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A Introdução a História da Arquitetura: das Origens ao Século XXI - PEREIRA, José Ramón Alonso.

Por:   •  19/9/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.167 Palavras (5 Páginas)  •  454 Visualizações

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FICHA DE LEITURA

  1. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

PEREIRA, José Ramón Alonso. Introdução a História da Arquitetura: das Origens ao Século XXI. Porto Alegre: Bookman, 2010.

  1. ARGUMENTO CENTRAL DO TEXTO 

       O capítulo 17: Escalas e Cenografias Barrocas, aborda a relação entre Michelangelo e as diferentes escalas arquitetônicas (escala humana e escala monumental), e como isso repercute na arquitetura através do conceito de cenografia, influenciando em uma nova concepção arquitetônica, o capítulo também permite entender as técnicas utilizadas no processo de criação e repaginação das arquiteturas, buscando seguir as mudanças ideológicas que acompanha esse período.

       O capítulo 18: A cidade Barroca, apresenta as mudanças preexistentes na arquitetura e na cidade, os espaços urbanos passam a adquirir formas e personalidade, um reflexo gradual das edificações ao meio urbano.

  1. RESUMO

    A arte e arquitetura barroca se fundamentam fortemente num conceito cenográfico, caracterizado pela conjunção da escala humana e da escala monumental, da subordinação das partes ao todo. O diálogo entre essas duas escalas da arquitetura começou a se desenvolver a partir de Michelangelo Buonarrotti, e esteve presente em muitas de suas obras, não apenas pictóricas e escultóricas, mas, principalmente nas arquitetônicas e urbanas. Michelangelo protagonizou uma reorientação revolucionária da arquitetura clássica, rompendo com os paradigmas habituais. 

    A arquitetura passa então a encontrar sua justificativa em seu exterior, na sua posição em relação à configuração do espaço urbano e da diferente visão que tem a partir dele, seja de perto para a apreciação dos detalhes, ou de longe, onde o efeito da perspectiva nos leva a percebê-la como um conjunto uniforme. A peça autônoma Renascentista deixa de ser o centro da arquitetura e passa a fazer parte de um conjunto.
    O Barroco deriva do movimento, da luz e do ilusionismo cenográfico. A liberdade é a principal característica a se perceber nos elementos arquitetônicos, que discordam das normas renascentistas pelo desejo obsessivo por movimento. As fachadas tornam-se curvilíneas ou híbridas, o que transformou não apenas os elementos, como também a concepção geral do edifício, onde a abundância de planos oblíquos produz a sensação de movimento e enriquece os jogos de luz e perspectiva. Bernini e Borromini foram os responsáveis por introduzir o espirito barroco à cidade de Roma, onde a arquitetura deixa de ser representada apenas por um edifício, e ganha um caráter mais urbano, onde o objetivo é a totalidade da cidade na qual cada um dos elementos se adaptam.

     O Rifacimento passa a ser integrado na arquitetura cenográfica manifestando um desenvolvimento especial por meio da manipulação de arquiteturas preexistentes, proporcionando uma nova espacialidade. Muito aplicada na arquitetura religiosa barroca, onde as igrejas são remodeladas com intuito de ter sua linguagem formal modificada, adaptando-se ao novo gosto que impera na época.  Um exemplo dessa técnica são as igrejas de Santa Maria maior e de São João de Latrão, em Roma, que passão por transformações realizadas nos séculos XVI, XVII e XVII. Michelangelo faz uso dessa técnica na Capela Sistina do Vaticano, ao alterar a sua espacialidade com mudanças do uso da luz.

      Saindo da concepção das edificações e passando para a integração destas com o espaço urbano, pode-se notar a transferência na experiência das obras maiores às obras menores, em uma passagem gradual da arquitetura da cidade à arquitetura das edificações. O barroco passa a edificar o que antes havia sido estruturado em termo de realidade urbana e territorial europeia, as cidades passam a ter formas, a Europa renova sua edificação. O que antes se concentrava nas igrejas e palácios agora amplia seu domínio, começa assim um grande desenvolvimento na arquitetura secular, promotora tanto de novos edifícios de utilidade pública como da arquitetura residencial.

     A cenografia barroca se estende na manifestação teatral, o que antes era desenvolvido nos pórticos e interiores de igrejas, ou nas praças e campos de feira agora passa a se materializar urbanisticamente, exigindo espaços e formas arquitetônicas. Dessa forma nascem o teatro à italiana e o teatro à espanhola, o primeiro se relaciona como o desenvolvimento da ópera, em que a acústica e a ótica influenciam na sua planta, adotando uma forma oval ou de elipse longitudinal truncada. Sua plateia central é rodeada por um anel de múltiplos pisos, cujas galerias corridas são logo substituídas por palcos adicionais de caráter estável. Já o teatro à espanhola se origina a partir de locais efêmeros, onde a cenografia bastava para transformas o lugar no âmbito para apresentação.

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