – BRIGA ENTRE SP E MG PELO PODER.

NESSA ÉPOCA O RJ ERA A CAPITAL FEDERAL DO BRASIL.

COM O AUMENTO DO MOVIMENTO OPERÁRIO, O BRASIL RECEBE MUITOS IMIGRANTES EUROPEUS QUE TRAZEM CONSIGO NOVAS IDEOLOGIAS VIGENTES NA ÉPOCA, COMO O ANARQUISMO E O SOCIALISMO. SURGE ENTÃO O PRIMEIRO PARTIDO COMUNISTA.

EM 1921 O PRESIDENTE EPITACIO PESSOA INDICA PARA A PRESIDENCIA O MINEIRO ARTUR BERNARDES, JUNTOS ELES CRIAM A LEI DE REPRESSÃO ANARQUISTA – AÇÃO QUE BUSCAVA ELIMINAR A INFLUÊNCIA NO MOVIMENTO SINDICAL OPERARIADO – REVOLTA MILITAR NO FORTE DE COPACABANA “18 DO FORTE”.

EM 1922 OCORREU A SEMANA DA ARTE MODERNA, ONDE A ELITE DE INTELECTUAIS, ESCRITORES E ARTISTAS BRASILEIROS LANÇARAM UM MOVIMENTO DE CONTESTAÇÃO DA MENTALIDADE E PRODUÇÃO ARTISTICA VIGENTES NO PAÍS. NO MESMO ANO COM A FUNDAÇÃO DO PARTIDO COMUNISTA NO BRASIL, HÁ UM CLIMA DE INSATISFAÇÃO GERAL.

PLANEJAMENTO URBANO NO PAÍS

DE 1875 A 1930 HOUVERAM PLANOS DE MELHORAMENTO E EMBELEZAMENTOS – INFLUÊNCIA DO PLANO DE HAUSMANN, “BELLE ÉPOCA PARIENSE”

DE 1930 A 1990 HÁ INVESTIMENTOS EM OBRAS DE INFRAESTRUTURA E PREDOMÍNIO DE PLANOS DIRETORES – ESTADO NOVO E DITADURA MILITAR – AV. PRESIDENTE VARGAS, PONTE RIO NITERÓI, METRÔ, ALARGAMENTO DA PRAIA DE COPACABANA.

A PARTIR DE 1990 OCORREM PLANEJAMENTOS ESTRATÉGICOS.

A CIDADE DO RIO DE JANEIRO

    A CIDADE DO RIO DE JANEIRO INICIA-SE NO ENTORNO DA BAIA DE GUANABARA, CIRCUNDADA POR UM CONJUNTO DE MONTANHAS, MUITAS VEZES PRÓXIMAS A REGIÕES LITÔRANEAS, O QUE CONTRIBUI PARA SUA BELEZA MAS SE TORNA UM OBSTACULO PARA A EXPANÇÃO DA ÁREA CENTRAL.

   EM 1920, NA POSSE DO PREFEITO CARLOS DE SAMPAIO, É PLANEJADO O DESMONTE DO MORRO DO CASTELO, ASSIM COMO É PROJETADA A URBANIZAÇÃO DA ÁREA RESULTANTE DO DESMONTE E SUAS ÁREAS VIZINHAS (MORRO SANTO ANTONIO E MORRO DO SENADO).

   JUSTIFICATIVA PELA NECESSIDADE DE:

1. CRIAÇÃO DE UMA ÁREA DE ATERRO PARA A EXPOSIÇÃO COMEMORATIVA DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL EM 1922: ATERRO DO FLAMENGO.
2. ABERTURA DE NOVAS QUADRAS PARA A EXPANÇÃO DA ÁREA CENTRAL: MERCADO IMOBILIÁRIO.
3. MEDIDAS SANITÁRIAS E HIGIENISTAS, TENDO EM VISTA A ESTÉTICA TAMBÉM.

   NO BRASIL EXISTEM TRÊS ORDENS RELIGIOSAS IMPORTANTES:

1.  ORDEM REGULAR – COM IGREJAS E CAPELAS.
2. ORDEM CIRCULAR – COM MOSTEIROS E SEMINÁRIOS (NO MORRO DO CASTELO HAVIA UM SEMINÁRIO)
3. ORDEM TERCEIRA – CASAS DE CUIDAR, COMO A SANTA CASA DA MISERICÓRDIA.

• COM O DESMONTE DO MORRO CASTELO FICA CLARA A INTENÇÃO DE CRIAR UMA NOVA PARIS, MAS ACABA FICANDO NO ESQUECIMENTO QUE O MORRO ERA PARTE DA IDENTIDADE DA CIDADE.

ATERRO DO FLAMENGO: PAISAGISTA BURL MARX, REMETE A UM JARDIM FRANCÊS.

ABERTURA DA AVENIDA GETULIO VARGAS: PRIMEIRAS OBRAS DE GETULIO VARGAS NO PODER – ESTADO NOVO.

LIGAÇÃO DA REGIÃO DO ANTIGO CENTRO AO RESTANTE DA CIDADE – ÁREA ONDE FICAVA O MORRO DO CASTELO-PRAIA-QUADRA ONDE MORAVAM AS PESSOAS DE BAIXA RENDA-AEROPORTO.

RIO DE JANEIRO ESTAVA SE TORNANDO A CIDADE DE BELLAS ARTES.

