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O Desenvolvimento Economico

Por:   •  3/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.364 Palavras (6 Páginas)  •  265 Visualizações

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INTRODUÇÃO

No decorrer do século XX, o Brasil passou por diversas mudanças, planos para que houvesse desenvolvimento econômico no país. Veremos que nesse período, muitos são os nomes que trabalharam para equilibrar a economia nacional, como Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, os militares (durante o período da ditadura militar) e Itamar Franco.

1. ERA GETÚLIO VARGAS

Getúlio Vargas assumiu em novembro de 1930, suspendendo a Constituição em vigor, dissolvendo o Congresso Nacional e nomeou interventores para o governo dos estados, além disso criou dois novos ministérios: Educação e saúde; Indústria e comércio. Com a Consolidação das Leis do Trabalho estabeleceu os direitos trabalhistas, limitou a jornada de trabalho para 8 horas, criou as férias anuais remuneradas, regulamentou o trabalho de mulheres e crianças e criou o salário mínimo.

No âmbito econômico, Vargas foi o líder de uma transformação, passando de agrário exportadora para industrializada e voltada para dentro , ele criou instituições que contribuíram para o desenvolvimento econômico e social do país, como a construção das companhias Vale do Rio Doce e Siderúrgica Nacional (ambas em 1942) e da Petrobrás (em 1954).

Além disso, ampliou o crédito agrícola via programas do governo federal e de carteiras do Banco do Brasil; criou o BNDE (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico), que ainda financia boa parte dos investimentos na indústria e na infraestrutura, criou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 1938 e a Petrobras.

“Os discursos de Vargas procuravam vincular o desenvolvimento econômico à superação da miséria e à consolidação da unidade nacional. A unidade nacional só viria através do Estado, via uma política integradora” (BASTOS. 2012).

Com reduzida entrada de capital estrangeiro, a saída era financiar o desenvolvimento via capital nacional. A solução foi estimular o crédito através do Banco do Brasil. Apesar de o governo ter flertado com o desenvolvimento nacional autônomo, ele nunca abandonou a ideia de o capital estrangeiro ser fundamental no processo de desenvolvimento. A política econômica varguista não era nem xenófoba quanto ao capital estrangeiro, nem "entreguista", era, na verdade, flexível, oportunista e politicamente realista.

2. ERA JK

2.1 Plano de Metas

Juscelino Kubitschek de Oliveira apresentou aos brasileiros o seu Plano de Metas, cujo lema era “cinqüenta anos em cinco”. Constituído de 30 objetivos a serem alcançados em diversos setores da economia (como infra-estrutura - rodovias, hidrelétricas, aeroportos - e indústria), os quais pretendiam desenvolver o país. Um 31º objetivo foi incluído, a construção de Brasília, como capital do país

O Plano de Metas citava cinco setores da economia, envolvendo várias metas, para os quais os investimentos públicos e privados deveriam ser dirigidos. Os setores que mais receberam recursos foram: energia, transportes e indústrias de base.

Juscelino Kubitschek teve maior sucesso na área do desenvolvimento industrial, abrindo a economia para o capital internacional, dessa forma atraiu investimentos de grandes empresas, como, por exemplo, entrada da Ford, Volkswagen, Willys e GM (General Motors) no país.

A grande obra de JK foi a construção de Brasília, transferindo a capital do Brasil do Rio de Janeiro para Brasília, JK almejava desenvolver a região central do país, afastando o centro das decisões políticas de uma região intensamente povoada. Com empréstimos internacionais, Brasília, foi inaugurada em 21 de abril de 1960.

3. REGIME MILITAR

3.1 Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG)

Sendo uma das primeiras medidas tomadas pelo novo governo militar, entre 1964 e 1980, nesse período a economia brasileira estava parada, as finanças públicas arrasadas e para combater esse cenário o presidente Castello Branco adotou um programa de reformas, com os objetivos de: combater a inflação (que se aproximava dos 100%); aumentar os investimentos estatais (principalmente em infraestrutura); reformar o Sistema Financeiro Nacional; diminuir as desigualdades regionais (Norte-Sul).

Das medidas tomadas, podemos destacar a atração de investimentos externos para equilibrar as contas do governo, controlar a inflação e desenvolver o mercado de crédito. O governo introduziu a correção monetária, “mecanismo que passou a reajustar contratos, títulos públicos e dívidas tributárias com base na inflação passada” (BALTHAZAR, FERRAZ, FRAGA, FRANCO, MAISONNAVE, MENDONÇA. 2014), com essa medida foi possível o governo se financiasse, com a emissão de títulos públicos, contribuindo para aumentar a arrecadação do governo e a poupança privada.

Também podemos citar a criação do Banco Central, “instituição que recebeu a missão de controlar a oferta de moeda na economia, antes papel do Banco do Brasil” (BALTHAZAR, FERRAZ, FRAGA, FRANCO, MAISONNAVE, MENDONÇA. 2014).

Para conter os salários, o PAEG introduziu uma fórmula que previa a reposição da inflação passada e a incorporação de parte da inflação projetada para o futuro a fórmula impôs perdas aos trabalhadores, porque os cálculos do governo sempre subestimavam as projeções de inflação. Mas o arrocho aliviou os custos das empresas e ajudou a segurar os preços, contribuindo para a retomada do crescimento nos anos seguintes. (BALTHAZAR, FERRAZ, FRAGA, FRANCO, MAISONNAVE, MENDONÇA. 2014).

4. ITAMAR FRANCO

4.1 Plano Real

Fernando Henrique Cardoso coordenou a implementação do Plano Real que previa o controle da inflação e a estabilidade econômica. Para tanto, o governo adotou medidas para conter os gastos públicos, privatizar uma série de empresas estatais, aumentou a taxa de juros para baixar o consumo e baixou os preços dos produtos por meio da abertura da economia a competição internacional. Logo o Plano Real causou a queda da inflação e o aumento do poder aquisitivo da população. Porém a longo prazo houve um processo de recessão, já previsto,

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