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Por: Renan Godoy • 20/11/2015 • Projeto de pesquisa • 1.610 Palavras (7 Páginas) • 217 Visualizações
Roubo de senhas e invasão de contas bancarias
Os hackers se empenham para conseguir invadir sistemas de grande segurança. Mas não são os grandes hackers que realizam as fraudes virtuais que, na maioria das vezes, usam recursos não muito sofisticados.
"Os criminosos virtuais buscam o caminho mais fácil", afirma o gerente de tecnologia da Módulo Security, Alexandre Vargas. "Eles se aproveitam de descuidos de usuários, em vez de tentar quebrar o sistema do banco, que é muito seguro." De acordo com o especialista, é freqüente que os criminosos consigam as senhas e números de cartão de crédito de formas convencionais, longe dos computadores, para depois fazer desvios de dinheiro pela internet.
A quadrilha descoberta pela Polícia Federal do Pará neste mês agia desviando dinheiro de contas bancárias e decifrava senhas fracas a partir de informações pessoais. O bando também obtinha as senhas controlando remotamente os computadores de pessoas que instalaram softwares maliciosos enviados por e-mail. O próprio chefe da quadrilha afirmou: "não é preciso ser um gênio para desviar dinheiro de contas bancárias."
O estudante de 18 anos Guilherme Amorim de Oliveira Alves se aproveitou da falta de segurança de alguns provedores para desviar dinheiro de contas bancárias. Ele fazia alterações nos servidores de DNS e direcionava o internauta para uma página falsa do banco. O usuário não conseguia acessar a página e a senha digitada era enviada para Alves, explica o perito do Instituto de Criminalística do Mato Grosso do Sul, Maurílio Rodrigues Ferreira, que fez a perícia no notebook do jovem, que foi pego em flagrante neste mês. "Ele não invadiu o site do banco", explica.
Enquanto os ladrões virtuais no Brasil estão soltos, nos Estados Unidos a lei ficará mais firme contra os crimes na internet. A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou um projeto de lei na semana passada que tornará as sentenças mais pesadas para os piratas digitais. Na lei atual, a punição se baseia no dano econômico causado. Com a mudança, as intenções do ataque serão consideradas. Assim, se o hacker colocar vidas em risco poderá pegar prisão perpétua.
Vulnerabilidades - Depoimentos de hackers ouvidos pela revista americana Computerworld mostram que alguns cuidados evitariam muitas fraudes virtuais. "Percebemos que 90% dos ataques ocorrem porque a configuração nos servidores é muito malfeita e os softwares não são devidamente atualizados ", explica EPiC, líder do grupo conhecido como Hack3r.com.
Hackah Jak, membro do grupo que desfigura sites Hackweiser, concorda com EPiC: "Em alguns minutos posso buscar sistemas com vulnerabilidades antigas, descobertas há mais de dois anos."
Além de procurar um provedor com boa segurança e sempre atualizar o sistema operacional e softwares, os especialistas recomendam cuidado na hora de realizar compras na internet. "Há empresas que não armazenam as informações de clientes devidamente", afirma o diretor de serviços da Internet Security System (ISS).
Para verificar se a conexão com o site é segura para uma transação, o usuário deve observar se a URL conta com o "https" ou um ícone de cadeado no pé da página.
Os dados de clientes de lojas virtuais devem ser criptografados para que não sejam roubados, precaução tomada por sites como Submarino, Pão de Açúcar e Extra.
Mesmo os usuários domésticos devem ter firewall e detector de intrusos no computador, além do anti-vírus, recomendam os especialistas. "Quem tem acesso a banda larga está mais exposto", alerta Vargas.
Senhas - Atualmente, as instituições financeiras atuam com contra-senhas para evitar fraudes com os cartões, como é o caso do Unibanco, Itaú e Banco Real/ABN AMRO Bank.
"Até hoje, nunca registramos um caso de invasão no internet banking.
Tivemos, sim, muitos casos de roubo de senhas e um posterior saque", afirma o diretor executivo de informática do Unibanco, José Fernando Trita.
As contra-senhas ou segunda senha geralmente são uma mistura de números e letras. Depois que o correntista digita a senha convencional, a contra-senha é pedida tanto em operações pelo internet banking, caixa eletrônico ou telefone.
Saques indevidos estão associados quase em sua totalidade aos roubos. Em abril, uma das agências do banco Itaú teve transações indevidas nas contas correntes dos clientes. Mais de 30 pessoas registraram boletins de ocorrência naquele final de semana.
O banco arcou com os prejuízos dos correntistas, mas Aldous Galletti, diretor de relações institucionais do Itaú, garantiu que não houve invasão do sistema por hackers e ninguém ganhou ou perdeu com as operações indevidas. "Isso ocorre porque os bandidos conseguem de alguma forma os dados dos correntistas e aplicam o golpe."
Descuido de correntista permite ação de invasor
Bandidos virtuais enganam os clientes em vez de quebrar a criptografia do banco, que é mais difícil
Fraudes virtuais não costumam ser praticadas por hackers geniais, que quebram a criptografia do sistema bancário. Os criminosos buscam formas muito mais simples de roubar dinheiro pela internet, enganando os correntistas dos bancos.
A quadrilha que foi descoberta pela Polícia Federal do Pará neste mês desviando dinheiro de correntistas agia decifrando senhas fracas, a partir de dados pessoais dos clientes do banco. Outro recurso usado pelos criminosos foi enviar por e-mail "Cavalos de Tróia", softwares que aparentemente são inocentes, mas permitem ao hacker ter acesso a computadores alheios.
O chefe do bando, Ataíde Evangelista, é chamado no sul do Pará de "gênio da informática". Porém, ele mesmo afirmou à polícia: "não é preciso ser gênio para desviar dinheiro de contas bancárias."
A Polícia Federal do Pará estima que R$ 100 milhões tenham sido desviados pela quadrilha, que atua há mais de dois anos. Cinco dos 16 integrantes do grupo haviam sido presos, mas todos estão agora em liberdade. A Polícia Federal de Goiás suspeita que eles continuam em atividade no Estado atualmente.
Site falso - Outro caso recente de fraude virtual foi protagonizado pelo estudante de 18 anos Guilherme Amorim de Oliveira Alves. Ele foi preso em flagrante no dia 19 de junho, quando usava um notebook para desviar dinheiro, num hotel de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O estudante foi solto dia 3, por habeas-corpus.
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