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A ANTROPROCÊNTISMO MITIGADO

Por:   •  22/10/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.321 Palavras (10 Páginas)  •  280 Visualizações

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ANTROPROCÊNTISMO MITIGADO

A ideia antroprocêntica se enraíza na antiguidade clássica ocidental, que sem a dominação do homem não á evolução, tal pensamento ao longo tempo vem perdendo força, um dos grandes defensores da mitigação antropocêntrica é o cristão medieval São Francisco de Assis que tratava todas as criaturas iguais os homens.

Alguns momentos modernos se destacaram com os problemas ambientais, como a década de 20, 50, 90 e inicio do século XX, período esse conhecido como fim da expansão econômica sustentada aonde as pessoas reagirão contra valores altamente naturais.

Para os filósofos ecologista não a separação entre homem e natureza “a natureza não tem valor (ou direitos) por si própria, sem referência ao homem”. Segundo os filósofos ecologista é preciso um reflexão profunda da ética capitalista, a competição, o consumo desenfreado da sociedade, a exploração sem planejamento ambiental o lucro a qualquer custo devem parar, os reflexos dessa destruição já são visível e a sociedade como um todo não pode mais pagar essa conta.

Para o autor Henry Salt, o homem não é o único a possuir direito, pensamento utilitarista que considera que os seres capazes de algum modo de sentir prazer e sofrimento são dotados de direito, indo de encontro com o princípio soberano do humanismo antropocêntrico. A finalidade primordial do direito e proteger interesses dos possuidores de direito, seria correto não importando a espécie fazer um animal sofrer na mão do humano só porque se acha no centro da evolução. A capacidade de sentir prazer ou dor qualifica um ser como detentor de direito e possuidor de interesses! O utilitarismo se distingue muito do antropocentrismo, pois considera que não é somente o homem o ser sujeito de direito, mas toda a ecologia, excluindo somente as pedras e árvores como sujeitos de personalidade jurídica.

Alguns dos defensores do fim do antropocentrismo são George Sessions, Peter Singer, Tom Regan. Para o escritor do livro the case for animal rights, professor da universidade da Carolina do Norte, autor Tom Regan, defende a seguinte opinião, que o único animal é o “sujeito de sua própria vida”. Já o escritor do livro Animal liberation título esse que faz uma clara referencia a “MLF”, autor Peter Albert David Singer, filósofo e professor australiano, que leciona na universidade de Princeton EUA. Ressalta que o fato de possuir linguagem, raciocínio matemático, sociabilidade, afetividade subdesenvolvida não da o direito para qualificar uma criatura de ser moral. O escritor e autor George Sessions, e bem sucinto e explicito de que a filosofia “desumanista”, é a única suscetível de derrubar o padrão dominador do antropocentrismo, assim conceder por fim à natureza os direitos que ela merece.

As lutas constantes de conscientização a preservação da natureza está reduzindo drasticamente a noção do dever antropocentrismo! Tem que ter ainda com essa afirmação muita cautela esse avanço em relação ao que já foi destruído e poluído na natureza é uma pequeno, é preciso continuar lutando para que a ecologia se torne um controle social, permitindo assim um real poder sobre os indivíduos.  O escritor teórico da literatura “os rochedos têm direito”, autor Roberick Nash, falava que o dia em que a frase os rochedos têm direito, não for hostilizada pela maioria das pessoas, a humanidade se torno consciente da preservação ecológica e viu que isso não é um mito, mas algo possível de realizar.

O existe ainda alguns paradigmas que devem ser quebrados dos antigos doutrinadores que defende a ideia humanista do contrato social e direito do homem, tal verdade deve ser reconstruída no sentido de permitir a criação do estatuto jurídico de proteção e preservação da natureza como um todo. Sem essa reconstrução não será possível à evolução e libertação contratualista herdadas.

O Canadá no ano de 1985 elaborou um relatório denominado: Des crimes contre l' environnement. Tratava-se de uma recomendação para que os delitos danosos à sociedade relacionada ao meio ambiente como (qualidade do meio ambiente sadio), fossem punidas. As recomendações contidas neste relatório defendiam os direitos da natureza, ainda por cima eram superiores aos dos homens, considerado crime contra a humanidade.

Os principais defensores e elaboradores desse relatório são Arne Naess e George Sessions os quais citam:

  1. O bem-estar e o desenvolvimento da vida humana e não humana sobre a terra são valores em si (sinônimos: valores intrínsecos, valores inerentes). Esses valores são independentes da utilidade do mundo não humano para as finalidades do homem.
  2. A riqueza e a diversidade de formas de vida contribuem para a realização desses valores e, consequentemente, são também valores em si.
  3. Os humanos não têm nenhum direito de reduzir essa riqueza e essa diversidade, a não ser que seja para satisfazer necessidades vitais.
  4. O desenvolvimento da vida e da cultura humana é compatível com uma diminuição substancial da população humana. O desenvolvimento da vida não humana exige tal diminuição.
  5. A intervenção humana no mundo não humano é atualmente excessiva e a situação está se degradando rapidamente.
  6. É preciso, pois, mudar as orientações políticas de maneira drástica no plano das estruturas econômicas, tecnológicas e ideológicas. O resultado da operação será profundamente diferente do estado atual.
  7. A modificação ideológica consiste principalmente em valorizar a qualidade da vida (habitar em situações de valor intrínseco) em vez de visar permanentemente a um nível de vida mais elevado. Será necessário uma tomada de consciência profunda da diferença entre desmedido (big) e grande (great).
  8. Os que subscrevem os pontos que acabamos de anunciar têm obrigação direta ou indireta de trabalhar para essas modificações necessárias.

O Anti-humanismo ou a “preferência natural”

A exploração descontrola da terra se torno um problema global, a humanidade percebeu que este planeta é nossa casa, não temos para onde ir, não é possível descarta-lo, não temos como se esconder em nosso próprio lar, é preciso urgente cuidar dele. O plante que sempre foi tratado como um objeto agora é o sujeito que nos ameaça com toda a sua força, pretende nos aniquilar (com enchentes, alagamentos, seca, terremotos, vulcões, furação etc.) se não pararmos com a exploração sem controle.

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