RESUMO DO FILME O PREÇO DO AMANHA
Por: Leandra Rodrigues • 21/9/2020 • Resenha • 556 Palavras (3 Páginas) • 2.308 Visualizações
Filme: O preço do amanhã - RESUMO
O tempo tem sido um dos problemas filosóficos desde a antiguidade, a passagem do tempo, a forma como ele flui, entre outros. Para o ser humano o tempo é dividido em três dimensões lineares: o passado, o presente e o futuro. A medida do tempo torna-se subjetiva de acordo com cada um, conforme as situações, por exemplo uma situação agradável passa depressa enquanto uma situação desagradável passa devagar.
Para Platão, existe o mito do eterno retorno, onde o tempo era um movimento cíclico e assim tudo aquilo que acontecia no passado era repetido e retornava novamente. Ou seja, o tempo é uma cópia imperfeita de um modelo perfeito – eternidade. O tempo em Santo Agostinho está ligado a questão da existência. A eternidade é um pressuposto e um atributo de Deus, apenas ele pode ser concebido como eterno, sendo infinito, anterior ao tempo. Já na perspectiva de Kant o tempo é uma forma pura da intuição sensível, ou seja, é responsável por organizar toda e qualquer experiência dos fenômenos.
Ainda na visão filosófica temos a teoria de Heráclito, segundo ele o mundo é um fluxo permanente em que nada permanece idêntico a si mesmo. Tudo se transforma no seu contrário. O logos (razão/inteligência) que governa o mundo, ele reconhecia que todos os homens possuem o logos, mas acreditava que a maioria não desenvolvia essa inteligência.
Heráclito disse: ninguém “pode banhar-se duas vezes no mesmo rio”, você pode banhar-se no mesmo rio diversas vezes, mas nunca poderá banhar-se na mesma água daquele rio duas vezes. Assim como a água de um rio que passa por uma pequena região, ao longo de várias gerações, somos nós a cada dia, tendo novas experiências e estas experiências fazem com que sejamos diferentes, momento a momento.
O filme “O preço do amanhã” nada mais é do que uma crítica ao sistema econômico. Nele o ser humano nasce com direito a 25 anos, a partir daí o envelhecimento é interrompido e as horas funcionam como um cronômetro, não há mais centavos ou reais, somente segundos, minutos, horas, para pagar contas ou fazer compras, as pessoas precisam usar o tempo da própria vida como forma de pagamento. Os pobres vivem correndo e os ricos sem pressa alguma, pois a eternidade é algo acessível, é uma corrida contra o tempo para as classes mais baixas e um passeio para os ricos.
Várias semelhanças são notadas entre o filme e nossa sociedade, nessa dinâmica do “tempo é dinheiro” principalmente com desigualdade social, onde nos mostra muitas pessoas tendo pouco para que poucas possam ter muito. A divisão de classes em si revela que enquanto poucos podem viver eternamente, o restante da população deve se sacrificar para conseguir o próximo dia de vida. Assim é alguns casos em nossa sociedade onde assalariados vivem sem grandes perspectivas, vivendo o hoje e trabalhando muito simplesmente para garantir o amanhã.
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