TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

UM ESTUDO SOBRE A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL DE CONTABILIDADE PARA O CRESCIMENTO DE PEQUENAS EMPRESAS

Por:   •  16/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.663 Palavras (11 Páginas)  •  267 Visualizações

Página 1 de 11

UM ESTUDO SOBRE A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL DE CONTABILIDADE PARA O CRESCIMENTO DE PEQUENAS EMPRESAS

Max Freire de Souza* 

Felipe Ramos do Nascimento**

RESUMO

O artigo, ora apresentado, versa sobre a análise da atuação do contador em pequenas empresas e sua importância para o crescimento empresarial. Nesse sentido, serão relatados alguns aspectos e reflexões acerca do contexto histórico da contabilidade no Brasil e suas influências, a sua evolução desde o período colonial até o momento da sua regulamentação como profissão. Além de pontuar sobre a contabilidade gerencial, traz também uma abordagem acerca das funções do contador em pequenas empresas e sobre as vantagens de uma boa contabilidade na gestão empresarial. Lista ainda as funções do contador em pequenas empresas e a contribuição da contabilidade no processo da gestão empresarial.

Palavras-chaves: Contabilidade. Pequenas empresas. Crescimento empresarial.

1 INTRODUÇÃO

        O presente trabalho tem como objetivo discutir acerca da atuação do contador e sua importância para o crescimento de pequenas empresas. Tendo em vista que a contabilidade é uma ciência que se encarrega de lidar com os processos financeiros que afetam o patrimônio de uma entidade ou de uma empresa, a fim de entender, investigar e catalogar os fenômenos burocráticos desses negócios. Assim, verifica-se a sua relevância no âmbito de uma gestão empresarial como fator significativo para o desenvolvimento das rotinas de trabalho, referente aos investimentos, ganhos, gastos e atividades que rodeiam as atividades da instituição.

        O profissional da contabilidade orienta nas deliberações da empresa, analisa, observa e traz informações consistentes para o proprietário e repassa tais recomendações com vista a conceder elementos para que a empresa tenha um bom desenvolvimento e trace estratégias administrativas a nível de organização e crescimento empresarial.

Segundo Marion (2006, p.23) “a contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurados monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões”.

Nota-se a existência de uma grande responsabilidade da contabilidade em proporcionar conhecimentos, dados e informes bem estruturados e seguros, de modo que contribua positivamente para as devidas deliberações referentes ao mercado econômico e financeiro de uma empresa.

        Desse modo, o trabalho aqui descrito traz uma contextualização histórica sobre a contabilidade no Brasil, a contabilidade gerencial, as funções do contador em pequenas empresas, e os principais benefícios que a contabilidade pode trazer dentro desses ambientes.

2 BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA CONTABILIDADE NO BRASIL

            A história da contabilidade tem seus primeiros marcos no Brasil a partir da era Colonial, momento em que também houve forte influência de Portugal. Em 1530, período marcado pelo crescimento e desenvolvimento das alfandegas primárias, surge a necessidade da administração contábil e Gaspar Lamengo foi quem iniciou os trabalhos com a contabilidade, eleito por Portugal como o primeiro Contador Geral das terras do Brasil. (REIS; SILVA, 2007)

        Em 1979, surge a criação da casa dos contos, uma unidade responsável por verificar e controlar as receitas e despesas do estado. Fundamentando-se em 1808, quando o Brasil recebia a família real, momento em que acontecia a abertura dos portos, a comercialização dos produtos para outros países por parte da colônia, a origem do Banco do Brasil, o progresso das atividades coloniais, a expansão social e com isso o aumento também dos gastos e dessa forma, demandando uma boa administração das receitas e contas do estado. Tal realidade exigia maior fiscalização, sendo instituído o Erário Régio, órgão destinado a tratar da gestão das finanças e fiscalizações públicas e incluído o método das partidas dobradas em que era responsável pelo recolhimento e divisão.

        No Brasil, em 1808, o príncipe Dom João VI oficializou as escriturações e relatórios contábeis por meio do alvará de 24 de dezembro de 1768, de acordo com o seguinte parágrafo da carta:

Para o método de Escrituração e fórmulas de Contabilidade de minha real fazenda não fique arbitrário a maneira de pensar de cada um dos contadores gerais, que sou servido criarem para o referido Erário: - ordeno que a escrituração seja mercantil por partidas, por ser a única seguida pelas nações mais civilizadas, assim pela sua brevidade, para o manejo de grandes somas como por ser mais clara e a que menos lugar dá a erros e subterfúgios, onde se esconde a malícia e a fraude dos prevaricadores. (REIS; SILVA, 2007)

        A administração das contas era realizada por um profissional que tivesse conhecimento e estudado as aulas de comércio, apoiadas na junta de comércio com Erário Real. As aulas de comércio tiveram como primeiro professor de contabilidade no Brasil, José Antônio Lisboa, mais conhecido como Visconde de Cairu e essas aulas foram oficializadas por meio do alvará de 15 de julho de 1809. Em 1905, na Bahia, foi criada a Fundação Visconde de Cairu como homenagem ao professor. Esta tinha como objetivo preparar peritos comerciais e formar pessoas para serem cônsules e chefes de contabilidade. Havia um incentivo para que a população pudesse aprender e adquirir conhecimentos sobre a contabilidade, porém não teve sucesso, o curso não foi tão procurado como era o imaginado e demorou um tempo para a sua estruturação, aproximadamente cem anos.

Em 1902, foi criada a Escola Prática de Comércio, hoje chamada de Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado. Em 1843, foi realizada a primeira tentativa de implantação do imposto de renda. Em 1850, foi criado o Código Comercial Brasileiro definido pelo Imperador D. Pedro II, ainda no momento da república, que objetivava normatizar os processos contábeis. Em 1869 foi elaborada a Associação dos Guarda-Livros da Corte, formada por profissionais da contabilidade encarregados pelos serviços da firma, como na criação de contrato, no controle de entrada e saída das verbas e para isso o profissional deveria ter domínio da língua portuguesa e francesa, além de uma boa caligrafia.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (18 Kb)   pdf (162.2 Kb)   docx (18.4 Kb)  
Continuar por mais 10 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com