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ARQUITETURA INCLUSIVA

Por:   •  16/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.640 Palavras (15 Páginas)  •  396 Visualizações

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 ARQUITETURA INCLUSIVA PARA CADEIRANTES

 

 

Faculdade Leonardo da Vinci – FAVINCI

Arquitetura e Urbanismo (ARQ13) – Metodologia Cientifica

31/05/2016

 

RESUMO

A acessibilidade é um tema muito recorrente nos dias de hoje, por isso áreas como a arquitetura tem uma grande preocupação com ele, e por isso mesmo deve se adequar a essa realidade. Esse artigo demonstra qual o papel na arquitetura na hora de ajudar o cadeirante se locomover independentemente.

Palavras-chave: Acessibilidade; Arquitetura; Cadeirante.

1 INTRODUÇÃO

Vindo de uma proposta acadêmica, o trabalho de Metodologia Cientifica tem como tema a “Arquitetura Inclusiva para Cadeirantes” e visa mostrar como a arquitetura pode ajudar hoje em dia no deslocamento de um “cadeirante” em sua cidade. O método utilizado foi a pesquisa bibliográfica além de uma entrevistas com pessoas do local escolhido que foi a Prefeitura de Apiúna em geral sobre o tema.

O artigo está dividido em duas partes: a primeira parte conta resumidamente a história da arquitetura, seu surgimento etc.; a segunda parte fala da arquitetura nos dias de hoje e eu sua preocupação com os deficientes físicos e qual o seu papel na sociedade hoje em dia.

2 O SURGIMENTO DA PROFISSÃO ARQUITETO

O surgimento da arquitetura não tem uma data definida, mas o que se percebe é que a arquitetura é de fato muito importante na vida do ser humano. Podemos dizer que sem a arquitetura a sociedade de hoje em dia não existiria. Talvez a própria evolução humana não teria acontecido se a arquitetura não fizesse parte da vida humana.

Arquitetura evoluiu com o homem e vice e versa.

A história da arquitetura está diretamente relacionada à evolução humana. A arquitetura passou a existir quando o homem começou a construir para se proteger de predadores e dos fenômenos naturais. Novas demandas sociais (como o crescimento das civilizações, a necessidade de interligação entre cidades, o abastecimento de água, a consolidação de crenças religiosas) ou mesmo a simples busca por formas agradáveis aos olhos forçaram a humanidade a buscar novos materiais, novas ferramentas e técnicas de construção. É assim que a arquitetura continua evoluindo até hoje.

Dos tijolos de barro seco ao concreto armado, das casas mais primitivas aos arranha-céus, das primeiras tumbas sagradas às grandiosas catedrais européias, de pequenos vilarejos pré-históricos às ilhas artificiais, o arquiteto continua contando a história do Planeta Terra, em linhas, texturas e cores.  (SOUZA et. al., 2007)

Para sermos o que somo hoje, tivemos que deixar de ser nômades[1] e criar vínculo com algum lugar para chamar de seu. O sedentarismo e a descoberta do cultivo da terra foram cruciais nessa história. “A arquitetura teve início quando a humanidade passou a praticar regularmente a agricultura. Era necessário que as pessoas vivessem em lugares estabelecidos e cuidassem da terra em vez de caçar e coletar como nômades [...].”. (GLANCEY, 2007, p. 14)

As pessoas tinham que ter onde dormir, depositar comida e manter seus pertences. Com não precisariam mudar de lugar freqüentemente, nossos ancestrais sentiram a necessidade de ter um abrigo mais complexo que um buraco em alguma montanha. Assim, “o nascimento da arquitetura foi [...] contemporâneo ao nascimento da cidade e da alimentação da cidade pelas terras agrícolas que a serviam, assim como ela, por sua vez, as servia.”. (GLANCEY, 2007, p. 14)

Mas podemos dizer que a arquitetura apenas começou a se destacar como arte, como algo importante no Egito Antigo onde, até hoje, vemos a grandiosidade de um povo que, mesmo nenhuma ferramenta complexa, foi capaz de eternizar sua arte. “A arquitetura do Egito antigo é verdadeiramente algo à parte. Misteriosa, coerente e com seus próprios princípios, ela se desenvolveu ao longo de um extenso período – cerca de 3.000 anos – durante a maior parte do qual o Egito esteve livre de invasores, foi rico e bem-organizado.”. (GLANCEY, 2007, p. 18)

Se falarmos em Egito Antigo é impossível não falar das pirâmides, marca registrada de um povo que viva sua fé como nenhum outro, que levavam suas crenças a sério e viviam para “agradar” seus deuses. “A pirâmide representava o ápice[2] de uma cultura religiosa obcecada com a morte e a vida após a morte durante 3.000 anos.”. (GLANCEY, 2007, p. 18). Para se ter uma idéia do poder que a fé tinha em relação às pessoas, as pirâmides representavam muito mais que uma arte, elas também representavam a falta de coerência entre realidade e fé. Enquanto os mortos passavam a eternidade no luxo entre jóias, ouros, tapeçarias, e até comida, os vivos pereciam na pobreza.

As pirâmides destinavam-se a abrigar os corpos mumificados dos faraós e seus tesouros. [...] as pessoas comuns vivam em povoados efêmeros espalhados na margem do rio, com casas caiadas, feitas de tijolos [...]. Em contraste, os mortos iniciavam a longa estrada para a vida eterna em alguns dos maiores e mais impressionante monumentos já construídos, situados em cidades bem ordenadas. (GLANCEY, 2007, p. 18)

2.1 PRIMEIROS CURSOS DE ARQUITETURA E URBANISMO NO BRASIL

O primeiro curso de Arquitetura e Urbanismo que se tem notícia foi criado na Universidade de Minas Gerais, uma das primeiras do país. A ideia proveu de um grupo de profissionais na área que viu a necessidade ter um conhecimento comum da mesma passada para todos aqueles que queriam fazer carreira na arquitetura.

Belo Horizonte contava até então com três cursos de nível superior – medicina, direito e engenharia. Estes cursos foram reunidos em 1927, naquela que foi uma das primeiras universidades do país: a Universidade de Minas Gerais. Diante da carência de outros cursos, um grupo liderado por Luiz Signorelli, um dos arquitetos mais atuantes no cenário belo-horizontino da época, se reuniu com o objetivo de “organizar uma escola de formação de técnicos da arquitetura e profissionais das artes auxiliares, como decoradores, escultores e pintores”.

Assim, em 05 de agosto de 1930, foi fundada a Escola de Arquitetura de Belo Horizonte, sendo a primeira escola da América do Sul desvinculada das Escolas Politécnicas e de Belas Artes. (OLIVEIRA E PERPÉTUO, 2005)

Como esse curso era inédito no país, foi preciso ajuda de diferentes profissionais para lecionar as matérias. Então era engenheiros, artistas e até advogados lecionando para o curso conquistar seu objetivo: criar arquitetos de valor.

A Escola de Arquitetura foi formada por profissionais de diferentes áreas – arquitetos, engenheiros, artistas, advogados e médicos – cada qual contribuindo com seu conhecimento específico para a formação do arquiteto generalista.

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