Historia da Arquitetura no Brasil
Por: Juliane Barbosa • 3/9/2018 • Projeto de pesquisa • 901 Palavras (4 Páginas) • 234 Visualizações
UNIP Fichamento 3 (entregue: 28/08/2018)
Aluna: Juliane Barbosa Ferreira | RA: C6889D-0
Texto: Ruptura e Construção: Gregori Warchavchik, 1917-1927.
Disciplina: AU8Q17 – Historia da Arquitetura no Brasil | Docente: Prof. Gustavo
- Gregori Warchavchik foi um arquiteto pouco conhecido na arquitetura moderna Brasileira. Mas foi bem significativo com suas obras arquitetônicas na vanguarda brasileira.
- Suas primeiras obras dramatizavam o processo por meio das particularidades de gênero.
na condição de arte útil, a mais social das artes, própria ao consumo de massa, haja vista sua inscrição na cidade, produzida coletivamente e desse modo inseparável das divisões do trabalho, a arquitetura, talvez pela relação inelutável com a industrialização, parecia religar modernismo e modernização enquanto sacrificava os ideais de representatividade à realidade técnica e social. (página 146)
- A obra de Warchavchik, desde a época de Lucio Costa, foi tratada como uma obra sem importância para a compreensão da nova arquitetura brasileira. Mário de Andrade já havia evidenciado a sua participação na modernização da nossa arquitetura, e alertava que o arquiteto não era notado por conta do seu isolamento.
Se isso não diminuía o peso de sua figura, mas o dignificava como elo entre a arquitetura moderna – “socialmente falando, a mais adiantada das manifestações eruditas de arte”- e as virtudes fundamentais de toda produção coletiva, anônima, universal, aliás também presentes na arte popular, essa abstenção da autoria punha em suspeição o valor do pioneirismo. (página 146)
- O papel de Warchavchik se tornou nítido na década de 1940, quando a arquitetura brasileira era destacada internacionalmente.
Entre reparos e censuras de uma lado a outro, inaugurava-se ali a distinção historiográfica fundamental entre o papel dos modernistas de São Paulo e a formação da arquitetura moderna brasileira a partir do Rio. Nessa disputa, Warchavchik surgiria irremediavelmente ligado às vanguardas internacionais e ao universo refinado dos salões. (página 146)
- Warchavchik passou a infância e a juventude na cidade de Odessa, depois viajou para a Itália. Estudou por um período na Escola Politécnica e estudou o curso de arquitetura na Universidade de Odessa. Ele emigrou sozinho ao Ocidente com 22 anos de idade.
Vivíamos vida burguesa, em família de nível superior, não de classe média, mas não de aristocracia. Eu criei minha própria vida, completamente separado e isolado. A palavra solitário é certa. Eu vivi, eu criei minha própria vida, e isto me deu vantagem de emigrar para a Europa e recomeçar outra vida, porque eu fui isolado completamente, nunca conversava sobre projetos com meus pais, eu sempre criava projetos dentro da minha cabeça. (página 149)
- Ele aproveitou a ocasião de que a Ucrânia estava “ocupada” e deixou a cidade. Seguindo sozinho para Roma, onde estudou no Instituto Superior de Belas-Artes.
Eu, que estudei no Real Instituto de Belas – Artes de Roma, fiz um curso bem à moda antiga e bem diferente do que se faz hoje em dia na mesma escola. Apesar desse ensino clássico, saiu de lá um grupo de vanguardistas que tiveram que lutar e aperfeiçoar-se autodidaticamente para conseguir o que hoje já se pode ensinar nas escolas. Isso, aliás, é um fenômeno natural. (página 149)
- Warchavchik chega a Roma e pega o momento de transição do curso de arquitetura das Belas-Artes para o da Scuola de Applicazione.
Ainda que condensada, sua formação deve ter se estruturado com alinearidade pretendida pela reforma, articulando em paralelo ciclos de estudos históricos, matérias científicas e técnicas e preparação artística, como contribuições progressivas ao curso principal de Composição Arquitetônica. (página 150)
- Warchavchik recebeu o diploma de “professore di disegno architettonico” e foi licenciado pelo Curso Especial de Arquitetura. Depois começou a trabalhar em diversos escritórios de arquitetura, alguns deles renomados, onde conseguiu cartas de recomendações profissionais.
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