Unidade de aprendizagem: Empreendedorismo
Por: allysoncandido • 1/9/2015 • Exam • 2.160 Palavras (9 Páginas) • 413 Visualizações
Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul
Campus Virtual
[pic 1] | Avaliação a Distância |
Unidade de aprendizagem: Empreendedorismo
Curso: Ciências Contábeis
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Orientações:
- Procure o professor sempre que tiver dúvidas.
- Entregue a atividade no prazo estipulado.
- Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.
- Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).
Leia com atenção o enunciado e responda as questões:
Ao longo da unidade de Empreendedorismo você estudou o quanto a abertura de novos negócios influencia positivamente na economia e o quanto um início bem estruturado e um empreendedor preparado são fatores determinantes para o sucesso do empreendimento.
Diante disso, inicie a realização desta Avaliação a Distância fazendo a leitura do texto que segue e respondendo as questões propostas, com base no material didático e no texto base.
Jorge Paulo Lemann personifica um caso raro, ao menos no Brasil, de simbiose entre o mercado financeiro e a economia real. Lemann soube, como poucos, transpor a ponte entre estes dois continentes, quando não caminhando sobre a fronteira. Difícil dizer, aliás, onde termina o ardiloso financista e começa o arrojado empresário, dono de algumas das maiores marcas corporativas do mundo. As aquisições da Lojas Americanas, em 1982, e da própria Brahma, em 1989, foram forjadas a partir de operações no mercado de capitais.
A trajetória deste carioca de sangue e estilo helvéticos – seus pais, suíços, emigraram da região de Emmental – começa a ganhar forma em 1971. Nesse ano, o talentoso tenista, que chegou a disputar a Copa Davis tanto pelo Brasil quanto pela Suíça, soltou a mão na paralela para marcar seu primeiro grande ponto no mercado financeiro. Jorge Paulo Lemann comprou a Garantia, até então uma acanhada corretora de valores do Rio de Janeiro. A relação bastante próxima com o Goldman Sachs garantiu a Lemann funding para alavancar a instituição. Em determinado momento, os norte-americanos se movimentaram para comprar a corretora e montar um banco de investimentos no Brasil.
Lemann encampou a ideia, mas apenas a segunda parte dela. Rechaçou a oferta da Goldman Sachs e montou um dos primeiros investment banking do País. Lemann e Garantia viraram sinônimos de agressividade no mercado financeiro – tanto para o bem quanto para o mal. À frente da instituição, o banqueiro girou a roleta e foi responsável por algumas das mais bem-sucedidas jogadas nos mercados brasileiros nas décadas de 70 e 80.
Jorge Paulo, como é chamado pelos mais próximos, também fez fama no mercado financeiro ao criar a primeira grande gestora de private equities do país, a GP Investimentos. Por meio da administradora de recursos, teve participações no capital de empresas como Telemar, Gafisa e Playcenter. No início dos anos 2000, o negócio passou às mãos dos “GP Boys”, como ficaram conhecidos algumas das crias de Lemann, a começar por Antônio Bonchristiano.
O financista jamais saiu de cena, é bom que se diga. Está nas entrelinhas de todos os movimentos do empreendedor. No entanto, ao longo do tempo, o banqueiro e frenético operador do mercado de capitais foi dando lugar ao consolidador de empresas e artífice de grandes tacadas no mundo corporativo. Lemann é um dos maiores símbolos do capitalismo brasileiro – a comparação que mais lhe apraz é com o investidor norte-americano Warren Buffett, de quem é parceiro e fiel seguidor. Talvez seja também a face mais conhecida do empresariado nacional no exterior, em razão do porte das operações em que se envolveu. Sempre ao lado de Marcel Telles e Beto Sicupira, parceiros desde os tempos de Garantia, Lemann tem se dedicado, nos últimos anos, à montagem de um valioso colar de ativos da área de consumo.
Em um espaço de quatro anos, Lemann adquiriu três das marcas mais conhecidas em todo o mundo – um pouco mais, um pouco menos, todas empresas-símbolo do capitalismo norte-americanos. Depois da Anheuser-Busch, vieram o Burger King e a Heinz. Total das três operações: US$ 78 bilhões.
Poucos seguem com tamanho rigor o instituto da meritocracia. Desde os tempos de Garantia, as empresas de Jorge Paulo Lemann são conhecidas por oferecer um sistema de recompensas e bonificações pelo cumprimento de metas extremamente agressivo – assim como são conhecidas também pelo altíssimo grau de exigências impostas a seus profissionais. No Garantia, por exemplo, os salários eram inferiores à média do mercado. Entretanto, a cada seis meses, os funcionários passavam por um rígido processo de avaliação. Resultados acima das metas garantiam não apenas bônus generosos como a possibilidade de ingresso na sociedade. Alguns geniozinhos das finanças entraram para o country club do Garantia com 23 ou 24 anos.
Curiosamente, Lemann não é o que se pode chamar de um gestor, no sentido mais convencional da palavra. Seus próprios sócios e colaboradores mais próximos costumam dizer que ele nunca teve paciência para mergulhar no dia-a-dia de uma empresa e muito menos nas minúcias operacionais. Lemann enxerga seus negócios a partir da última linha do balanço.
Confira os conselhos que Jorge Paulo Lemann deu a um grupo de empreendedores apoiados pela Endeavor.
Jorge Paulo Lemann e seus sócios Beto Sicupira e Marcel Telles são donos de algumas das maiores empresas do mundo e praticam diariamente o lema “Sonhar grande e sonhar pequeno dá o mesmo trabalho”. Ele diz ter três metas de vida: deixar algum marco significativo na área de educação, empresas sólidas com possibilidades de se perpetuarem e uma família produtiva que tenha responsabilidade sobre aquilo que receber.
Lemman acredita profundamente na educação e no empreendedorismo como a base para um país andar para frente. Não é à toa que se dedica a projetos como a Fundação Estudar, Fundação Lemann, Khan Academy e a própria Endeavor. Em uma sessão de mentoria coletiva com alguns Empreendedores Endeavor, Jorge Paulo ouviu desafios e perguntas, compartilhou histórias e deu conselhos com uma simplicidade admirável.
Confira os principais aprendizados dessa conversa:
- Crise não é motivo de desespero
“O Brasil nunca é tão bom quanto poderia ser, mas também não é tão ruim quanto falam. Podemos não estar no melhor momento, mas as maiores operações que tivemos foram em época de crise. O mercado e os empreendedores do Brasil são muito bons, então é melhor olhar para frente, ver como aproveitar qualquer dificuldade e o que é possível fazer a mais”.
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