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O Surgimento do Urbanismo Naturalista

Por:   •  6/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  772 Palavras (4 Páginas)  •  2.232 Visualizações

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O Surgimento do Urbanismo Naturalista

A concepção de áreas naturais protegidas originou-se primeiramente nos Estados Unidos no século XIX com intuito de proteger a vida selvagem (wilderness) ameaçada pela civilização urbano-industrial, que degradava a natureza devido a sua rápida e intensa expansão. Os preservacionistas norte-americanos propunham “ilhas” de conservação ambiental, de grande beleza cênica, onde o homem da cidade pudesse apreciar e reverenciar a natureza selvagem.

Idealizavam não somente a criação de um espaço físico, mas a construção de uma relação entre homem e natureza, que podemos designar como naturalismo reativo, cujo intuito é afastar o meio natural do homem por meio de “ilhas naturais”, de caráter apreciativo. Tais lugares serviriam, também, como locais de reposição das energias gastas na vida estressante e por vezes monótona das cidades.

A criação do primeiro parque nacional no mundo, o de Yellowstone se deu na metade do século XIX com resultado das ideias preservacionistas, que se tornavam importantes nos Estados Unidos, desde o início daquele século, mas que já teriam, segundo Keith Thomas, surgido muito antes, na Europa.

A desvalorização do mundo natural começou a mudar a no início do século XIX devido as contribuições do avanço da História Natural e o respeito que os naturalistas tinham por essas áreas, ainda intatas.

Com o início da Revolução Industrial, a vida nas cidades que outrora era valorizada como sinal de progresso, em oposição à rusticidade da vida no campo passou a ser repreendida, pois o ambiente fabril “tornava o ar irrespirável”, assim a vida no campo passou a ser idealizada.

Grande parte do território norte-americano era selvagem até o final do século XIX. A inesgotabilidade dos recursos era o mito dominante por até um século depois da Independência. Até as pessoas que criticavam a exploração dos recursos naturais não podiam esquivar ao sentimento de que havia, ainda, muito espaço e natureza no Novo Mundo.

Com a promulgação do Homestead Act em 1862, lei na qual qualquer cidadão americano podia solicitar a propriedade de até 160 acres de terra restituída que tivesse cultivado, a corrida para essas terras foi imensa e a natureza que apenas tinha sido tocada levemente pelo homem, tornou-se, em curto período de tempo, domínio de uma agricultura moderna e de uma indústria em rápida expansão.

Sinteticamente, nos Estados Unidos, polarizaram-se duas visões de conservação do mundo natural as quais apresentaram grande importância no pensamento ambientalista dentro e fora desse país, estas baseavam-se nas propostas de Gifford Pinchot e John Muir.

Pinchot era um engenheiro florestal Alemão, e foi responsável pela criação do movimento de conservação de recursos, propondo o seu uso de forma racional. Na sua concepção, a natureza seria freqüentemente vagarosa, podendo os processos de manejo torná-la mais eficiente; acreditava que a conservação deveria basear-se em três princípios: o uso dos recursos naturais pela geração presente, a prevenção de desperdícios e o uso dos recursos naturais para benefício da maioria dos cidadãos.

A partir dos anos 1970, um novo ecologismo surgiu, contrapondo-se à antiga noção de “proteção da natureza” que datava ainda do século XIX.

Esse novo ecologismo surge com um movimento de ativistas que partiam de uma crítica da sociedade tecnológico-industrial considerada cerceadora das liberdades individuais, homogeneizadora das culturas e degradara da natureza.

Surgem basicamente, dois grandes enfoques na análise da relação homem-natureza, o primeiro, chamado de biocêntrico ou ecocêntrico, pretende ver o mundo natural em sua totalidade, na qual o homem está inserido como qualquer outro ser vivo; o outro é chamado antropocêntrico, pois propõe que o primeiro tenha direitos de controle e posse sobre a segunda, sobretudo por meio da ciência moderna e da tecnologia; a natureza não teria valor em si, mas se constituiria numa reserva de recursos naturais a serem explorados pelo homem.

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