A Urbanização e modernização

Urbanização e modernização – capitulo I

Cidade- agrupamentos de populações que não produzem elas próprias os seus meios de subsistência alimentar, daí ser necessário interações com aqueles produzem os bens de subsistência.

O surgimento das cidades está fortemente relacionado com uma divisão técnica, social e espacial de produção. O que implica trocas de naturezas diversas entre aqueles que produzem os bens de subsistência e os que produzem os bens manufacturados (artesãos), bens simbólicos (religiosos, artísticos), o poder e a proteção (guerreiros)

O crescimento horizontal e vertical das cidades ao longo dos tempos é, assim, foi possibilitado pelos avanços de técnicas de transporte e armazenamento de bens, informação e pessoas, ou seja, pelo sistema bip.

Atualmente, as sociedades ocidentais vivem em constante modernização, tendo como núcleo central de funcionamento amudança, o progresso e o projeto.Já as cidades antigas expressavam os preceitos religiosos e militares, próprios da altura. Num mundo de guerras constantes as cidades medievais delimitavam-se por muralhas como forma de proteção.

A palavra moderno é uma palavra muito subjetiva e ambígua. De facto, é mais correto falar-se de modernização, uma vez que modernidade não é um estado mas sim um processo de transformação da sociedade. Poderíamos mesmo dizer que aquilo que diferencia as sociedades modernas das outras sociedades é ser a mudança o seu princípio essencial. No entanto, há sociedades que conhecem evoluções, têm histórias mas não progridem, o seu princípio essencial são as referências do passado, a tradição que fundamentam as suas representações do futuro.

A modernização resulta da interação de 3 dinâmicas socio antropológicas que deram origem às sociedades modernas:

• Individualização- processo em que domínios individuas tomam lugar das logicas coletivas.
• Racionalização- consiste na utilização da experiência e dos saberes científicos para mobilizar novas técnicas Diferenciação social- responsável pela desigualdade entre grupos e indivíduos,tornando assim a sociedade mais complexa

Se a modernidade não é um estado, a modernização também não e’ um processo contínuo (contém 3 fases): 

A primeira fase da modernização inicia-se no período qualificado como tempos modernos e termina no começo da revolução industrial. Nela ocorrem a transformação do pensamento e do lugar da religião na sociedade, a emancipação políticados Estados-nações e a expansão do capitalismo mercantil. Na primeira modernidade a cidade medieval foi substituída pela ¨clássica¨, com esse movimento as ruas se alargam e diferem-se funcional e socialmente.
A segunda fase é a da revolução industrial, ela é altamente subordinada a lógica capitalista e ao pensamento técnico que visa o Estado do bem-estar. A segunda modernidade começou com arevolução agrícola que, foi responsável por um crescimento espacial e demográfico acelerado nas cidades. É nesse contexto que surge o urbanismo moderno, marcado fundamentalmente pela lógica do mundo industrial dominante. A primeira necessidade foi adaptar as cidades a às novas exigências de produção. Isso requeria grandes malhas de circulação, bem como meios de transportes mais rentáveis. As exigênciasde crescimento provocaram uma mobilização cientifica para aumentar o rendimento do processo de armazenagem de bens, informações e pessoas. Nota-se que as cidades e o urbanismo passaram por uma verdadeira revolução, quando comparadas com cidades da primeira modernidade. Os centros urbanos adaptaram-se a produção e ao consumo em massa. De maneira a enfrentar as insuficiências deixadas pela lógicaprivada e do mercado, o desenvolvimento do estado do bem-estar e de políticas públicas contribuíram igualmente na estruturação das cidades.
A Europa já conheceu duas revoluções urbanas modernas. As mudanças que se vislumbram no urbanismo atual, apontam para uma terceira revolução.