A Desconstrução de Gênero
Por: Jheymer Esteves • 3/5/2018 • Trabalho acadêmico • 921 Palavras (4 Páginas) • 125 Visualizações
Introdução
Este trabalho irá abordar o artigo de Beatriz Preciado, multidões queer: notas para uma política dos “anormais”. Apresenta dados sobre a questão de gênero e como as multidões queer pensam sobre a sua denominação de ser proposto pela sociedade.
O artigo interpreta a opressão da heterossexualidade sobre a homossexualidade e a escolha do corpo straight. Isto é, quando o indivíduo irá transformar aquele corpo que não é seu em seu corpo. Sendo assim, não rotulando em ser mulher ou homem, apenas sendo o que querem ser.
A política queer representa apenas os transgêneros, homens sem pênis, gouins garous, ciborgues, femmes butchs, bichas lesbianas, transexuais, intersexuais, chicanas, pós colônias, etc. Apresentam crítica para a padronização da heterossexualidade.
A autora traz a ideia de Foucault: a heterossexualidade é um regime político. Isto é, quando a população é influenciada pela padronização de normas e pela formação da subjetividade do sujeito. Sendo assim, o sujeito que apresenta sexualidade oposta da heterossexualidade é denominado como “anormal”. Através disso, a autora conclui que a sexopolítica não pode ser afetada por padronização de normas sociais e estereótipos formados pela sociedade.
A “anormalidade” é denominada pois as crianças, adolescentes e adultos modificam o corpo straight, por escolherem a sexualidade oposta da heterossexualidade, sendo assim, irão modificar o corpo (hormonal e órgãos sexuais). Através desses sujeitos serão controlados e haverá tentativa de normatizar por via da influência social sobre o sujeito “anormal”.
A autora aborda o Império dos Normais, a partir da produção e circulação de venda de hormônios, silicone, cirurgias e gêneros. Ela denomina essa circulação como o fluxo de sexualização o qual caracteriza a contemporaneidade do corpo. Através dessa circulação, surge o questionamento sobre gênero, no qual é denominado questão sexopolítica antes de tornar-se parte do feminismo americano.
A partir de 1970, na França em maio, ocorreu a manifestação contra os “anormais”. Portanto, através da sexopolítica o qual disponibilizou espaço para que os “anormais” obtivessem voz. Surgiram movimentos feministas, homossexuais, transexuais, intersexuais, transgêneros, chicanas, pós coloniais, sendo assim, a minoria transformou-se em multidões queer – estranho.
Os corpos da multidão queer é caracterizada por constituir um desvio moderno e do corpo straight. Esses desvios são opostos das discussões da medicina anatômica e pornografia. Porém, a multidão queer não denomina-se como homem ou mulher, heterossexual ou homossexual, levantam questões contra a denominação de normal e anormal. Através disso produzem discurso de poder sobre o sexo.
Por intermédio dos movimentos de liberação de lésbicas e gays, houve uma aceitação na classe dominante heterossexual em relação a eles. A partir disso houve uma concepção da identidade sexual de lésbicas e gays. Porém surgiu um questionamento sobre a identidade sexual como fundamento para questões política.
A política das multidões queer critica a denominação e caracterização da normatização e disciplina sobre a formação política de identidade do indivíduo. Isto é, trazendo a ideia de que não há a naturalização de compreender que é mulher, gay, lésbica, etc, na ação política. Se opõem a denominação da diferença sexual associando a opressão na ação política. Sendo assim, se opondo a política tradicionais.
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