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A História Paisagismo

Por:   •  22/11/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  874 Palavras (4 Páginas)  •  144 Visualizações

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INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO

CURSO TÉCNICO SUBSEQUENTE DE EDIFICAÇÕES

Carolaynne Stephanie Aragão Felix da Silva

PORTUGUÊS INSTRUMENTAL

RELATÓRIO DE PALESTRA

RECIFE

2021

INTRODUÇÃO

Como atividade da disciplina Português Instrumental, do curso técnico subsequente de edificações, apresento um relatório da palestra ‘’Prática de Fundações no Recife’’ ministrada pelo professor e engenheiro civil Alexandre Duarte Gusmão durante a semana Nacional de Ciência e Tecnologia, organizada pelo Instituto Federal de Pernambuco no dia 03 de novembro de 2021, transmitida ao vivo no canal do IFPE - Campus Recife.

A PALESTRA

Inicialmente, o palestrante expõe a principal dúvida que permeia a prática das

fundações no Recife: o solo da cidade é ruim para a construção civil? Essa dúvida norteia a palestra, que é uma resposta ao ''porquê'' dela.

De maneira simples e objetiva, apresentou a localização do Recife em mapa  e logo depois adentrando no histórico da formação do território, sendo este do período quaternário e época Holocênica, que inicialmente apresentava-se como um tipo de ilha, tendo partes importantes e consideráveis conquistadas por meio de aterros. Os aterros somados ao solo mole existente transformaram-se em um problema para a capital, uma vez que ela tem tendência a afundar, enquanto o mar segue uma tendência global de aumento de nível.

O palestrante traz exemplos comparando a explanação sobre o solo mole, com a realidade dos bairros de Recife, afirmando que a cidade tem um solo lucrativo do ponto de vista da engenharia, uma vez que é preciso um grande trabalho para estabelecer a fundação nos terrenos. Ao citar um mapeamento altimétrico da professora Manuela Oliveira (2017) das unidades geológicas da cidade, ele esclarece os limites da formação terciária e da planície, sendo nesta última onde se concentram as principais obras da engenharia no Recife, terrenos muito caros que incentivaram a intensa verticalização e assim, exigindo fundações profundas.

Tendo sido contextualizada a formação da cidade, entramos agora especificamente na prática de fundações. A escolha do tipo é influenciada primariamente pelo terreno, as características geológicas do subsolo, a altura do edifício, além de outros condicionantes como a vizinhança, por conta dos ruídos, vibrações, escavações, etc. Ainda sobre a escolha do tipo de fundação, a unidade geológica costeira, de morros, conta com fundações superficiais para prédios de pequeno porte, enquanto na unidade de planície, de solo supervalorizado, há a tendência do desenvolvimento de prédios de grande porte, que exigem a anteriormente citada fundação profunda. Para exemplificar, o bairro de boa viagem é trazido como recorte do mapeamento da professora Manuela Oliveira, destacando uma grande zona de mangue (espessos depósitos de solo mole), sendo necessário o uso de estacas mais profundas, como as metálicas.

O bairro do Pina também é trazido como elemento comparativo, onde a cerca de 3km da área apresentada anteriormente, encontramos solo que não é mole, e a análise de um prédio nela edificado que conta com uma solução em hélice contínua e estacas bem menores. Um outro exemplo é o bairro da Ilha do Leite, para análise da obra de um edifício empresarial que tem um depósito de solo mole bem menos espesso que o de Boa Viagem e tendo como solução o uso de estacas metálicas medianas.

Por último, são citados exemplos da prática de fundações, a começar por fundações superficiais. O caso de obra em questão seria de 23 pavimentos, e a explicação tange o ‘’como’’ construí-lo com fundação superficial. A resposta para isso se dá, inicialmente pela escolha do terreno, que é necessário que seja um solo firme e por isso a escolha do local foi o bairro de Casa Forte. O prédio contou com fundação de sapatas e um melhoramento com estacas de compactação. O segundo caso é do edifício do shopping Riomar, que fica à margem do Rio Capibaribe, foram apresentados o estudo geológico, a sondagem da fundação e uma prova de cargas, que permitiu reduzir o número de estacas em 10%, tempo de obra e custo final. O terceiro caso apresenta as torres gêmeas, que tiveram a necessidade de uma fundação profunda por contarem com mais de 40 pavimentos e estarem localizadas em uma área de solo mole, para essa fundação foi escolhida a solução de estacas metálicas, de perfil laminado e maior seção existente de 40 metros de comprimento. O quarto e último caso é a obra da Via Mangue, uma via expressa que liga o centro da cidade ao bairro de Boa Viagem. Essa obra evidencia uma heterogeneidade no perfil geotécnico do solo, variando uma extensão de superfície e outra de espesso solo mole. A solução adotada foi a criação de um trecho estruturado, com estacas de concreto pré-moldadas de pequena altura, próximas ao nível do mar, não precisando aterrar o mangue.

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