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O Ecletismo Na Arquitetura

Por:   •  4/12/2021  •  Trabalho acadêmico  •  686 Palavras (3 Páginas)  •  243 Visualizações

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Ecletismo

O ecletismo foi introduzido na história da arte no século XVIII pelo teórico alemão Johann Joachim Winckelmann que queria designar um sincretismo consciente identificado na produção de artistas como Carracci e seus seguidores, na Itália no fim do século XVI. Com a base das ideias de Winckelmann o termo passou a ser utilizado em sentido pejorativo como sinônimo de falta de personalidade e originalidade. Somente no século XX o conceito de ecletismo perdeu a conotação negativa e então começa a ser utilizado para fases ou fenômenos sincréticos em culturas de diferentes regiões.

Na arquitetura o ecletismo teve início no século XIX, em 1840, na França, como forma de reagir a hegemonia do estilo greco-romano dos arquitetos. O principal teórico do ecletismo arquitetônico é o francês Cesar Denis Daly, ele entendia o ecletismo como o uso livre do passado. Na segunda metade do século XIX o ecletismo teve sua presença forte na Europa. Na França é caracterizado pela realização de importantes edifícios ecléticos como o Teatro Ópera de Paris, projetado por Charles Garnier.

Já no Brasil, o estilo teve seu início no final do século XIX, indo até o começo do século XX. Ele chegou no Brasil, por conta da influência cultural das políticas europeias. Denotava-se em uma mistura de estilos arquitetônicos, como a arquitetura clássica, gótica, barroca e neoclássica. Sua metodologia consiste na concepção da arquitetura como linguagem dotada de valores simbólicos e emotivos que deveria ser transmitido a todas as camadas da sociedade.

Sua essência está na liberdade de escolher e conciliar vários estilos diferentes. Uma das questões do ecletismo estava na representação e teatralização da vida. No século XIX a ideia de arquitetura era que ela devesse ser representativa, que deveria evidenciar através da forma exterior e da estrutura o status de seu morador, sendo ele do Estado ou uma pessoa particular. Nem sempre as obras ecléticas eram realizadas por arquitetos, algumas das vezes eram feitas por autodidatas que tinham a mesma ideia de arquitetura. Era dessas e outras razões que demonstrava a multiplicidade de modelos e referencias que eram utilizadas no ecletismo.  

No Brasil, o ecletismo é muito dominante na arquitetura e reurbanização das grandes cidades como o Rio de Janeiro, que foi realizado pelo engenheiro Francisco Pereira Passos, o qual era prefeito da capital de 1902 a 1906. Passos derrubou algumas construções antigas do período colonial e deram lugar a grandes exemplares da arquitetura eclética no Brasil, como a Escola e Museu Nacional de Belas Artes (1908), que foi obra de Adolfo Morales de Los Rios, remetendo estilos das construções francesas ecléticas, especificadamente com a fachada do Louvre. A vontade que se tinha em ser moderno a todo custo faz aceitar com entusiasmo os produtos de uma indústria que na Europa eram as vezes disfarçados para não empanarem com seu mau gosto o brilho da arquitetura representativa. Destaca-se também o Theatro Municipal, projetado por Francisco de Oliveira Passos e edificado na avenida Central, o qual era inspirado na Ópera de Paris e aparece como o maior símbolo do ecletismo no Brasil. É importante ressaltar também a atuação do engenheiro militar Souza Aguiar, que foi responsável pelo projeto da Biblioteca Nacional e de Heitor de Mello, autor de muitos projetos de edifícios públicos e residenciais particulares no Rio de Janeiro, como o Derby Clube e o prédio da prefeitura para Floriano.

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