O PLANO DIRETOR DE BRASÍLIA

     AS PRIMEIRAS OBRAS SÓ COMEÇARAM EM 1956, PORÉM A IDÉIA DE SE TER UMA INTERIORIZAÇÃO DA CAPITAL BRASILEIRA SURGIU NO SÉCULO XVIII.

   INCONFIDENTES MINEIROS QUERIAM QUE A CAPITAL DO PAÍS FOSSE EM SÃO JOÃO DEL REI. A IDÉIA NÃO CONTINUOU, POREM A VONTADE DE SE TER UMA CAPITAL NO CENTRO DO PAÍS SE EXTENDEU ATÉ 1939,  QUANDO FRANCISCO ADOLFO VARGANHAGEM REINICIOU A LUTA PELA LUTA DE REINTERIORIZAÇÃO DA CAPITAL ADMINITRATIVA DO PAÍS E PROPÔS A CONSTRUÇÃO DA MESMA EM UMA REGIÃO PRÓXIMA DE ONDE BRASÍLIA SERIA CONSTRUÍDA.

    EM 1955, APÓS A CRIAÇÃO DE UMA COMISSÃO FOI ESCOLHIDO O SÍTIO CASTANHO PARA IMPLANTAR A NOVA CAPITAL – BONS RECURSOS HIDRICOS, TOPOGRÁFICA FAVORAVEL E CLIMA AGRADÁVEL.

  EM 1956, O PRESIDENTE JUSCELINO KUSTISCHEK PROPÕE QUE A CAPITAL SE CHAME BRASILIA E ABRE UM CONCURSO PARA A ESCOLHA DO PLANO PILOTO COM O PROJETO BÁSICO E DESENHO DA CIDADE.

FORAM APRESENTADOS 41 PROJETOS E EM MARÇO DE 1957, O PROJETO DO URBANISTA LUCIO COSTA É ESCOLHIDO.

     INSPIRADO EM LE CORBUSIER, LUCIO COSTA É O PRINCIPAL URBANISTA E TEM A AJUDA DE OSCAR NIEMEYER PARA A CONSTRUÇÃO DA MAIORIA DOS EDIFICIOS E BURL MARX PROJETA O PAISAGISMO DA CAPITAL.

  A PLANTA APARENTA TER O FORMATO DE UM AVIÃO, MAS O INTUITO DE LUCIO COSTA ERA, COM O CRUZAMENTO DOS DOIS EIXOS FORMA-SE UMA CRUZ, ACENTUANDO A REGIOSIDADE BRASILEIRA. FAZ DOIS EIXOS – NORTE A SUL E LESTE A OESTE.

EIXO NORTE A SUL – A LINHA É FLAMBADA PARA SE ADAPTAR A TOPOGRAFIA DO TERRENO E MAIS DO QUE ISSO, SE PROTEGE DOS VENTOS FORTES VINDOS DO SUL. AS HABITAÇÕES SÃO EM SUPERQUADRAS (EIXO RESIDENCIAL).

LESTE A OESTE – É CONSTITUIDO PELOS CENTROS ADMINISTRATIVOS E OS SETORES COMERCIAIS E CULTURAIS – EIXO MONUMENTAL.

O PROJETO É TRABALHADO EM QUATRO ESCALAS:

1. MONUMENTAL: ESCALA ONDE FICAM OS MAIORES EDIFÍCIOS, ENVOLTOS POR PRAÇAS SECAS COMO A PRAÇA DO TRÊS PODERES (TRIANGULAR, SENDO QUE CADA PONTA REPRESENTA UM PODER – EXECUTIVO, LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO -, COM A INTENÇÃO DE QUE ELES SE AUTO-VIGIEM).
2. GREGARIA: ESCALA QUE FICA NO ENTORNO DO EIXO MONUMENTAL, SERIA O “CORAÇÃO DA CIDADE”, ONDE SE LOCALIZAM A BIBLIOTECA MUNICIPAL, O TEATRO MUNICIPAL E OUTROS EQUIPAMENTOS QUE, EMBORAM NÃO SEJAM TOTALMENTE PÚBLICOS, CUMPREM FUNÇÃO PÚBLICA.
3. ESCALA BUCÓLICA: É A ESCALA ONDE SÓ SE PODE CONSTRUIR CASAS OU SOBRADOS.

INFORMAÇÕES: - OS EDIFÍCIOS SÃO MUITO ALTOS E POSSUEM TÉRREO LIVRE COM PILOTIS; - ENTRE AS QUADRAS A ÚNICA DIVISÃO SERIA UMA ÁREA VERDE COM ESPAÇO PARA PQUENOS COMERCIOS LOCAIS; - NÃO HÁ ESQUINAS E SIM GRANDES ROTATÓRIAS; - A RODOVIÁRIA E O METRÔ FICAM NA ESCALA GREGARIA, O “CORAÇÃO DA CIDADE”; - NA PRAÇA DOS TRÊS PODERES ESTÃO O GOVERNO, O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E O CONGRESSO; - AS VIAS TEM FUNÇÃO DE TRONCO CIRCULATÓRIO, COM PISTAS DE ALTA VELOCIDADE CRUZADAS POR VIAS QUE DISTRIBUEM O TRÁFEGO PARA OS SETORES RESIDÊNCIAIS.