STONEHENGE: MISTÉRIO NA PRÉ-HISTÓRIA
Por: gbonato • 3/12/2015 • Resenha • 1.380 Palavras (6 Páginas) • 489 Visualizações
STONEHENGE: MISTÉRIO NA PRÉ-HISTÓRIA
Stonehenge é uma das maiores maravilhas do mundo pré-histórico e um de seus maiores mistérios. Como poderiam os homens primitivos ter colocado aqueles gigantescos blocos de pedra, pesando até 50 toneladas cada um, em suas atuais posições? E por que fizeram isso? Embora seja notório que Stonehenge se trata de um feito incrível de engenharia, quem o construiu e porque Stonehenge foi construído permanece um dos maiores mistérios do mundo antigo.
O arqueólogo britânico Mike Parker Pearson, que considera este antigo monumento o centro de um dos maiores complexos religiosos pré-históricos do mundo, considera a teoria de que Stonehenge era apenas metade de um vasto complexo religioso. Ele acredita que Stonehenge foi construído para abrigar os espíritos dos mortos, e ele estava ligado á outro monumento sagrado misterioso e a uma cidade pré-histórica.
A poucos quilômetros de Stonehenge, a equipe do arqueólogo Mike Parker Pearson descobriu a primeira evidência de que existiu ali um assentamento há 4.500 anos. Com pelo menos 300 casas, é o maior assentamento da Idade da Pedra no norte da Europa. No centro estão as ruínas de um misterioso segundo círculo. As escavações e os testes de carbono revelaram que esse monumento perdido era, na verdade, uma réplica aproximada de Stonehenge, mas feito de madeira, e que os dois círculos foram erguidos ao mesmo tempo.
Stonehenge fica no palco central de uma paisagem cerimonial muito maior. Uma grande avenida liga o círculo de pedra ao rio Avon, enquanto pedras dispostas na vertical, túmulos e fortificações circulares chamadas henges preenchem a área ao redor. O arqueólogo acredita que em certas épocas do ano, milhares de pessoas iam àquela área para tomar parte em rituais que marcavam o ciclo de vida e morte. Em grandes procissões, eles desciam as amplas avenidas até o rio Avon, que passava entre esses dois monumentos, o círculo de pedra e o de madeira. Nessa jornada, eles levavam seus mortos para se juntar aos ancestrais de Stonehenge, e em troca recebiam dos ancestrais o dom da vida e da fertilidade.
Na fronteira que Mike Parker Pearson acredita separar essa zona sagrada, fica outro monumento em um lugar chamado Durrington Walls. Aqui uma vasta fortificação circular conhecida como henge domina a paisagem. Com 20 vezes o tamanho de Stonehenge, ela era cercada por um fosso e uma borda de 5m de profundidade e 9 de largura. O contorno ainda é visível e se estende por uma grande área ao redor do perímetro. Sob um solo com superfície de calcário, a equipe do arqueólogo encontra o fraco contorno de uma casa. Ele havia encontrado a cidade perdida dos construtores de Stonehenge, é a maior colonização da Idade da Pedra encontrada no norte da Europa.
O arqueólogo acredita que no solstício de verão, Stonehenge se alinha ao sol nascente, os raios de sol passam através das pedras verticais colocadas em seu perímetro e diretamente através de um arco central. Como Stonehenge, o círculo de madeira também se alinha ao Sol.
Stonehenge tornou-se ponto central de uma vasta paisagem cerimonial pré-histórica, como pode ser visto pelos inúmeros cemitérios que foram construídos à volta do monumento. A paisagem da planície de Salisbury era sagrada muitos milhares de anos antes da construção de Stonehenge. Mas o que tornava sagrado este monumento? Uma teoria, avançada pelo arqueólogo Mike Parker Pearson utilizou provas antropológicas modernas para sugerir que, para o povo de Stonehenge, a madeira poderia estar associada aos vivos, enquanto a permanência da pedra estaria associada aos antepassados. Como existem dois importantes círculos de madeira perto de Stonehenge – Durrington Walls e Woodhenge -, Pearson colocou a hipótese de um caminho ritual para procissões funerárias, que seguia ao longo do rio Avon desde Durrington Walls no oriente ao nascer do Sol, e então ao longo da avenida até Stonehenge, o reino dos antepassados, no ocidente ao pôr do Sol. Esta seria uma viagem sagrada da madeira à pedra através da água, uma passagem simbólica da vida para a morte.
No inverno, as pessoas voltam para continuar o trabalho em Stonehenge e também se prepararem para o solstício de inverno. Se por um lado, o solstício de verão abordava a vida e a fertilidade, eles comemoravam o solstício de inverno para completar seu círculo anual com a cerimônia para os mortos. As tribos de toda Inglaterra se reuniram para o grande projeto comunal da época, a construção de Stonehenge. Este é um dos maiores projetos de construção do mundo pré-histórico. Ninguém sabe quanto tempo levou para ficar pronto.
As teorias sobre o significado de Stonehenge são várias, umas das mais populares é de que Stonehenge era um templo para os antigos deuses do Sol ou um observatório celeste. A crença do arqueólogo Mike Parker Pearson de que Stonehenge seja um santuário para os espíritos dos mortos desafia essa visão antiga. A teoria dele de que Stonehenge era apenas metade de um vasto complexo religioso, para mim, é a mais verdadeira e aceita, pois ele tem provas que sustentam essa visão, sua teoria é fundamentada em estudos e escavações feitos por ele e sua equipe.
TÉCNICAS E TECNOLOGIAS DA ÉPOCA
Stonehenge exemplifica os princípios básicos de toda a arquitetura. Seus criadores entenderam o elemento fundamental de sustentação e peso, em que pilares verticais suportam o peso de vigas mestras horizontais. Foi composto com pedras que chegam ao peso de 50 toneladas retiradas das montanhas de Gales a centenas de quilômetros de distância. Um buraco era cavado no ponto onde o bloco seria posicionado. Com o apoio de toras de madeira e uma alavanca, ele era inclinado até se encaixar ali. Depois, o bloco era erguido com cordas e, para completar, preenchia-se o buraco com fragmentos de rocha. Para erguer as vigas dos chamados trilithons - formações com dois pilares sustentando um terceiro bloco - era preciso montar plataformas de madeira. A viga era erguida com uma alavanca, permitindo o encaixe de novos andares. A plataforma crescia até chegar ao topo dos pilares. Com o sistema de alavancas reforçado com cordas, por causa da grande altura, a viga era deslocada até se apoiar sobre os pilares, nos quais havia pontos de encaixe.
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