A ORIGEM DA CONTABILIDADE

Analise da Origem da Contabilidade no Brasil

Sobre a História da Contabilidade, mostrando o seu desenvolvimento no decorrer da história do Brasil, tendo como ponto de partida o descobrimento do Brasil, em 1500, até os dias atuais. Mostrando que sua evolução está intrinsicamente ligada a história, sobretudo no que diz respeito à narrativa econômica.

 É através da história que verificamos os caminhos e rumos pelo qual a contabilidade passou, evidenciando os motivos pela lacuna ou seu preenchimento, o que influenciou suas mudanças e o que ainda pode ser mudado, pois é através dessa mesma história que entendemos os dias de hoje e pensamos nas possíveis melhorias que podemos implementar no futuro.

 Iniciando pelo “Descobrimento”, em 1500, por não termos dados suficientes sobre a pré-história no nosso país. Assim, adota como os primeiros contadores, os escribas que vinham junto às caravelas, os quais vinham buscando verificar e dar ciência do patrimônio ao qual estavam tendo acesso. Com a crescente retirada de recursos e enveredamento pelas terras do Brasil Colônia, os portugueses, com o estabelecimento das primeiras cidades, foram se organizando quanto a esse controle patrimonial, e quase depois de 50 anos foi nomeado o ancestral do contador: o primeiro guarda livros.

Era de se esperar que com o crescente desenvolvimento, haveria a necessidade de mais trabalhadores para os trabalhos pesados, assim implementando o trabalho escravo dos negros, aos quais tinham-se que contabilizar o lucro proveniente das idas e vindas das embarcações, que levavam riqueza de volta a Portugal e retornavam carregados de mais negros, bem como a tributação paga ao País, a cada viagem.

Com a vinda da família Real para o Brasil, devido às perseguições e ameaças realizadas por Napoleão Bonaparte, mais avanços foram conquistados no campo da contabilidade. Esses avanços podem ser divididos em três períodos, os quais representam os governos dos três monarcas: D. João VI, D. Pedro I e D. Pedro II. Entre as principais evoluções e acontecimentos temos: A criação do Banco do Brasil (1808); Criação do Decreto que permitia somente os estudados na escola do Comercio, realizar escriturações (1809); Surgimento da Dívida Externa (1822), proveniente da independência do Brasil, referente a enorme indenização paga a Portugal, a qual o recurso veio da Inglaterra; Obrigatoriedade do uso do método da partidas dobradas nas escriturações contábeis (1830); aperfeiçoamento do método das partidas dobradas , através da influência francesa (1836); Primeira obra Brasileira sobre o assunto “A Metafisica da Contabilidade Comercial” (1837); Promulgação do código comercial, que estabeleceu a obrigatoriedade do levantamento do Balanço e a elaboração do livro Diário nas entidades (1850); Recriação do Banco do Brasil (1851).

No início da republica, o país passava por uma grave crise econômica, desde endividamento por guerra, revoltas devido a abolição da escravatura. Apesar do que diz Vlaemick (apud peleias et al, 2004: p.40), que diz que “...a contabilidade se expande e se degenera a medida que a economia evolui ou regride...” é perceptível que ela sempre será necessária, ainda que para verificar informações para tomada de decisão quanto aos prejuízos e degradação do patrimônio. Entretanto, 1889 a 1930 foi um período sem muitos avanços na contabilidade.

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