AS CIÊNCIAS CONTÁBEIS SOCIOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES
Por: Jobsonalvaro • 21/4/2021 • Trabalho acadêmico • 1.721 Palavras (7 Páginas) • 108 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
SOCIOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES
ELTON RAMON RAMOS TAVARES
JOBSON ÁLVARO DA SILVA
JUNICLEI FERREIRA
MARIA HELOÍSA DA SIVA RODRIGUES
SÉRGIO DA SILVA CÂMARA JÚNIOR
ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS MOTORISTAS CADASTRADOS NA PLATAFORMA UBER QUANTO À SUA FORMA DE TRABALHO
Natal, RN
2018
SUMÁRIO
1 | Introdução............................................................................... | 02 |
2. | Fundamentação Teórica......................................................... | 03 |
3. | Metodologia............................................................................. | 04 |
4. | Objetivo................................................................................... | 05 |
5. | Gráficos e tabelas.................................................................... | 06 |
6. | Discussão dos resultados da pesquisa | 12 |
7. | Considerações Finais.............................................................. | 14 |
8. | Referências............................................................................. | 15 |
INTRODUÇÃO
A competitividade, os novos modelos de gestão e o avanço da tecnologia vêm, já há algum tempo, mudando o mundo do trabalho e criando novas dinâmicas na relação homem-trabalho.
Dos anos 1910 aos anos 1970 o mundo esteve entre duas grandes dinâmicas: o Fordismo e o Toyotismo. Essa primeira caracterizada pelo grande número de funcionários dentro das fábricas, contratos por tempo indeterminado e sindicatos fortes. No Toyotismo, a dinâmica passa ser mais flexível: contratos por tempo determinado, heterogeneidade de funcionários e etc.
Com o avanço do tempo, o mercado de trabalho passa a ser caracterizado cada vez mais pela globalização e flexibilidade, o acesso à informação tornou-se cada vez mais difundido entre as mais diversas classes sociais. Com a popularização da internet e a integração de novas tecnologias ao cotidiano, novos serviços e bens de consumo surgem diariamente ao alcance do consumidor. Com o advento dos smartphones, novos aplicativos surgem para auxiliar seus usuários nas mais variadas demandas de seu dia a dia, como por exemplo no transporte. Dentro desse arranjo social, surge uma nova maneira de estruturar as organizações: a Uberização, tendo como ponto alto a quase total automatização dos contratos de trabalho.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O capital globalizado não combina com direitos e vínculos empregatícios consistentes. Desde o surgimento do capitalismo, vemos os métodos de produção se reorganizando com o intuito de favorecer os empregadores em detrimento de direitos trabalhistas e previdenciários dos empregados.
A uberização não é uma novidade no modo de produção capitalista, ela veio aos poucos ocupando seu espaço na economia mundial. Por meio da uberização, o trabalhador se livra do vínculo empregatício e passa a ser uma espécie de colaborador onde não há qualquer tipo de contrato de trabalho nem prestação de serviços.
No Brasil, a multinacional Uber iniciou suas atividades na cidade do Rio de Janeiro, durante o ano de 2014, ela fundamenta sua atuação por meio de um software para smartphones, que funciona como elo entre o “motorista parceiro” e o usuário final (o passageiro). Neste processo de produção o gerente da prestação de serviços é substituído pela avaliação mútua entre as partes finais do processo e, caso o motorista não receba uma avaliação satisfatória, pode ser excluído da plataforma. Estas avaliações mútuas ficam visíveis para o usuário que for utilizar o serviço do motorista, fazendo com que o mesmo fique sendo supervisionado durante toda sua jornada de trabalho pelo usuário final. Para conseguir uma boa avaliação, os motoristas utilizam diversos métodos, como a disponibilização de bebidas e alimentos aos passageiros e até serviços como internet via wi-fi durante as corridas. Estes serviços extras oferecidos tornam-se um custo a mais ao motorista, que já tem uma porcentagem de seus ganhos destinada automaticamente à plataforma Uber.
A advento da uberização trouxe uma novidade para o modo de produção capitalista. Nele, o trabalhador tem a impressão de que é o dono de seu próprio negócio, ocasionada pela falsa ideia de empreendedorismo. Esta falsa sensação é oriunda da possibilidade de o motorista fazer sua própria jornada de trabalho e, desta forma possa administrar toda sua rotina de trabalho, como dias de folga, por exemplo. Isto faz com que o trabalhador assuma custos e riscos que eram de responsabilidade do empregador, como custos com meios de produção, e seguros previdenciários e patrimoniais.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo quantitativo que teve como objetivo compreender através da coleta de dados estatísticos, a percepção dos trabalhadores cadastrados na plataforma Uber acerca da sua forma de trabalho.
Para a coleta dos dados foi utilizado o método de entrevista online, por meio da ferramenta Google Forms, com divulgação desta em grupos virtuais destinados à troca de experiências dos trabalhadores alvo da pesquisa.
O estudo contou com amostra de 109 motoristas, cadastrados em diversos estados do Brasil, sendo a maioria da amostra do gênero masculino (93,6%) e com faixa etária entre 26 a 35 anos (54,1%) e com níveis de escolaridade predominantes, ensino médio completo (36,7%) e superior completo (33,9%).
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