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ARQUITECTURA DO MODERNO Oscar Niemeyer

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Por:   •  22/3/2014  •  Tese  •  1.737 Palavras (7 Páginas)  •  529 Visualizações

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A ARQUITETURA MODERNA DE OSCAR NIEMEYER

Camila Nicoli de Abreu (*);

Dayverson Marily (*);

José Ronaldo Ramos (*);

Morgana Moreschi (*);

(*) Alunos do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Espírito Santo – Ufes, Vitória, ES.

Resumo

Objetivo: Analisar a arquitetura de Oscar Niemeyer e sua evolução é o principal objetivo deste artigo. Aliado a este, apresentar a biografia do arquiteto e as singularidades de seu trabalho, bem como analisar brevemente as seguintes obras: Brasília, Conjunto Arquitetônico da Pampulha e Museu Oscar Niemeyer. Justificativa: Estudar a obra de Niemeyer e entender sua concepção e sua evolução ao longo dos mais de 70 anos de trabalho é importante por se tratar de projetos que revelam formas inovadoras no conceito estrutural e arquitetônico. Método: A análise do trabalho de Niemeyer começa pelo resumo de sua biografia, ressaltando momentos que marcaram a vida e obra deste arquiteto, os prêmios conquistados, e os aspectos que o tornaram tão importante arquiteto. Após isso, serão discutidas as peculiaridades gerais dos projetos de Niemeyer e, especificamente, sobre as obras de Brasília, Pampulha e Museu Oscar Niemeyer. Resultados: O trabalho de Niemeyer apresenta um estilo próprio que une personalidade e ousadia; sua vida é repleta de projetos que entraram para história da arquitetura. Suas obras deixaram marcas e hoje são influência e inspiração para todos os arquitetos.

1.BIOGRAFIA

Autor de obras nas casas dos três dígitos, e filho de Oscar de Niemeyer Soares e Delfina Ribeiro de Almeida, Oscar Niemeyer Soares Filho nasceu no bairro de Laranjeiras, no Rio de Janeiro, em 1907. Aos 21 anos, se casa com Annita Baldo, filha de imigrantes italianos da província de Pádua e conclui o ensino secundário. Após o casamento, diante da responsabilidade que havia assumido, começa a trabalhar e resolve retomar os estudos. Começou, então, a trabalhar na oficina tipográfica do pai e ingressou na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, onde forma-se, em 1934, como Engenheiro Arquiteto.

Nesse período, freqüenta o escritório de Lucio Costa. Em 1936, integra a comissão formada para definir os planos da sede do Ministério da Educação e Saúde, no Rio de Janeiro, sob supervisão de Le Corbusier, a quem assiste, como desenhista, durante sua estada de três semanas na cidade. A influência corbusiana é notável nas primeiras obras de Niemeyer. Porém, pouco a pouco o arquiteto adquire sua marca: a leveza das formas curvas cria os espaços que transformam o programa arquitetural em ambientes inusitados; portanto, harmonia, graça e elegância são os adjetivos mais apropriados para o trabalho de Oscar Niemeyer. Ele foi pioneiro na exploração das possibilidades construtivas e plásticas do concreto armado.

Entre 1940 e 1944, projeta, por encomenda do então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, o conjunto arquitetônico da Pampulha, que se configura um marco de sua obra.

A luta política é uma das questões que sempre marcaram a vida e obra do arquiteto. Em 1945 ingressou no Partido Comunista Brasileiro, do qual viria a desligar-se em 1990, junto com Luiz Carlos Prestes de quem tornou-se amigo e colaborado de sua manutenção, já que Luiz Carlos Prestes não dispunha de renda própria na velhice.

Em 1947, é convidado pela ONU a participar da comissão de arquitetos encarregada de definir os planos de sua futura sede em Nova York. Seu projeto, associado ao de Le Corbusier, é escolhido como base do plano definitivo.

Viajou pela primeira vez à Europa em 1954, quando participou do projeto para reconstrução de Berlim. No ano seguinte, fundou a revista "Módulo", no Rio de Janeiro, e assumiu a chefia do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da NOVACAP, empresa encarregada da construção de Brasília. Em 1956 foi encarregado de organizar o concurso para a escolha do Plano-piloto de Brasília, participando também da comissão julgadora.

Em 1962 foi nomeado coordenador da Escola de Arquitetura da recém criada Universidade de Brasília – UnB. Em 1964, foi surpreendido em Israel pela notícia do golpe militar de 31 de março no Brasil. Ao retornar ao país, em novembro, foi chamado a depor no famigerado DOPS - Departamento de Ordem Política e Social, um dos principais órgãos de repressão política da ditadura militar. Em 1965 retirou-se da Universidade de Brasília com mais 200 professores, em protesto contra a política universitária. Dois anos depois, impedido de trabalhar no Brasil decide instalar-se em Paris, onde projetou a sede do Partido Comunista Francês, em 1967, além de projetos na Itália (sede da Editora Mondadori) e na Argélia (Universidade de Constantine, Mesquita de Argel), ambos em 1968.

No início da década de 1980, com o abrandamento ou distensão política da ditadura militar, a chamada "abertura lenta, segura e gradual", Oscar Niemeyer voltou ao Brasil. Em 1980 mesmo, projetou o Memorial Juscelino Kubitschek em Brasília. Quatro anos depois, sob o governo de Leonel Brizola, no Rio de Janeiro, projetou o Sambódromo. Em 1987, o Memorial da América Latina em São Paulo.

Ainda em 1991, com 84 anos, projetou o Museu de Arte Contemporânea de Niterói e ao longo dos dez anos finais do século 20 criou várias outras obras importantes. Não interrompeu seu trabalho nos primeiros oito anos do século 21, desenvolvendo projetos no Brasil, em Oslo (Noruega), em Moscou e em Londres. Mantém-se produtivo e lúcido.

Em 2007 presenteou Fidel Castro com uma escultura de caráter antiamericano: uma figura monstruosa ameaçando um homem que se defende empunhando uma bandeira de Cuba. Em seu discurso de 2007, onde Fidel fala em aposentadoria, faz referência ao amigo Niemeyer: "Penso como (o arquiteto brasileiro Oscar) Niemeyer, que se deve ser conseqüente até o final". Esta frase foi repetida em sua carta de renúncia de 18 de fevereiro de 2008.

Em 2007, foi lançado o documentário sobre vida e obra de Oscar Niemeyer, A vida é um sopro, com direção e roteiro de Fabiano Maciel. Em 2009, já com 101 anos, Niemeyer passou por complicações de saúde, e passou por cirurgias na região abdominal.

Niemeyer tem somente uma filha, Anna Maria Niemeyer, que lhe deu cinco netos, treze bisnetos e quatro trinetos. Viúvo desde 2004, Niemeyer em novembro de 2006, casou-se com sua secretária, Vera Lúcia Cabreira,

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