Le Corbusier

Le Corbusier

O arquiteto da Utopia Teoria e História da Arquitetura I Profa. Rosana Parisi e Profa. Larissa Pereira. 1s 2014

Uma grande época começou. Há um espírito novo.

• Le Corbusier na Suiça
• Nasceu em outubro de 1887 em La Chaux de Fonds. Seu verdadeiro nome era Charles Edouard Jeanneret.
• Em 1902 foi estudar na escola de Artes e Ofícios de sua cidade para que pudesse se tornar um  designer de relógios.
• Em 1906 construiu a Villa Fallet com a participação do arquiteto René Chapallaz.

• Primeiras Obras. Villa Jeanneret- Perret

Aprendizado com o mestre L’Eplattenier

• Recebeu a inspiração da intensa busca dos elementos essenciais, das constantes subjacentes a forma e a síntese do moderno com a simplificação da forma.
• Na viagem ao Oriente se deparou com monumentos antigos

• Villa Schwob. 1916
• Maison Dom-Ino
• Plano Voisin 1923

Ville Contemporaine - Cidade Contemporânea . 1923

• Mostra a planta geral da “Cidade Contemporânea”, ou “Cidade para três milhões de  habitantes”. Nela é possível ver algumas de suas idéias sobre como deveria ser a  cidade moderna: separação entre usos, altas densidades, grandes áreas livres,  unidades de vizinhança, separação de circulação de veículos e pedestres, etc.

Visão modernista das áreas habitacionais

• Mostra a separação entre pedestres e veículos e a localização dos edifícios residenciais em grandes áreas verdes públicas.

Plan Voisin - Perspectiva da visão de Le Corbusier para Paris.

Plano da Cidade Contemporânea

• Princípios Fundamentais:

1. Descongestionamento do centro das cidades;
2. Aumento da densidade;
3. Aumento dos meios de circulação;
4. Aumento das superfícies arborizadas.

Ville Contemporaine  - “A cidade que dispõe da velocidade, dispõe do sucesso.”

• Cidade de 3 milhões de habitantes

Le Corbusier, Ozenfant e o Purismo

• Em 1917, Le Corbusier muda-se para Paris e vem a conhecer Amédée Ozenfant.
• Pintor renomado, Ozenfant já havia escrito vários artigos criticando as tendências decorativas do Cubismo.
•  Ozenfant compartilhava das opiniões de Jeanneret ( Le Corbu) sobre arte e os dois fundaram a teoria artística conhecida como PURISMO.
• Em 1918, Le Corbusier produziu sua primeira pintura, “La chaminée”. Composição simples: um cubo sobre uma mesa ao lado de livros e uma pilha de papéis.
• Juntamente com Ozenfant, Le Corbusier pintou as obras puras do novo pensamento.
• A pintura Purista de Ozenfant e Le Corbusier defendia o uso de cores primárias como um meio de comunicação estética universal. Le Corbusier
• O Purismo tinha uma tendência à harmonia, à ordem e ao equilíbrio em todas as coisas.
• No Purismo, era papel da arte ser inteligível, transmitir significado e demonstrar a ordem manifesta na natureza de forma SIMPLES.
• Em 1920 Le Corbusier e Ozenfant fundaram a revista L’Esprit Nouveau que se devotava ao tema da ‘’estética viva’’ (“living aesthetics”);
• Esta revista se tornou um fórum de discussão sobre o purismo, que ia além da arte, incluindo a psicologia, sociologia e ciências.
• Os contrastes e a pureza de planos e sólidos, as combinações rítmicas e o controle geométrico por meio de traçados reguladores iriam se estender à arquitetura de Le Corbusier dos anos 20.

Os CIAM de 1928 – LE CORBUSIER E OS CIAM

• Os CIAM passaram por 3 estágios de desenvolvimento:
• 1º Estágio – 1928 a 1933

1928 – CIAM I (Fundação do CIAM)

A Declaração do CIAM foi assinada por 24 arquitetos de diferentes países.  Enfatizaram a construção não como arquitetura, mas como “atividade elementar do homem, intimamente ligada à evolução e ao desenvolvimento da vida humana.

1929 – CIAM II (Unidade Mínima de Habitação) Frankfurt – Alemanha

Os Congressos estavam voltados para os problemas de padrões mínimos de vida. Aberto pelo arquiteto Ernest May, estabeleceram um grupo chamado CIPARC (Comité Internacional pour la Resólution du Probleme de 1’Architecture Contemporaine) , cuja tarefa básica era a preparação dos temas a serem discutidos nos congressos seguintes.

1930 – CIAM III (Desenvolvimento ideal do lote) Bruxelas – Bélgica Para questões de altura ideal e espaço entre blocos, tendo uso mais eficiente tanto da terra quanto dos materiais.

• 2º Estágio– 1933 a 1947

*1933 - CIAM IV (Publicação da Carta de Atenas, a cidade funcional). Foi realizado a bordo de um petroleiro atracado em Atenas – Grécia

Foi o Congresso mais abrangente do ponto de vista urbanístico, em que ocorreu uma analise comparativa de trinta e quatro cidades européias. A partir das discussões, surgiu a Carta de Atenas, que só foi publicada 10 anos depois. Este Congresso foi “dominado” pelo pensamento de Le Corbusier, que  enfatizou o planejamento urbano. A Carta de Atenas influenciou na reconstrução das cidades européias após a Segunda Guerra Mundial e também influenciou o Plano Piloto de Brasília, que foi elaborado por Lúcio Costa.

Constavam da Carta de Atenas os 5 Pressupostos da Arquitetura Moderna :

1) Habitar; 2) Trabalhar; 3) Locomover; 4) Recrear ou divertir; 5) Proteger o Patrimônio.

*1937 – CIAM  V (Moradia e Recreação) Paris – França

No pré-guerra, o Congresso foi dedicado ao tema da moradia e do lazer.

• 3ª Estágio – 1947 a 1956

*1947 – CIAM VI (Reafirmação dos objetivos dos CIAM, e Nova Monumentalidade) Bridgewater – Inglaterra

Neste Congresso, os membros do CIAM, afirmaram “o objetivo do CIAM consiste em trabalhar para a criação de um ambiente físico capaz de satisfazer as necessidades emocionais e materiais do homem”.

* 1949 – CIAM VII (Sobre Cultura Arquitetônica) Bérgamo – Itália

*1951 – CIAM VIII (O coração da cidade) Hoddesdon – Inglaterra O Congresso voltou-se para um tema já abordado: “As pessoas querem que os edifícios que representam sua vida social e comunitária possam dar-lhes uma satisfação funcional maior. Querem satisfazer sua aspiração à monumentalidade, à alegria, ao orgulho e comoção”.

*1953 – CIAM IX (A Carta de habitação) Aix-en-Provence – França Houve um rompimento quando Alison e Peter Smithson e Aldo van Eyck, desafiaram quatro categorias da Carta de Atenas: Moradia, Trabalho, Lazer e Transporte. Rejeitaram não só o sentimentalismo da velha guarda, como também o racionalismo da “cidade funcional”.

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