Instituições Financeiras e Mercado de Capitais
Por: liciaribeiro • 2/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.668 Palavras (7 Páginas) • 249 Visualizações
MOTIVAÇÃO DE ABERTURA DE CAPITAL
O intuito das empresas no mercado de ações é captar dinheiro para dar conta de seus planos de investimento, de forma que não precisam pagar juros, no caso se a forma de captação desse dinheiro fosse empréstimos. Na outra ponta, há os investidores (pessoas físicas e instituições) com esse dinheiro para captação de rendimentos, obter lucros ao longo do tempo. No momento em que os donos das empresas com capital aberto decidem “abrir mão” de uma parte de sua participação em troca de dinheiro, são vendidas ações que correspondem a um pedaço do controle da empresa.
No caso da necessidade de captação de recursos, algumas companhias optam por abrir o capital através da distribuição primária de debêntures, em virtude da maior disposição dos investidores em adquirir instrumentos de renda fixa, tendo em vista as taxas de juros vigentes no País e o risco de crédito dos emissores. As notas promissórias são valores mobiliários menos adequados para um processo de abertura de capital, sendo indicadas para momentos especiais (captações de curto prazo ou planejamento financeiro), quando a Companhia já é aberta.
Fatores que influenciam na escolha da fonte de captação de recursos
Fonte: BM&FBovespa
AS MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO
Para que a empresa obtenha sua condição de “Companhia Aberta” (é aquela que pode ter os valores mobiliários de sua emissão; ações, debêntures, notas promissórias e outras, negociados de forma pública, normalmente em bolsa de valores), é necessário que sejam cumpridas as exigências legais e institucionais disciplinadas pela Lei nº 6404/76, e reformas societárias com subsequentes requerimentos de listagem da BM&FBOVESPA e de registro de Companhia Aberta da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Abrir capital é uma decisão importante para qualquer empresa, uma vez que é uma forma estratégica que altera de forma definitiva a gestão, os controles internos e a transparência da empresa. A empresa de Capital Aberto tem acesso às alternativas que o mercado de capitais proporciona como fonte de financiamento (fundo de direito creditório-FIDC, debêntures, emissão de ações...) não disponíveis à empresa de capital fechado, além de usar as suas próprias ações como moeda para adquirir outras empresas.
No momento em que o investidor encontra uma boa oportunidade, no caso uma empresa com estrutura sólida, boa gestão e operacionalmente sustentável, efetua o investimento nela por meio de compra de suas ações, a fim de participar dos ganhos dessa empresa, tornando-se acionista. Uma avaliação antecipada da empresa que esteja se preparando para abrir o capital pode revelar diversas questões imprevistas relacionadas com:
• Emissão de relatórios financeiros.
• Aspectos fiscais.
• Governança.
• Controles internos.
• Conformidade (compliance).
• Recursos humanos.
• Estrutura societária.
As companhias de Capital Aberto precisam apresentar demonstrações financeiras trimestrais e anuais à CVM, atendendo a exigências relacionadas com os dados apresentados e observando diretrizes rigorosas estabelecidas pela CVM relacionadas com aspectos contábeis e de divulgação de informações financeiras. As práticas contábeis brasileiras aplicáveis às demonstrações financeiras consolidadas são 100% consistentes com os sofisticados e exigentes padrões contábeis internacionais (IFRS), elas devem ser entregues logo após o encerramento de cada período (prazo de entrega de 30 dias) e a Demonstração Financeira Padronizada (DFP) deve ser entregue em até 90 dias a partir do encerramento do exercício.
BOLSA DE VALORES
As Bolsas de Valores são instrumentos muito importantes para que as empresas cresçam, alavanquem a Economia e aumentar a renda dos investidores quando bem investidas. As Bolsas de Valores são existentes em praticamente todos os países do Mundo Capitalista, e entender como funciona o mercado de ações não é uma tarefa fácil. Basicamente, do ponto de vista da economia e administração, a bolsa de Valores é um local onde as ações são negociadas, vendidas e compradas.
O MERCADO SECUNDÁRIO
Após a emissão das ações no mercado, sã negociadas por diversos investidores, fundos de investimento, instituições financeiras e etc; sendo chamado assim de mercado secundário (quando a empresa não está mais envolvida). A oferta e demanda dessas ações definem o preço, ou seja, quando um empresa tiver um futuro promissor, com o tempo outras pessoas terão disponibilidade de pagar mais para obter ações, tendenciando a elevação do valor. No momento em que a rentabilidade desejada for alcançada, pode-se vender as ações e assim, sendo mais uma forma de ganhar com a variação do preço. Os processos de compras, vendas, liquidação e custódia dos ativos são manejados pela Bolsa de Valores, como já informado.
BM&FBOVESPA
A BM&FBOVESPA, administra mercados organizados de títulos, valores mobiliários e contratos derivativos, fora a prestação de serviço de registro, compensação e liquidação, de forma a atuar como garantidora da liquidação financeira das operações realizadas. Os produtos e serviços oferecidos pela Bolsa são: negociação de ações, títulos de renda fixa, câmbio pronto e contratos derivativos referenciados em ações, ativos financeiros, índices, taxas, mercadorias, moedas, entre outros; listagem de empresas e outros emissores de valores mobiliários; depositária de ativos; empréstimo de títulos; e licença de softwares. A Bolsa possibilita a realização de operações destinadas à compra e venda de ações, transferência de riscos de mercado, arbitragem de preços entre mercados e/ou ativos, diversificação e alocação de investimentos e alavancagem de posições.
Fontes de recurso mais apropriadas durante o ciclo de vida da empresa
Fonte: BM&FBovespa
AS VANTAGENS
- Ter acesso ao mercado de capitais e obter recursos para financiar projetos de investimento. O financiamento por meio da emissão de ações,
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