Analises Contabeis
Por: Camila Rebeca • 5/12/2022 • Trabalho acadêmico • 1.336 Palavras (6 Páginas) • 181 Visualizações
ROTEIRO DE ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM – ATIVIDADE DO
PROJETO ESTRUTURADO (APE)
Atividade: Análise de Conteúdo Temática
Temática: Análises Contábeis, Ética e Legislação Aplicada
Prof. Bruno Smolarek Dias
1 Características da Análise de Conteúdo Temática
A análise de conteúdo temática é uma técnica de pesquisa que envolve a
investigação de diversos tipos de textos, por exemplo, documentos,
demonstrações contábeis, bases de dados, transcrições de entrevistas,
reportagens, artigos, livros, etc. Permite, de forma sistemática, a descrição das
mensagens e das atitudes atreladas ao contexto de enunciação (dos textos), bem
como as inferências sobre os dados coletados.
Deste modo, definem-se categorias de análise para que a pesquisa seja
conduzida, a fim de se evidenciar e descrever as mensagens contidas nas diversas
formas de comunicação.
2 Contextualização da atividade
2.1 Aspectos introdutórios
Um dos grandes desafios da contemporaneidade, em especial no que se
refere a atividade contábil e legal, é a manutenção da lisura dos profissionais
envolvidos nos lançamentos e gerência das atividades mercadológicas, em
especial em razão das pressões por resultados.
É de se destacar que, nos últimos anos, temos presenciado inúmeros
escândalos de desvios de conduta, bem como de adulteração de resultados
contábeis para fins de lidibriar, enganar, os investidores e o mercado.
“É visível que há uma carência crescente com relação à prática de
valores éticos em praticamente todos os campos da atividade
humana, é muito corajoso falar sobre ela. Muitos profissionais se
desviam da ética para benefício próprio ou de seus clientes,
prejudicando a sociedade. Devido à relevância das informações
contábeis, os usuários, que são bem diversificados, exercem uma
pressão sobre o contador que pode levá-lo a um comportamento
antiético”.1
Ilustrações para compreensão da questão serão dadas, de casos tanto
nacionais como internacionais, para que sirvam de parâmetro para a realização
da atividade que se seguirá:
1 – no caso do Brasil tivemos a Construtora Encol que foi um dos primeiros
casos de abrangência nacional.
“Em seu auge a empresa fora a maior e mais importante construtora
do país, faturava quase 2 bilhões de reais por ano (em valores
atualizados), empregava 23 mil pessoas e construiu mais de 100 mil
apartamentos. Sua falência foi o mais duro golpe na credibilidade do
mercado imobiliário brasileiro devido a sua consequência (sic) mais
sombria: o abandono a própria sorte de 42 mil clientes que estavam
pagando e aguardando por seus apartamentos.
[...]
Fundada por Pedro Paulo de Souza, um homem de origem humilde
que depois de trabalhar com ambulante fundou em Goiânia uma
fábrica de pisos de madeira. Em determinado momento viu sua
pequena empresa crescer, transformar-se em uma construtora,
expandir no Centro-Oeste e virar referência em todo Brasil.
Engenheiro de formação, Pedro Paulo inovou o processo produtivo,
criou linhas de montagem em seus empreendimentos. Mas errou ao
administrar um império como quem cuida de uma fabriqueta de
família.
O modelo de administração da Encol foi apelidado por muitos
economistas como ‘bicicleta’, onde os seus novos empreendimentos
financiavam os anteriores. A empresa não poderia parar de pedalar
nunca. Para se manter nesta constante e continuar a vender seus
1 ELIAS, Aline Luciana de Oliveira; MANSANO, Rafaela Spereta; CAMPANHOL,
Edna Maria. Questões Éticas na Auditoria Independente: a auditoria da empresa Arthur
Andersen na empresa Enron. Diálogos em Contabilidade: teoria e prática (Online). V. 1.
N. 2. Jan./dez. 2014. P .1.
apartamentos a empresa chegava a garantir a recompra do
apartamento vendido, pagando inclusive os juros corrigidos.
Quando a oferta de apartamentos se mostrou maior que a capacidade
do mercado em absorver novos projetos, a Encol entrou em declínio.
Some-se a isto denúncias de caixa dois e uma alta inadimplência.
Pedro Paulo partiu tarde demais atrás de empréstimos para salvar o
seu império. O que se viu depois disso foi o pior dos cenários.
Salários atrasados, falta de pagamento a fornecedores, obras
paralisadas até que em março de 1999 foi decretada a falência da
empresa.”
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