Neourbanismo

Os Novos Princípios do Urbanismo

        À primeira leitura, o texto de Ascher parece bastante ingênuo e utópico ao creditar ao novo urbanismo a solução de todos os problemas que surgem com a sociedade moderna – como a evolução tecnológica, a individualização da vida, a velocidade dos acontecimentos, etc. Para o autor, é muito claro o procedimento de produzir cidade nesse novo contexto, mostrando então no texto, indicações de como criar um cenário adaptado à nova realidade.

        Ele ilustra o urbanismo moderno como algo essencialmente feito de regras intransponíveis, que não se sujeitam à discussão mais apurada da realidade. Para ele, esse modo de agir se adequava, de certa forma, às necessidade do passado. Novamente, vejo nessa colocação do autor uma certa espontaneidade em afirmar que a cidade do passado fosse um lugar em que uma resposta igualitária a todos os problemas que surgissem seria suficiente para solucioná-los.

        Seguindo, Ascher então propõe essa nova forma de pensar o urbano, associando a ela somente a cidade presente. Essa forma irá se pautar basicamente na discussão caso a caso das dificuldades, pois finalmente, a cidade é um lugar diferenciado que necessita que as coisas funcionem individualmente e adaptada.

        No entanto, revendo o livro, percebe-se que o neourbanismo não se trata somente de uma visão ingênua e utópica do autor, ao exibir que o novo contexto urbano é incerto. Surge então a inevitabilidade de elaboração mais detalhada para o futuro, a fim de que minimizar as oscilações que a sociedade moderna institui.