Complicações Vasculares E Cardiológicas Relacionadas À Disbiose
Por: 1254A • 8/2/2024 • Monografia • 410 Palavras (2 Páginas) • 59 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO DESPORTO - CCSD
FISIOLOGIA MÉDICA II
GRADUAÇÃO EM MEDICINA
VITÓRIA MARQUES GUMIERO
COMPLICAÇÕES VASCULARES E CARDIOLÓGICAS RELACIONADAS À DISBIOSE (Relacao entre doenças cardiovasculares e a microbiota)
Rio Branco - AC
A microbiota intestinal presente no ser humano é composta por uma variedade de microrganismos, principalmente bactérias. A composição dessa microbiota desempenha um papel crucial na saúde geral, influenciando diversas funções imunológicas no trato gastrointestinal. O equilíbrio dessa microbiota está intimamente ligado ao equilíbrio da saúde humana.
Estudos indicam que o desequilíbrio na microbiota intestinal pode estar associado ao desenvolvimento de várias doenças, incluindo aquelas relacionadas ao sistema circulatório, através da rota da colina. A colina, um nutriente essencial obtido principalmente de carne vermelha e ovos, é fermentada em trimetilamina (TMA) pela microbiota intestinal. Posteriormente, é metabolizada no fígado em N-óxido de trimetilamina (TMAO) pela flavina mono-oxigenase (FMO). O TMAO desempenha um papel crucial na regulação do equilíbrio osmótico intracelular, além de estar envolvido na regulação do metabolismo do colesterol, resistência à insulina, agregação plaquetária e processos inflamatórios.
O aumento das bactérias produtoras de TMA no intestino pode resultar em níveis elevados de TMAO, contribuindo para o transporte reverso de células espumosas e colesterol. Esse fenômeno pode desencadear lesões ateroscleróticas e, por conseguinte, doenças cardiovasculares.
Os mecanismos pelos quais o TMAO pode promover o desenvolvimento de doenças cardiovasculares foram estudados em nível molecular e incluem:
Ativação da expressão dos receptores SR-A1 e CD36 em macrófagos, que captam as LDL oxidadas, contribuindo para a formação de placa aterosclerótica.
Ativação do inflamassoma NLRP3, um complexo proteico oligomérico responsável por desencadear respostas inflamatórias, associado a distúrbios inflamatórios como a aterosclerose.
Aumento da expressão de citocinas pró-inflamatórias e diminuição da expressão de citocinas anti-inflamatórias.
Inibição da síntese de ácidos biliares e, consequentemente, do transporte reverso de colesterol, contribuindo para o desenvolvimento de aterosclerose e aumentando o risco de trombose.
Ativação da Proteína Quinase Ativada por Mitógeno (MAPK) da célula endotelial e ativação do Fator Nuclear-κB (NF-κB), resultando na expressão de genes inflamatórios e adesão de leucócitos às células endoteliais aórticas e células musculares lisas.
Aumento da liberação de cálcio das plaquetas, levando à agregação plaquetária e aumentando o risco de trombose.
REFERÊNCIAS
ALVARENGA, Lhuanna Fagundes. Fatores de risco para o desenvolvimento do desequilíbrio da microbiota intestinal em pacientes de unidade de terapia intensiva. 2016. Tese de Doutorado. Dissertação (Mestrado em nutrição)-Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo, Vitória, Espírito Santo.
COSTA, Bárbara Alves. Relatórios de Estágio e Monografia intitulada" Papel da
Microbiota Intestinal no Desenvolvimento das Doenças Cardiovasculares". 2021. Tese de Doutorado. Universidade de Coimbra.
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