O Ortofoto

ORTOFOTO

A ortofoto surgiu em meados da década de 1970 com alto custo e uso bastante restrito tendo em vista a complexidade dos seus equipamentos e a dificuldade de encontrar esse tipo de material no mercado. Com isso, poucas eram as empresas habilitadas a prestar tal serviço, assim empresa de pequeno ou médio porte não tinham condições de contratar e usufruir desta tecnologia. Porém, a ascensão das tecnologias digitais é que de fato ocorreu o crescimento e popularização da ortofoto. Antes da utilização desse material as imagens eram obtidas através de satélites e sistemas digitais.

Então, a ortofoto seria uma imagem que foi corrigida geometricamente para eliminar as distorções e coincidir com um plano de projeção paralelo, sendo equivalente geometricamente ao mapa de traço, ou seja, através dele é possível obter dados como: medidas lineares, angulares, vetoriais, cálculos de área, perímetro, além de servir como base para o posicionamento e distribuição de dados com coordenadas conhecidas, deste modo esse tipo de técnica permite ser vetorizados com precisão, em diversos softwares , como por exemplo o Autocad. Um Ortofotomapa ou fotoplanos seria o produto final que gera uma ortofoto para a qual a informação característica de um mapa foi adicionada (grade UTM, definição de elipsóide, sinais convencionais, etc ...).

Grande vantagem dessa técnica é a riqueza de detalhes que só uma imagem fotográfica pode representar. Ela ainda pode ser complementada com a adição de curvas de nível, legenda, malha de coordenadas, passando a determinar-se ortofotocarta. Além de ser uma técnica muito importantes para projetos de construções e obras de empresas, pois ao se depararem com a falta de informações, as empresas precisam imediatamente mapear suas propriedades e assim obter o melhor aproveitamento possível de seus projetos.

O primeiro passo para a obtenção de dados com essa técnica é ter um bom plano de voo para o drone sobrevoar a área fotografando trechos linearmente, em faixas paralelas, obtendo imagens sequenciais. Para tornar a foto original uma ortofoto, é preciso que antes se façam as correções necessárias, a partir de determinados parâmetros, obtidos através da aerotriangulação. O processo de aerotriangulação consiste na marcação dos pontos em campo por GPS, para conferir coordenadas e fazer a correlação da imagem com o terreno fotografado. Usualmente é feita a determinação de um a três pontos de apoio por modelo fotográfico.

Esse método pode ser dividido em duas ramificações, tais como ortofoto digital, que com as novas técnicas de processamento de imagens, aliadas aos avanços da armazenagem de dados, possibilitou o surgimento desse método. No qual para a sua produção é necessário a aquisição da imagem, um processamento digital da mesma e a impressão da ortofoto digital. São necessários scanners especiais para transformar a imagem analógica em digital. E nesse processamento digital, geralmente, utiliza-se estações gráficas para o processamento das ortofotos digitais, pois necessita de grande capacidade de armazenamento, memória, velocidade de processamento, resolução das fotografias e aceleradores gráficos, ou seja, um equipamento de tecnologia de ponta. As vantagens desse método consistem na flexibilidade nas escalas de saída gráfica; Fotointerpretação; Possibilidade de formação cartográfica devido a facilidade de atualização. E a Ortofotocarta, que é o nome dado a uma fotografia retificada, ampliada em papel indeformável e completada com as seguintes informações: símbolos, quadriculado ou malha de coordenadas, legenda, podendo ainda conter informações planialtimétricas ou somente planimétricas. A vantagem de se produzir uma ortofoto, ao invés de um mapa, está na riqueza de detalhes que a foto pode registrar e que, necessariamente, o mapa, não tem condições de informar.