Origem da Contabilidade

A origem da contabilidade deu-se através da necessidade dos comerciantes em controlar e administrar seus bens, suas dívidas, seus ganhos e perdas, ou seja, sua riqueza patrimonial. Mesmo na sociedade antiga, as pessoas já utilizavam as ferramentas contábeis para o registro. De acordo com o relato de vários autores, a contabilidade surgiu junto à necessidade da humanidade, por volta de 4500 a.c, com a precisão dos povos primitivos a obter informações das suas riquezas. Assim, "a contabilidade nasceu com o objetivo básico de controle de patrimônio das pessoas" (SILVA, 1992, p.8).

Diante dos registros das operações comerciais, industriais e públicas, elas foram ganhando espaço somente na Idade Media, oficializando o surgimento das práticas de sistematização por equiparação de causa e efeito (SÁ, 2008).

A contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio e suas variações. Segundo Moura (2002), “a Contabilidade é uma ciência que permite, através de suas técnicas, manter um controle permanente do patrimônio da empresa.”.

A contabilidade é uma ciência ou técnica, segundo alguns que estudam, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das Entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial. (FRANCO, 1991).

No passado a contabilidade tinha por objetivo informar qual o lucro obtido em transações comerciais. Atualmente, não basta só identificar o lucro obtido, os usuários precisam compreender os impostos, o pagamento de salários, o nível de endividamento da empresa, entre outras informações. Diante disto, evidencia-se que o objetivo da contabilidade é planejar e colocar em prática um sistema de informação para a empresa (CREPALDI, 1998).

No que diz respeito ao futuro da profissão contábil, vários teóricos como Martins (1993) citado por Silva (2007), “destaca a importância de se buscar uma maior aproximação com o usuário das informações para que suas necessidades sejam identificadas e atendidas com maior eficácia.” O autor relata que na pratica o usuário é o único que pode dar valor a contabilidade, pois ele que evidencia as informações, desde a elaboração do plano de contas até a produção dos relatórios finais, deve começar a partir dele (usuários internos e externos).

Segundo Lopes de Sá (1995), a busca por princípios na contabilidade no Brasil iniciou-se deste o início do século XX, quando o progresso industrial e econômico se acentuou, e os informes contábeis passaram a ter maior utilização em âmbito social. Assim, houve uma necessidade de padronização e uniformização de procedimentos para a geração de documentos confiáveis e comparáveis.

De acordo com a Resolução do CFC (Conselho Federal de Contabilidade) nº 774/94, dispõe sobre os Princípios Fundamentais da Contabilidade:

A contabilidade possui objeto próprio – o Patrimônio das Entidades – e consiste em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as condições de generalidade, certeza e buscam das causas, em nível qualitativo semelhante às demais ciências sociais