A Macroeconomia
Por: Carol Brandino • 3/6/2016 • Seminário • 7.221 Palavras (29 Páginas) • 402 Visualizações
Macroeconomia
Resumo das aulas Fev/16 e Mar/16
Na Unidade 1, vamos tratar dos Agregados Econômicos através de conceitos sobre macroeconomia, sua estrutura e problemas.
Na Unidade 2, em Contabilidade Social, vamos conhecer o Sistema de Contas nacionais, como é feito a contabilidade nacional dos bens e serviços produzidos pelo governo, empresas e famílias, os fluxos financeiros e seu resultado na balança de pagamentos.
Na Unidade 3, em Políticas Macroeconômicas, veremos a Estrutura e Instrumentos da Política Fiscal, Monetária, Cambial, Comercial e de Rendas e sua relação com as metas de políticas macroeconômicas e seu impacto sobre os mercados e agentes.
E finalmente, na Unidade 4, em Economia Monetária, vamos estudar as funções das moedas, sua oferta e demanda na economia globalizada, os meios de pagamento e atuação do Banco Central como órgão gestor definindo as funções e papel dos bancos comerciais.
Unidade 1 | Agregados econômicos
Seção 1.1 - Introdução à macroeconomia: conceito de macroeconomia
Estrutura. Problemas macroeconômicos
Unidade 1
AGREGADOS ECONÔMICOS
1. Introdução
Diariamente, através dos jornais e telejornais recebemos um volume enorme de informações referentes a situação da economia no pais e no exterior: sobre o crescimento do PIB, sobre a taxa cambio, sobre a globalização, sobre as cotações da Bolsa de São Paulo, Rio de Janeiro, de Nova York, da Nasdaq. Também ouvimos falar sobre as metas inflacionarias, aumento de impostos, do impacto que a eleição dos Estados Unidos podem ter na economia mundial e etc. etc.
Mas o que isto representa? Como podemos traduzir estas informações e tirar algum proveito delas. Por que o PIB do Brasil cresce lentamente e que impacto este crescimento lento vai ter em nossas vidas?
A Economia como ciência, pretende, a partir da analise de informações presentes e passadas, diagnosticar os problemas e sugerir medidas para a correção.
A teoria econômica e os modelos econômicos procuram, através dos estudos efetuados a partir de situações reais ocorridas no passado, estabelecer condições de causa e efeito entre as diversas variáveis econômicas existentes, de forma a definir uma teoria sobre determinado assunto.
Como exemplos deste processo, hoje sabemos que a expansão da oferta monetária tem uma alta correlação com o aumento da inflação. Que o aumento da 2 incerteza implica em uma atuação conservadora em relação ao uso da moeda, reduzindo investimentos e reduzindo a atividade econômica.
Do outro lado, sabemos que a redução dos impostos aumenta a atividade econômica, que uma taxa de câmbio mais baixa reduz a taxa de juros, que por sua vez aumenta o investimento e consequentemente aumenta a atividade econômica.
Todas estas assertivas forma desenvolvidas a partir da teoria econômica, e hoje lastreiam uma série definições e decisões tanto dos governos, como dos bancos e de grandes empresas. Outras assertivas, relativas diversas teorias também servem de base para decisões a respeito de custos, investimentos, aplicações financeiras e outras decisões que envolvem a economia.
2. Conceitos básicos de economia
A Economia, portanto, é a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem empregar os recursos produtivos, normalmente escassos, na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, com objetivo de satisfazer as necessidades humanas, procurando atingir o grau mais elevado de satisfação.
Uma grande preocupação da Economia é estudar o equilíbrio entre as necessidades humanas que são infinitas e ilimitadas com os recursos produtivos que a Sociedade possui e que tem caráter finito e limitados.
Por mais rica que a sociedade seja, os fatores de produção serão sempre escassos e ela terá que efetuar escolhas sobre quais os bens e serviços deverão ser produzidos.
A ciência econômica estuda a escassez ou o uso dos recursos escassos na produção de bens alternativos de forma a obter o grau mais elevado de satisfação, ou seja, o melhor padrão de vida.
1.1 início da Economia
No final do século 18, Adam Smith, um economista inglês, apresentou sua teoria econômica sobre o livre comércio e a lei da oferta e da procura que foi aceita e se transformou quase em dogma no século 19.
1.2 O liberalismo econômico de Adam Smith (Teoria Econômica Clássica)
É com o advento do liberalismo econômico que se começa a desenvolver a teoria do comércio internacional. O liberalismo econômico está fortemente baseado na doutrina do liberalismo que teve uma influência muito grande no fim do século XIII, culminando na revolução francesa e na posterior independência de diversos países.
O liberalismo vai procurar, desde a sua origem, edificar uma teoria da especialização internacional, esforçando-se por evidenciar as vantagens que a mesma associada a condições de livre comércio pode assegurar aos países intervenientes. 3
A análise da especialização é assim colocada no centro desta doutrina, pretendendo dar solução a três questões:
· A explicação das condições que determinam a especialização internacional;
· A evidenciação das vantagens, retiradas por cada nação, de uma especialização ótima;
· A definição das normas de uma política econômica desejável (o livre câmbio / a livre troca).
Cada país deve especializar-se completamente nos produtos em que tem vantagem absoluta em termos de custos (ou de produtividade), ou seja, em que o número de horas de trabalho requerido para a sua produção é menor.
Deste modo, propõe que os países não façam tudo: devem apenas produzir e, portanto, exportar o excedente dos produtos em que têm maior produtividade e eficiência e importar aqueles em que os outros são melhores.
1.3 O comunismo de Karl Marx e Friederich Engels
Do lado oposto ao liberalismo econômico temos o comunismo, onde a propriedade e a produção são controladas pelo Estado.
Para o economista alemão Karl Marx (1818-1883), em sua obra O Capital, de 1867, na sociedade capitalista existe a classe dominante (burguesia) que controla direta ou indiretamente o Estado e explora a classe dominada (proletariado);
O economista alemão sustentou ainda que a economia de uma nação teria um desempenho melhor se a propriedade privada fosse confiscada e gerida pelo Estado no interesse do proletariado.
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