Resenha do filme Mon Oncle

HISTÓRIA DA ARQUITETURA DO SÉCULO XX

Aluna: Luiza Salomé– ARQ3BM-ESA

Resenha do filme Mon Oncle

Sob o contexto de pós-guerra europeu, o filme Mon Oncle traz uma crítica à realidade vivida pela população influenciada cada vez mais pelo desenvolvimento do processo industrial e pelo modernismo, corrente que determinou alguns hábitos cotidianos.

No filme existem duas situações opostas: a vivida pela família Pichard, com sua casa ultra moderna, dotada de utensílios tecnológicos, móveis que valorizavam a estética, caminhos e ambientes estritamente determinados, cujo desvio era algo inadmissível; e aquela tradicional, bagunçada e espontânea, protagonizada pelo Tio e pela arquitetura espontânea e sem padrão, e indiretamente pelo filho dos Pichard que gostaria de poder viver essa vida do outro lado do muro de sua casa.

Existe uma crítica em relação ao comportamento das pessoas, que acabavam seguindo uma linha de relação social baseada no status econômico, como a família Pichard, que ligava o seu chafariz em formato de peixe apenas para as pessoas mais abastadas e de maior interesse. Além disso, o Tio surge como a figura que bagunça a vida padronizada e mecânica dos Pichard, mostrando que o funcionalismo das coisas muitas vezes não se adequa à situações inesperadas.

Apesar de existirem dois mundos opostos, o filme Mon Oncle traz na indústria a ideia de uma realidade que tem que ser vivida por ambas as classes sociais, uma vez que o contexto vivido era justamente o industrialismo crescente.

O filme também mostra que, apesar do luxo e dos status da família Pichard, a vida fora da casa poderia ser mais divertida e mais humana.